segunda-feira, 31 de março de 2008

Do Talher (VII) - Bacalhau à Narcisa


Demolhar as postas de bacalhau e fritá-las em azeite.

Cortar batatas e cebola às rodelas e fritá-las no mesmo azeite.

Aproveitar o azeite deitando-lhe uma folha de louro (da qual se retirou o veio central), dois cravinhos-da-ínida e uma colher de chá de colorau.

Colocar as postas de bacalhau numa travessa dispondo as batatas e a cebola por cima do peixe.

Regar tudo com o azeite temperado.

sábado, 29 de março de 2008

Teatrando


Hoje às 21.30h e amanhã às 18.00h são as últimas oportunidades para assistir à última produção do TEF: A Nossa Cidade. A bem do Teatro não percam este espectáculo.


quinta-feira, 27 de março de 2008

Dia Mundial do Teatro

Robert Lepage, actor, encenador e dramaturgo canadiano é o autor da mensagem para o Dia Mundial do Teatro 2008.

"Existem várias hipóteses sobre as origens do teatro, mas aquela que me interpela mais tem a forma de uma fábula:
Uma noite, na alvorada dos tempos, um grupo de homens juntou-se numa pedreira para se aquecer em volta de uma fogueira e para contar histórias. De repente, um deles teve a ideia de se levantar e usar a sua sombra para ilustrar o seu conto.
Usando a luz das chamas ele fez aparecer nas paredes da pedreira, personagens maiores que o natural. Deslumbrados, os outros reconheceram por sua vez o forte e o débil, o opressor e o oprimido, o deus e o mortal. Actualmente, a luz dos projectores substituiu a original fogueira ao ar livre, e a maquinaria de cena, as paredes da pedreira.
E com todo o respeito por certos puristas, esta fábula lembra-nos que a tecnologia está presente desde os primórdios do teatro e que não deve ser entendida como uma ameaça, mas sim como um elemento unificador.
A sobrevivência da arte teatral depende da sua capacidade de se reinventar abraçando novos instrumentos e novas linguagens. Senão, como poderá o teatro continuar a ser testemunha das grandes questões da sua época e promover a compreensão entre povos sem ter, em si mesmo, um espírito de abertura? Como poderá ele orgulhar-se de nos oferecer soluções para os problemas da intolerância, da exclusão e do racismo se, na sua própria prática, resistiu a toda a fusão e integração?
Para representar o mundo em toda a sua complexidade, o artista deve propor novas formas e ideias, e confiar na inteligência do espectador, que é capaz de distinguir a silhueta da humanidade neste perpétuo jogo de luz e sombra.
É verdade que a brincar demasiado com o fogo, o homem corre o risco de se queimar, mas ganha igualmente a possibilidade de deslumbrar e iluminar."

Robert Lepage

terça-feira, 25 de março de 2008

Cinema - Horton e o Mundo dos Quem

Sou fanáticamente adepto de filmes de animação. E este já estreou entre nós.
Pena é esta falta de bom senso que leva as distribuidoras nacionais a dobrar estas fitas e a não ter o cuidado de as apresentar também na versão original para que possamos escolher qual queremos ver. Prefiro ver o filme no original com a voz de Jim Carey do que com a voz do João Baião!

Título original: Horton Hears a Who!
Realizador: Jimmy Hayward & Steve Martino
Género: Aventura/Animação
Classificacao: M/4
Origem: EUA
Duração: 85 min.

Site Oficial: http://www.castellolopesmultimedia.com/horton/

O adorado clássico de Dr. Seuss vem para o grande ecrã num novo filme de animação da 20th Century Fox Animation, os criadores dos filmes “Idade do Gelo”.Um elefante com muita imaginação chamado Horton ouve um sumido pedido de ajuda vindo de um grãozinho de pó que flutua pelo ar. Horton suspeita que pode haver vida naquele pedacinho de pó e apesar da sua comunidade achar que ele perdeu o juízo, ele está determinado a salvar a pequena partícula.Afinal o grãozinho é na verdade um planeta minúsculo, onde há uma cidade chamada "Quem Vila" habitada por seres de tamanho microscópico conhecidos por os "Quem". Os "Quem" pedem a Horton (cujos habitantes o elefante não consegue ver, embora os consiga ouvir bastante bem, por causa da sua audição extraordinária) que os proteja do mal, ao qual Horton alegremente acede. Ao fazer isso ele é ridicularizado e maltratado pelos outros animais da selva, por acreditar em algo que eles não conseguem ver nem ouvir. Horton conta aos "Quem" que eles necessitam fazer-se ouvir aos outros animais. Para isso os "Quem" tem que garantir que cada um dos minúsculos membros da sua sociedade faz a sua parte para que isso aconteça.

domingo, 23 de março de 2008

Poema (XII)

a seda da tua pele
cavalgava-me

e eu crescia para ti
suavemente!

rebentei num sémen
que nos banhava

desaguei num porto
que nos guardava

lentamente!


