quarta-feira, 30 de abril de 2008

Música - Just Friends


Hoje no Marquês vão juntar-se um grupo de amigos a pretexto da música. Do fado ao rock, passando pela pop, pelo humor e pela poesia o que interessa é o convívio saudável entre amigos que se admiram uns aos outros nas diferentes artes que abraçam. Daniel Caires, Miguel Apolinário, Pedro Ribeiro, Nuno Morna, On Mute, Vera Lúcia, Luísa Abreu, Daniel Baptista, Ricardo Sá e muitos outros.

No Marquês, no Largo da Saúde, a partir das 22h. Apareçam!

terça-feira, 29 de abril de 2008

Dançando - Dançando com a Diferença

É hoje e a não perder... embora não se exija o dom da ubiquidade!


clicar em cima para ver a imagem maior

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Dançando - Ao Som do Hip Hop

É já amanhã.

Música - Antena 3 On Tour



Foi com alguma curiosidade que me desloquei no sábado passado à Calheta para o concerto dos Blasted Mechanism. Sou fã incondicional da banda e tive até o privilégio de com eles partilhar o palco aqui à uns anos numa festa da AE da UMA.

E a curiosidade era dupla: ver os On Mute numa prestação de palco grande (que nunca tinha tido a oportunidade de ver) e ver qual o resultado final da substituição de Karkov nos Blasted.

Os On Mute surpreenderam-me. E muito. Apesar de alguns problemas técnicos que os prejudicaram (especialmente a versão de "Lullaby" dos Cure) mostraram uma grande maturidade. São uma das minhas bandas preferidas e uma das raríssimas bandas madeirenses que me fazem sair de casa para ir assistir a um concerto. Merecem muito mais do que o limite do contorno da ilha.

Os Blasted foram Blasted, mas a saída de Karkov é sentida. O palco está mais desorganizado, mais anárquico. O que não é bom! Sempre estive habituado a ver o palco organizado mas cheio de energia. Ninguém atropelava ninguém e cada qual era senhor do seu espaço que geria como muito bem entendia. Custa-me a entender os "rasganços" do percussionista por todo o palco porque são muitos e tudo o que é demais deixa de ser interessante e começa a chatear. Se estivesse em palco com ele podem crer que o tinha posto a fazer "stage diving".

Mas tudo isto se esquece porque a música é brutal, embora sinta sempre a falta da presença do 7º Blasted: o homem dos samplers e dos efeitos. Bem merecia partilhar com o resto da banda o espaço cénico. Pedro Lousada, ex-Zedisaneonlight, substitui bem Karkov embora não o faça esquecer, principalmente por causa da postura "on stage". Mas de certeza que o tempo o fará crescer.

Blasted é Blasted, o mais interessante projecto da música nacional e uma das minhas bandas favoritas. Cénicamente são quase perfeitos: as roupas, a luz, a decoração do palco, etc. Blasted é Blasted, o único projecto português que penso ter condições para se impor na cena musical internacional.

Blasted é Blasted!!!!
Em suma uma grande noite de música... parabéns à Antena 3!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Música - Final Concurso de Guitarristas CUP&CINO 2008


Hoje, a partir das 22 horas, terá lugar no "Cup&Cino" (Fórum Madeira - Funchal), a cerimónia de entrega de prémios referente ao concurso 'O Melhor Guitarrista'. Este concurso promovido pelo "Cup&Cino" tem o apoio da AMiMAR.

Os finalistas são:

Carlos Barroco - viola acústica
Miguel Apolinário - guitarra eléctrica
Nuno Nicolau - viola caipira brasileira
Pedro Sousa - guitarra portuguesa

Vá lá o diabo e escolha... evento imperdível e irrepetível!!!!!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Capital Europeia da Cultura


Não, não se trata do Funchal. E é pena! Ainda hoje não consigo entender como não se propôs esta cidade para ser Capital Europeia da Cultura neste ano em que se comemoram os 500 anos. E os argumentos seriam de peso: a cidade que fala por si em termos de beleza, cuidado e limpeza; a primeira cidade europeia construída fora de território europeu; a maior diocese que jamais existiu no mundo; o centro do mercado açucareiro mundial durante muitos anos; cidade onde foram formados muitos dos colonizadores de todo um mundo que então se descobria; o vinho Madeira; a escola trovadoresca do séc. XVI; Baltazar Dias ainda hoje representado em S. Tomé e Princípe e no nordeste brasileiro; o entreposto comercial; um dos primeiros destinos turísticos do mundo; etc...