Funchal, 26 Fevereiro 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

quarta-feira, 19 de março de 2008

Almada Negreiros


"A cada um que passava dizia o Cristo de pedra: «Em vez de ter morrido numa cruz, por ti, antes tivesse pegado na lança que me abriu o peito, para com ela te rasgar os olhos da cara. Para deixar entrar claridade para dentro de ti pelos buracos dos teus olhos rasgados.»"

- in A Invenção do Dia Claro de Almada Negreiros

domingo, 16 de março de 2008

Filosofando


"A civilização actual a tudo confere um ar de semelhança"

M.Horkheimer e T. Adorno – in A Indústria Cultural, 1947

sexta-feira, 14 de março de 2008

quarta-feira, 12 de março de 2008

Poema (XI)

País

Teus olhos são de onde
nenhuma neve manchou
a luz, e entre as palmas
a aragem
é invisível de clara.

Teu desejo é de onde
nos corpos se alia
o animal com a graça
secreta
de olhar e sorriso.

Teu existir é de onde
recebe o pensamento,
pela areia de mares
amigos,
a eternidade em tempo.

Luís Cernuda
in Mesa de Amigos

terça-feira, 11 de março de 2008

Teatrando

O texto seguinte escrevi-o para ser lido numas jornadas abertas de um Congresso do PSD realizado há já alguns anos. Como o panorama é básicamente o mesmo penso que o texto continua actual.


Pediu-me o Dr. Miguel Albuquerque que aqui viesse dizer de minha justiça sobre o panorama da actividade teatral na Madeira.
E fazê-lo em dez minutos.
Deixem que vos diga que é obra, mas como nunca viro costas às dificuldades, pensei em dividir a minha pequena alocução em dez pontos que serão aqueles que considero ser a base de trabalho de qualquer projecto que se pretenda levar a cabo, dando a cada um cerca de um minuto.
Porque acredito no madeirense como uma identidade definida, perdoem-me alguns laivos de um certo nacionalismo regional, que, se eu o souber gerir, não faz mal a ninguém.

1. Relações a estabelecer entre o teatro e a sociedade madeirense

Um dos aspectos fundamentais na definição do trabalho de um actor prende-se com o facto de este ser uma pessoa atenta ao que se passa à sua volta ou não. A interacção com o tecido social envolvente é de fundamental importância.
Os agentes teatrais têm que ser pessoas interessadas e informadas, em perfeita interacção com a sociedade.

2. A formação e a qualificação dos actores regionais

Nos últimos anos tem aumentado o interesse pela arte teatral por parte dos nossos jovens. Saúde-se o surgir da formação técnico-profissional na área teatral.
Mas mais tem que ser feito, não só ao nível dos actores, mas também ao nível dos produtores, técnicos, directores de cena, etc.:
a) Oficinas de formação contínua;
b) Workshops temáticos;
c) Estágios de formação fora da região;
d) Formação média e superior em áreas como a da produção e gestão cultural.

3. Profissionalização e exercício da profissão

A existência de uma carteira profissional para os que exercem o teatro como meio de vida é uma das maiores necessidades sentidas por todos nós.
Saibam que há actores profissionais na Madeira, e fiquem também a saber que alguns deles vivem com dificuldades de índole económica e habitacional. É urgente que se rectifiquem estas situações pois ser actor é uma profissão digna e merecedora de grande respeito.

4. As companhias e grupos de teatro

Proliferam pela região dezenas de companhias e grupos de teatro. Urge que se separe o trigo do joio. Os profissionais têm de ser separados dos amadores, sob pena de se meter no mesmo saco realidades diferentes tanto ao nível dos esquemas de produção como ao nível da área de intervenção.

5. Infra-estruturas teatrais

É aqui, quanto a mim, que a porca torce o rabo. O Teatro madeirense precisa de infra-estruturas como de pão para a boca.
Se ao nível do meio rural estas instalações começam a surgir associadas a centros culturais, que esperemos sejam pólos de aglutinação cultural de grande importância, é no Funchal que se sente uma maior necessidade de construção de infra-estruturas.
É que sala para Teatro temos nós, só que tem que servir também para bailado, música, cinema, etc.
Tudo mudaria de figura com a construção de uma sala vocacionada para música e dança, libertando assim o Baltazar Dias para a sua principal vocação: o Teatro.
A criação de um Centro que disponibiliza-se salas amplas para ensaios e formação é de vital importância, de modo a proporcionar espaços de ensaio libertando assim o Teatro Municipal.

6. Públicos

O Teatro não existe sem público. E é para o público que devemos trabalhar, não para o umbigo.
Assim, um dos factores de primordial importância é a atenção que se põe naquilo que o público, ou públicos, pretendem ver. Não pode, sob pena de insucesso, a produção teatral deixar de sentir o pulso ao espectador.
Urge a formação de públicos.
Que me perdoem os que há anos têm levado pela mão o teatro regional mas a tempos, este é um factor que considero importantíssimo e que é por vezes esquecido.

7. Autores e edição

É muito pouca a criação literária teatral ao nível regional. Têm que ser estabelecidos protocolos com entidades que associem escritores de modo a sensibilizá-los para a produção de dramaturgia. A organização de oficinas de escrita de teatro é fundamental neste aspecto.
Isto leva-nos à problemática da edição dos textos que deve acompanhar a sua criação.
Um dos factores que poderá exponenciar o surgimento de textos teatrais pela mão de autores regionais é a criação de um prémio literário dedicado a esta área.

8. Animação teatral

A animação teatral é uma das vertentes que terá que ser sempre considerada, até porque não podemos esquecer a importância que pode ter ao nível da animação turística.
Não se ficando por aí, dado que a vertente de animação de rua é deveras interessante e denotadora de espaços citadinos culturalmente apetecíveis e vivos.
Devem os espaços urbanos da região contemplar espaços propiciadores de animação teatral e não só, não se ficando unicamente pelas infra-estruturas mas também pela facilidade do licenciamento deste tipo de actividade.

9. Teatro infantil e juvenil

Gostaria desde já de deixar bem claro que a Madeira tem, ao nível do Teatro infantil, do melhor que se faz em Portugal.
No Teatro juvenil começamos a dar os primeiros passos que seguramente nos levarão, se as condições criadas o propiciarem, a bom porto.
Falhas existem na transposição dos públicos entre estas tipologias teatrais. É urgente que deixemos de trabalhar de forma compartimentada. A transposição dos públicos tem de ser feita de um modo pensado e activo, levando à definição de políticas teatrais concretas e de efeito prolongado.

10. Teatro escolar

É para mim uma das vertentes mais interessantes do Teatro madeirense. Pena é que se esgote em si próprio não servindo de sustento aos grupos e companhias ditas de teatro adulto.


Seja lá aquilo que se faça em termos de futuro teremos sempre que estar atentos pois sob os efeitos da massificação da indústria e do consumo, a cultura corre o risco de perder três das suas principais características:
1 - De expressiva, transformar-se em reprodutiva e repetitiva;
2 - De trabalho de criação, desmultiplicar-se em eventos de consumo;
3 - De experimentação do novo, virar-se para a consagração do ditado pela moda e pelo consumismo.

Falar de Teatro é falar de representação, e falar de representação é falar da própria vida, onde todos temos um papel, onde todos somos actores, embora por vezes não nos agrade a encenação.

De grande importância para os actores é o poder mostrar o trabalho desenvolvido. Pode desempenhar aqui a televisão regional um papel importantíssimo desde que assuma a sua responsabilidade na produção de ficção regional.

Pode também a Madeira ter um lugar de grande importância na cinematografia internacional, desde que para tal se dêem passos decisivos no sentido afirmativo desta realidade. O investimento num grande estúdio devidamente equipado, aliado às condições naturais do arquipélago serão factores de exponenciação de uma indústria cultural rentável e de grande importância na divulgação do destino Madeira em termos turísticos. Podemos colher ensinamentos num pequeno país recentemente entrado na União Europeia, Malta, onde foram rodados recentemente filmes como “O Gladiador”, “1492”, etc.