Trata-se de Guimarães, a cidade berço da nacionalidade e com um centro histórico de altíssima qualidade de recuperação e bom gosto. O presidente da Câmara de Guimarães, António Magalhães, apresenta hoje em Bruxelas as propostas para o evento Capital Europeia da Cultura 2012, que a cidade portuguesa irá partilhar com Maribor, na Eslovénia.
Durante a apresentação, marcada para hoje de manhã nas instalações da direcção-geral de Cultura da Comissão Europeia, o autarca irá informar o júri composto por sete personalidades acerca da programação cultural vimaranense e de outros aspectos do evento.
O relatório do júri sobre as duas propostas será depois avaliado pelo Parlamento Europeu, pelo Conselho da União Europeia (UE) e pelo Comité das Regiões.
A iniciativa capital europeia da cultura começou em 1985, em Atenas, sendo actualmente partilhada por duas cidades de diferentes estados-membros cada ano. Lisboa e o Porto foram as cidades portuguesas que já envergaram este importante título cultural.

23 de Abril - Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

Em comemoração ao Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais (23 de abril) e ao Ano Internacional dos Idiomas (2008), a UNESCO no Brasil lançou uma campanha para promover a leitura e a diversidade linguística.

Dia do Livro e da Rosa

Em 1926 a Espanha instaurou o dia 23 de Abril como Dia do Livro pois esta data coincide com a morte de Cervantes, imitando a Inglaterra que já o celebrava no mesmo dia porque também coincide com a morte de Shakespeare.
Na Catalunha o 23 de Abril é o dia de São Jorge, da rosa e do livro: o dia do Santo Padroeiro, do amor e da cultura. É costume os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge e recebem em troca, um livro.
Porque o Dia do Livro é, decididamente, um dia de civismo, de cultura e de respeito entre todas as pessoas e todas as culturas do mundo, a UNESCO, considerando que:
· o livro foi historicamente o instrumento mais importante de difusão de conhecimento;
· que todas as iniciativas para promover a difusão do livro são um factor de enriquecimento cultural;
· que uma das formas mais eficazes de promoção do livro é organizar todos os anos um dia internacional;
· e constatando que esta fórmula ainda não fora adoptada a nível internacional;
a 15 de Novembro de 1995 proclamou o dia 23 de Abril "Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor".

Ofereçam-se então rosas e recebam-se livros em troca!

Texto elaborado a partir de um outro de Pep Camps, da Unidade de Comunidades Catalãs do Exterior, da Generalitat de Catalunya. Março de 2003.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Teatrando - Elas sou eu... O que a gente não faz para pagar a renda

O meu bom amigo Eduardo Gaspar volta à Madeira com a sua última produção "Elas sou eu... O que a gente não faz para pagar a renda". uma excelente peça de teatro que vai correr no Baltazar Dias de 8 a 11 de Maio. De quinta a sábado pelas 21h30. No domingo às 18 horas.
Mais um bom motivo para ir ao Teatro!


Elas sou eu... O que a gente não faz para pagar a renda

Texto e interpretação: Eduardo Gaspar
Encenação: Hugo Sovelas
Espaço cénico: LDC Interiores
Figurinos: Eduardo Gaspar
Acessórios: Anna Ludmilla
Perucas e maquilhagem: Moreno cabeleireiros
Banda sonora: Eduardo Gaspar e Hugo Sovelas
Arranjos musicais: Marco Pombinho
Sonoplastia: Maria João Castanheira
Desenho de luz: Eduardo Gaspar
Criação Gráfica: Alexandra Bernardes
Fotografias e Pós-produção em Vídeo: Cristina Novo e Adriano Silva
Operação de som, luz e vídeo: Sérgio Silva
Produção: Teatro Novo do Brasil
Organização: 100 Ilusões - Produções Culturais e Teatro Novo do Brasil

O que acontece quando uma empregada doméstica consegue convencer o seu patrão, às vésperas de uma estreia, de que ele é um péssimo actor? Ele mata-se? Despede a empregada por justa causa? Ou simplesmente deixa de aparecer no teatro dando, sem saber, oportunidade à empregada de tomar o seu lugar no espectáculo???
Esta é a história de Lucineide (nome da perigosa empregada), que foi capaz de tudo para desencorajar o seu patrão unicamente pela oportunidade de voltar a pisar num palco. Não tivesse ela sido actriz em tempos remotos; não tivesse ela a certeza de que talento é uma coisa que não se perde e de que, o sucesso é uma conjunção deste dom inato com uma grande dose de sorte. E se a sorte não lhe tivesse faltado, muito provavelmente Lucineide não teria enganado o seu patrão. Mas Lucineide o enganou e agora está disposta a ir até às últimas consequências para tornar-se uma actriz mundialmente famosa. Até mesmo roubar o guião da peça, decorar o texto na calada da noite e ainda alterar por completo uma cena do espectáculo sem o menor arrependimento.
Assim é Lucineide, uma mulher frustrada que confessa ao público a sua decepção por ela, ao contrário das grandes vedetas, ter uma vida normal, sem nenhum acontecimento trágico que a tivesse deixado completamente abalada… E a maior das suas decepções é sem dúvida a de não carregar nenhum trauma de infância… Mas a vida de Lucineide não é feita só de decepções: Sonha poder reencontrar o grande amor da sua vida: um conhecido ídolo da música romântica por quem é perdidamente apaixonada.
Lucineide colocará a prova o seu talento, representando no espectáculo “Elas sou Eu” mulheres que, como ela, nunca deixam de sonhar e que são capazes das maiores artimanhas para realizarem os seus sonhos.
A primeira será Berenice, uma fogosa mulata de São Salvador da Baía. Vendedora ambulante de brigadeiros, ficou ignorante ao abandonar a escola. E a sua pior ignorância foi ter casado com Adalberto, seu companheiro de dezassete anos que, segundo ela, não era um marido e sim uma “ameba”. Para salvar o casamento, Adalberto resolve comprar, às prestações, um aparelho de vídeo cassete, o que acaba por ser a sua ruína. Ao assistir a um filme alugado pelo marido, Berenice descobre que foi enganada pelo único homem que, até então, havia conhecido na intimidade. Separada de Adalberto, vive um tórrido romance com Edmundo, um negro de Benguela com quem irá partilhar as delícias da sétima arte.
Madame Ferrandini é uma mulher da alta sociedade que tenta, a todo custo, livrar-se do fantasma do seu marido. À revelia das filhas, Maria Cláudia e Maria Cleide, não mede esforços para concretizar o seu intento. Uma história sobrenatural que terá um fim trágico, graças a interferência de uma imigrante portuguesa, mulher de má vida, que está sempre a intrometer-se no caminho de Madame Ferrandini.
Por fim, a misteriosa irmã Bondade, religiosa não por vocação, mas pelo desígnio do próprio nome, vive, segundo consta, pois nunca foi vista por ninguém, enclausurada num convento, algures em alguma parte do planeta. Sabe-se apenas que guarda consigo um segredo que jamais será desvendado…

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Música - IXº Funchal Jazz

Informação fresquinha recebida dos organizadores.



3 4 5 de Julho 2008

JARDINS QUINTA MAGNÓLIA
As comemorações dos 500 anos de existência da cidade do Funchal que este ano se assinalam já estão a decorrer, um pouco por toda a cidade, desde o início do ano.
Em Julho será a vez do Festival de Jazz do Funchal se associar à festa e nos dias 3, 4 e 5 subirão ao palco dos Jardins Quinta Magnólia alguns dos nomes mais representativos da cena Jazz internacional.
Estando já concluído o trabalho de programação do evento, estamos em condições de anunciar os nomes que compõem o cartaz desta 9ª edição do Funchal Jazz.

As honras de abertura do Festival, no próximo dia 3 de Julho, vão estar a cargo de ANGELINA, uma jovem cantora madeirense, com um percurso invulgar e um estilo muito próprio, que vem apresentar, pela primeira vez na sua terra natal, o trabalho discográfico intitulado “Jazz Feelings”. Angelina actua regularmente nos circuitos nacionais de Jazz do Continente e tem visto o seu trabalho divulgado na rádio e na imprensa e elogiado pelos críticos da especialidade.