Mas voltemos ao Teatro e deixemo-nos de devaneios porque tudo isto é muito bonito mas não haverá análise que resista há falta de meios técnicos e financeiros.

Enquanto não conseguirmos convencer as empresas da responsabilidade social que têm, teremos sempre que viver à sombra da subsidío-dependência governamental, embora reconheça que algo está a mudar e o tecido empresarial mais bem formado e informado começa a sentir retorno nos apoios que dá à cultura.

Nós, as companhias de teatro que procuramos o profissionalismo, vivemos com enormes dificuldades para montar os nossos espectáculos. É urgente que se largue de vez o provincianismo que constantemente menoriza as nossas capacidades e competências, levando-nos, erroneamente, a achar que o que vem de fora é melhor. É mentira!

Apesar das falhas de formação, do pouco intercâmbio com o exterior, das poucas infra-estruturas, o Teatro madeirense, exclusivamente pelo seu factor humano, tem condições para se tornar numa realidade cultural pujante e de grande qualidade.

VIVA O TEATRO.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Manifesto CRAP

O Manifesto CRAP é uma coisa em que ando a trabalhar com algumas outras pessoas à já cerca de um ano. Divulgo-o agora pois está numa fase quase final. Se alguém quiser sugerir alguma coisa ou dar uma achega ao texto: Força!
O Manifesto tem na sua génese uma revolta muito grande perante o panorama cultural regional.
Umas quantas cabeças pensantes conduzem os destinos culturais sem rumo e ao saber de ondas e marés.
Temos os valores culturais consagrados que olham para o umbigo convencidos do seu esplendor e que adormeceram não se apercebendo do que se passa à sua volta.
Temos valores culturais ditos consagrados que caíram de para-quedas não se sabendo vindos de onde e que culturalmente nada valem.
Temos muita gente a tentar fazer coisas de qualidade às quais não são dadas oportunidades nem espaços.
E contra isto que nos manifestamos. Contra este estado letárgico que nos leva por um caminho rumo à morte inevitável da cultura madeirense!

M A N I F E S T O C R A P
Por uma nova cultura


Podíamos inventar centenas de siglas para justificar a associação de CRAP à sempre forte palavra MANIFESTO! Não o vamos fazer!
CRAP é mesmo a palavra inglesa que significa porcaria, e é este o significado que dela assumimos! E usamos a forma inglesa porque nos apetece sermos globais num mundo globalizante só de alguns!
CRAP pretende ser um sentido e muitas direcções que não levem a lado nenhum porque se completam a si próprias!
CRAP é o resultado da fusão de todas as culturas, contra-culturas, sub-culturas, de todos os movimentos e sentires!
CRAP é o que somos: seres individuais portadores de cultura própria e irrepetivel!
CRAP é contra tudo e contra todos!
CRAP é pró tudo e pró todos!
Somos CRAP porque é assim que nos tratam! Somos diferentes e diferenciados!
Se para muitos somos CRAP esses outros muitos são para nós MERDA!
CRAP pretende juntar à sua volta os que acreditam no seu potencial! Venham eles de que área venham!
Ser CRAP é uma missão e um orgulho!
Num país de medíocres e onde se premeia a mediocridade, somos os mais medíocres de todos!
CRAP é cultura activa, revolucionária, interveniente, reaccionária, proletária e elitista, de todos e para o mundo!
CRAP é de todas as cores mas todas elas muito bem individualizadas!
CRAP é futuro, presente e passado num só!
CRAP é big-bang! É explosão e implosão!
Somos ponto de exclamação no meio de milhares de interrogações!
CRAP é gritar bem alto que quero ser ouvido e exigir respeito pela minha opinião!
CRAP é o mundo numa mão e a minha rua no coração!
CRAP é querer Justiça e abominar a legalidade!
CRAP é identidade e tradição!
CRAP é subversão!
CRAP é devir, é movimento! É saber parar para ver!
CRAP é ser muito calmo por fora mas em ebulição por dentro!
CRAP são duas linhas paralelas que se encontram no infinito!
CRAP é textura e sabor! É cor!
CRAP é um pincel numa mão segura!
CRAP é raiva e amor!
CRAP é CRAP!
CRAP somos todos!
CRAP é cada um de nós!