Apontado por muitos como o sucessor natural na linhagem de violinistas franceses como Grapelli ou Jean Luc Ponti, DIDIER LOCKWOOD é um músico ecléctico que viaja com toda a naturalidade por diversos estilos musicais mantendo-se, no entanto, fiel ao Jazz para o qual transporta as sonoridades multi-étnicas que descobre. Ao longo duma carreira de mais de 30 anos percorreu os palcos e festivais de maior prestígio, gravou mais de 30 álbuns e recebeu prémios como “Victoire de la Musique”, “The Blue Note Award” ou o “The Charles Cross Award”.
É este músico que tem marcado de forma indelével a cena Jazz internacional pela originalidade como improvisador e compositor que vai encerrar a primeira noite do 9º Funchal Jazz Festival.

No dia 4 de Julho subirá ao palco PHIL WOODS, reconhecido em todo o mundo como um dos maiores saxofonistas da actualidade. Nos anos 70 e 80 arrecadou quatro Grammies. Actualmente, 50 anos depois do início da sua carreira ao lado de figuras míticas do jazz como Dizzie Gillespie, Quincy Jones e Benny Goodman, continua a surpreender pelo espírito inovador e pela criatividade.
Na presente década Woods tem-se concentrado especialmente no trabalho com o Quinteto, mas também lidera uma Big Band que apresenta as suas próprias composições e arranjos e é mentor do projecto “Bird with strings… and more!”.

Este ano a noite dedicada ao Blues, estará a cargo do francês J.J. MILTEAU, um mago da harmónica, que para além de ser um showman completo, combina duma forma magistral as raízes do blues com o swing do jazz e a energia do rock. A acompanhá-lo estarão cinco excelentes músicos e toda a magia do Blues vai de novo subir ao palco e incendiar a plateia, como já é hábito nas noites dedicadas ao blues.

Depois do indiscutível êxito obtido por João Bosco, Ivan Lins e mais recentemente por Ithamara Koorax, não poderíamos deixar de incluir uma representação brasileira nesta edição do festival e o convite foi enviado a ROSA PASSOS, que virá acompanhada por um grupo de excelentes músicos, preenchendo a primeira parte do último dia do Festival. Senhora duma magnífica voz e de um swing extraordinário, Rosa Passos é muito mais que uma prolífica compositora e uma sublime guitarrista, empenhada, com sucesso, em reinventar a música brasileira. Desde a estreia em Nova York, em 1996, no “Jazz at the Bowl”, Rosa tem vindo a construir uma carreira de grande prestígio internacional.

O pianista, organista, compositor e instrumentista CHUCHO VALDÉS é considerado um dos melhores pianistas do mundo. Com o projecto “Irakere”, fundado em 1973, ao lado de Paquito D’Rivera e Arturo Sandoval, Chucho operou uma verdadeira revolução no Jazz cubano ao incorporar elementos resgatados às raízes da música tradicional, tendo sido o primeiro grupo desta nacionalidade a receber um Grammy que foi para Valdés o primeiro de cinco que já recebeu.

Como já é tradição, depois dos concertos no palco principal a animação transfere-se para “O’ Briens Irish Pub”, do CS Madeira Atlantic.

Está assim apresentada a 9ª edição do Funchal Jazz Festival, um acontecimento cada vez mais relevante na vida cultural da Região, acarinhado por todos aqueles que desejam ver o Funchal incluído nos roteiros internacionais do jazz, contribuindo para um melhor conhecimento da Madeira e das suas potencialidades, nomeadamente através da divulgação do evento nas páginas de prestigiadas revistas da especialidade, portuguesas e estrangeiras.

A excelência da programação e o empenho de todos aqueles que contribuem para por de pé este festival são factores decisivos para o crescente sucesso que o Festival tem vindo a obter ao longo dos anos e o reconhecimento do público que acorre aos Jardins Quinta Magnólia, é a prova de que o Funchal Jazz Festival está no bom caminho, promovendo o interesse por esta forma musical, muito especialmente entre os jovens (que este ano terão condições especiais de acesso aos concertos) e cumprindo o seu papel no engrandecimento da vida cultural da Região.

Teatrando - Histórias da Deserta Grande

Aí está a próxima produção do TEF. Um infantil dinâmico e cheio de acção numa verdadeira lição de democracia...





sábado, 19 de abril de 2008

Dançando - Dançando com a Diferença

Já aqui deixei o teaser do documentário do Filipe Ferraz fiquem agora com o trailler de "O Corpo Eléctrico do Grupo Dançando com a Diferença" que tem ante-estreia no dia 29 no Centro das Artes Casa das Mudas na Calheta.


quinta-feira, 17 de abril de 2008

Do Meu iPod (V)

The Beautiful South - A Little Time

Ala dos Namorados - Bricabraque e Pechisbeque

Andrew Sisters - Run and Coca Cola

Asian Dub Foundation - Tank

Big Bad Voodoo Daddy - Don't You Feel My Leg

Big Band Trio - Show Me the Money

Brigada Victor Jara - Chamarrita Zaragateira

Chico Science & Nação Zumbi - Malungo

Da Weasel - Tás Na Boa

Dexy's Midnight Runners - Plan B

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Morreu Pedro Bandeira Freire


Pedro Bandeira Freire, fundador do cinema Quarteto, morreu hoje, com 68 anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, confirmou ao PÚBLICO a sua editora Guerra e Paz.
Segundo fonte da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), o corpo de Bandeira Freire estará em câmara ardente na Galeria Carlos Paredes da SPA, em Lisboa, de onde sairá sexta-feira às 12 horas o funeral para o Cemitério dos Olivais .
Bandeira Freire sofreu no dia 10 de Abril um acidente vascular cerebral, tendo sido hospitalizado no Serviço de Medicina Intensiva de Santa Maria (Lisboa) em estado considerado grave.
A morte de Pedro Bandeira Freire chegou a ser anunciada, na altura, por uma fonte próxima do proprietário do cinema Quarteto - também realizador, dramaturgo e poeta -, informação que foi desmentida pelo filho, que admitiu o internamento do pai em estado considerado grave, escusando-se a adiantar outros pormenores por preferir manter reserva da vida privada.
Há cerca de um mês, Pedro Bandeira Freire entregou as chaves do Cinema Quarteto, que fundara em 1975, depois de, em Novembro passado, aquele complexo ter sido encerrado pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais, que detectou falhas ao nível da segurança.
Fundador da livraria Opinião, Pedro Bandeira Freire foi autor de vários livros de poesia e teatro, tendo publicado em 2007 o volume de memórias "Entrefitas e Entretelas".
Foi ainda letrista, jurado em festivais de cinema nacionais e estrangeiros (como Berlim) e colaborador da imprensa, rádio e televisão, exercendo inclusivamente funções de consultor de cinema na RTP.
Estreou-se na realização com a curta-metragem "Os Lobos" (1978) e foi actor em "A Crónica dos Bons Malandros" (1984), filme realizado por Fernando Lopes com base no livro homónimo do jornalista e escritor Mário Zambujal.
Foi ainda argumentista em "A Balada da Praia dos Cães" (1987), longa-metragem de José Fonseca e Costa a partir do romance com o mesmo nome de José Cardoso Pires.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Filosofando


"As ideologias estão para as ideias como os espermatozóides estão para os óvulos: há milhões, mas só um é que fecunda." - Jacques Séguela

domingo, 13 de abril de 2008

Música - BBC World Music Awards 2008




Os BBC World Music Awards estão para a world music como os Oscares estão para o cinema. São sem dúvida potenciadores de promoção de carreira e de reconhecimento internacional.
Os deste ano acabam de ser atribuídos. Assim:

Prémio Revelação: Mayra Andrade (Cabo Verde)
Melhor Albúm: "Segu Blue" de Bassekou Kouyate & Ngoni Ba (Mali)
Melhor Músico da África Sub-Saariana: Bassekou Kouyate & Ngoni Ba (Mali)
Melhor Músico Ásia/Pacífico: Sa Dingding (China)
Melhor Músico Américas: Andy Palácio & Garifuna Collective (Belize)
Melhor Músico Europa: Son de La Frontera (Espanha)
Melhor Músico Norte de África: Rachid Taha (Argélia)
Melhor Projecto Cruzamento de Culturas: Justin Adams & Juldeh Camara (Inglaterra/Gâmbia)
Melhor Projecto Dança Global: Transglobal Underground (Inglaterra/Índia)

Foi também premiado Francis Falceto pelo seu excelente trabalho em volta das compilações de música etíope, a série "Éthiopiques".

sábado, 12 de abril de 2008

Clipando (II) - Gaudi ft Nusrat Fateh Ali Khan

Quem me conhece sabe da enorme pancada que tenho pelas músicas do mundo. Especialmente por aquelas que resultam da fusão do tradicional com a modernidade.
Nusrat Fateh Ali Khan é ainda hoje, e depois da sua morte, considerado como o nome maior do canto Qawwal. E não só no seu Paquistão natal onde é idolatrado. A sua mensagem de paz, amor e espiritualidade fez com que fosse considerado como o grande embaixador da música Qawwali em todo o mundo.
As origens da música Qawwali são muito antigas. Este género é aparentado com as cantigas espirituais Samah que eram cantadas na antiga Pérsia e fortemente influenciadas pela fé sufista.
O que é que pode acontecer quando juntamos uma das vozes mais reverenciadas do mundo ao poder criativo de um dos mais experientes produtores das músicas do mundo? A resposta é "Dub Qawwali" e o seu produtor dá pelo nome de Gaudi.
Neste trabalho encontramos uma mistura de dub com a potente e envolvente voz de Ustad Nusrat Fateh Ali Khan. O resultado é um corpo que respeitosamente mistura o mais puro dub jamaicano com o sempre brutal canto Qawwali de Khan.
"Dub Qawwali" pretende celebrar a vida de Nusrat. Tudo o que nos deixou: um legado de largas dezenas de cd's onde se celebra a paz e o amor entre os povos.


Artista: Gaudi ft Nusrat Fateh Ali Khan
Albúm: Dub Qawwali
Classificação: 9/10
Data: 31 Julho 2007
Editora: Six Degrees
Género: World-Fusion


sexta-feira, 11 de abril de 2008

Cinema - Haverá Sangue

Título original: There Will Be Blood
Produtor: Paramount Vantage/Ghoulardi Fim Company/Miramax Films
Realizador: Paul Thomas Anderson
Com: Daniel Day-Lewis/Paul Dano/Russell Harvard
Género: Drama
Classificacao: M/12
Origem: EUA
Duração: 159 min.
Prémios: Óscares: Melhor Actor - Daniel Day-Lewis
Site Oficial: http://www.paramountvantage.com/blood/

Um intrigante épico sobre a família, fé e petróleo, "Haverá Sangue" decorre na fronteira da Califórnia durante o boom petrolífero do virar do século. A história relata a vida e os tempos de Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis), um prospector de prata que cria, sózinho, um filho. Plainview recebe uma misteriosa dica de que numa pequena cidade do Oeste um oceano de petróleo está revelar-se à superfície e dirige-se até lá, para tentar a sua sorte na degradada Little Boston. Nesta miserável cidade onde a maior excitação se centra em torno dos fervorosos seguidores da igreja do carismático pregador Eli Sunday (Paulo Dano), Plainview e H.W. ganham a sorte grande. Com o decorrer do tempo e o aumento da fortuna, nada se mantém igual e à medida que os conflitos vão aumentando todos os valores humanos – amor, esperança, comunidade, fé, ambição e mesmo os laços que unem pais e filhos – são ameaçados pela corrupção, decepção e pelo fluxo do petróleo.
Não percam e entendam de vez porque é que Daniel Day-Lewis é um dos maiores actores da actualidade.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Dançando - Dançando com a Diferença

Sou em absoluto fã incondicional do "Grupo Dançando com a Diferença". Como madeirenses temos muitas vezes a mania que somos os melhores do mundo em muita coisa. E nalgumas somos!
"Dançando com a Diferença" estará decerto, embora não seja um especialista, entre os melhores que no mundo fazem este tipo de trabalho. Daí terem já viajado bastante por aí fora e serem merecedores de grande destaque na imprensa nacional e internacional.
No próximo dia 29 deste mês o meu amigo Filipe Ferraz estreia o seu documentário sobre este maravilhoso grupo no Centro de Artes da Calheta, Casa das Mudas. Requere-se a presença de todos porque nunca somos demais.
Até lá aqui fica o teaser do documentário...


terça-feira, 8 de abril de 2008

Pulitzer


Esta imagem do fotojornalista paquistanês da agência Reuters Andrees Latif venceu o prémio Pulitzer (Breaking News Photography), hoje anunciado nos EUA. Latif captou o momento em que o fotojornalista japonês Kenji Nagai caiu depois de ter sido mortalmente atingido pelas tropas birmanesas destacadas para travar as manifestações pro-democracia. Foi uma das fotografias mais reproduzidas nas primeiras páginas dos jornais de todo mundo no ano passado. Fotografia: Andrees Latif/Reuters - Público Online
O Washington Post ganhou seis Prémios Pulitzer, incluindo a medalha de melhor serviço público por expor a forma como os feridos de guerra norte-americanos eram tratados no Hospital Walter Reed e um galardão pela cobertura do massacre no Virgínia Tech, informa a agência Lusa.
O New York Times recebeu dois Pulitzers: um na categoria de reportagem de investigação (por um conjunto de histórias sobre ingredientes tóxicos na medicina e noutros produtos importados da China) e outro na de reportagem interpretativa (por trabalhos que abordaram aspectos éticos relacionados com os testes de ADN).
Os restantes quatro prémios do Washington Post incluíram a área de reportagem nacional (devido a uma peça que analisava a influência «de bastidores» do vice-presidente Dick Cheney) e reportagem internacional (por trabalhos que mostravam como seguranças privados no Iraque agiam fora das leis das próprias tropas norte-americanas).
O mesmo jornal recebeu dois outros galardões: um para o «feature» de Gene Weingarten sobre o conhecido violinista Joshua Bell, que aceitou tocar no metro para aferir a reacção dos passageiros e outro para as colunas de análise de Steven Pearlstein sobre os problemas económicos dos EUA.
Também premiado, o Chicago Tribune conquistou um galardão na categoria de reportagem de investigação por um trabalho que expôs deficiências legislativas relativas a assentos de automóvel, brinquedos e berços.
Michael Ramirez, do Investor's Business Daily, foi o vencedor na secção de «cartoon», enquanto o grande prémio na fotografia de actualidade foi para Adrees Latif, da agência Reuters, que captou um japonês que foi ferido de morte num protesto em Myanmar.
Preston Gannaway, do Concord Monitor em New Hampshire, foi distinguido pelas suas fotografias que fazem a crónica de uma família que lida com um parente em estado terminal. - IOL Portugal Diário

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Pistas Para Uma Nova Cultura (V)

Que fique bem claro que não tenho nada contra o subsídio governamental. Até o acho necessário desde que na medida justa.
Sou é visceralmente contra a subsídio-dependência e o inanimismo que isso provoca. E acreditem que já ouvi cada coisa e assisti a cada uma que só visto. É que esta dependência é como uma droga que inibe a criatividade de uma série de instituições que estão sempre mais preocupadas em saber as datas do pagamento do dito subsídio do que em criar e proporcionar cultura.
Por outro lado, muitas vezes, os subsídios governamentais separam os artistas dos públicos. Bons projectos são substituídos por verdadeiras aberrações quando o dinheiro esperado não chega ou vem pela metade. Isto acontece porque se parte do pressuposto do subsídio em vez de se fazer o inverso que é partir do nada.
Ao montar um projecto é sempre preferível partir da seguinte premissa: não tenho nada! A partir daqui o que é que posso fazer? Tudo o que a seguir vier, o que se conseguir reunir, seja dinheiro sejam bens, servirá sempre para engrandecer o projecto.
Sem dúvida que quanto maior for a distância dos promotores em relação ao subsídio governamental, maior é a liberdade criativa. Não que considere que as entidades oficiais exerçam pressão sobre o processo criativo, mas a autocrítica e autocensura dos criadores ficam mais "apuradas". Ninguém gosta de morder a mão que lhe dá de comer!
Daí ser sempre preferível recorrer a entidades privadas, o que entre nós é muito difícil uma vez que o nosso tecido empresarial não entende a responsabilidade e papel social que as empresas devem ter.
A libertação da subsídio-dependência passa também pela formação dos nossos empresários e por uma lei do mecenato regional eficaz e aliciante para as empresas.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Clipando (I) - Kiiiiiii

O neo-punk japonês que vivamente recomendo!


Poema (XIII)

no meio do oceano
és ilha

no centro do deserto
oásis

fui naúfrago até te encontrar


Funchal, 25 de Março de 2008