sábado, 8 de março de 2008

A Invenção do Dia Claro - Almada Negreiros

"A cada um que passava dizia o Cristo de pedra:
«Em vez de ter morrido numa cruz, por ti, antes tivesse pegado na lança que me abriu o peito, para com ela te rasgar os olhos da cara. Para deixar entrar claridade para dentro de ti pelos buracos dos teus olhos rasgados." - in A Invenção do Dia Claro de Almada Negreiros

Quando li pela primeira vez “A Invenção do Dia Claro” de Almada Negreiros estarreci. Foi como que um despir de alma e ao mesmo tempo um reencontro comigo próprio.
A viagem que Almada nos propõe é interior. Uma viagem que nos rasga e desmembra proporcionando-nos uma reconstrução de um novo eu.
Esta primeira leitura foi feita há já muitos anos e depois dela muitas outras se seguiram e em todas elas o autor tem sempre a capacidade de me surpreender.
Desde logo ficou a ideia de um dia poder subir ao palco e com o público desfrutar este texto singular e maravilhoso. E a ideia foi remoendo e assumindo sempre novas formas, novos cenários, novas composições.
Com os meus 25 anos como actor que este ano comemoro achei chegada a altura de fazer algo especial. E nada melhor do que “A Invenção do Dia Claro”.
Não poderia ser de outra maneira.
E começaram os primeiros “esboços” e as primeiras conversas com quem entende o processo criativo como um todo interdisciplinar.
O músico e produtor musical Miguel Apolinário, companheiro de muitas guerras, foi o primeiro a aderir ao projecto. Depois chegou calmamente o Gonçalo Silva que me surpreende sempre com as suas desconstruções de imagem e pela cultura musical. O Daniel Caíres é a mais recente aquisição deste projecto e da sua imaginação e induzido pelo sabor das palavras de Almada vão nascer os cenários desta “saga”, uma obra tipo instalação que terá como nome: “Idea”.
Assim vamos ter em palco a música original do Miguel, o trabalho de VJing do Yubar, a cenografia do Daniel e o tratamento da palavra de Almada Negreiros que procurarei não estragar.
Datas? Quando estiver pronto. O que penso acontecer lá para finais de Outubro.
Até lá muito trabalho!

sexta-feira, 7 de março de 2008

Do Talher (VI) - Ovos à Nuno

Cozer feijão verde de modo a que fique "al dente" (não muito cozido).

Numa frigideira deitar um fio de azeite e juntar-lhe o feijão verde deixando-o fritar um pouco.

Bater 4 ovos com sal grosso, um pouco de malagueta e um dedal de leite.

Juntar os ovos ao feijão verde na frigideira e mexer como nos ovos mexidos.

Servir com fatias de pão de casa torrado.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Poema (X)

Quando me rasgaste
Saiu sangue
Pela faca profunda
Que me cravaste

No teu olhar
Correram as minhas lágrimas
Subindo por um rosto estranho
Que não reconheço

Volto para dentro de mim!

Só!

Funchal, 23 Fevereiro 2008

Teatrando


Na próxima 3ª feira estreia o TEF, Companhia de Teatro, a sua 108ª produção com a pela "A Nossa Cidade" de Thornton Wilder.
Embora seja suspeito para falar uma vez que tenho a honra de participar no elenco, acho que estamos na presença de uma brilhante encenação de Élvio Camacho.
Ficam a seguir mais alguns dados sobre a peça:


Dramaturgo - Thornton Wilder
Encenação - Élvio Camacho
Figurinos - André Correia
Cenografia - Ruben Freitas


Elenco - Personagens:

Ana Graça - Júlia Lemos
António Ferreira - Gaspar Teixeira
António Plácido - Carlos Pestana
Dina de Vasconcelos - Virgínia da Paixão
Duarte Rodrigues - Samuel Carvalhal
Eduardo Luíz - Director de Cena
Élvio Camacho - Jorge Lemos
Ester Vieira - Maria Pestana
Luís Melim - David Gouveia
Margarida Gonçalves - Directora de Cena
Norberto Ferreira - Franquinho Freitas
Nuno Morna - Pedro Lemos
Paula Erra - Emília Pestana
Sílvia Marta - Clara Angústias
Sónia Carvalho - Rebeca Lemos
Zé Ferreira - Almeida Dias


Sinopse

A Nossa Cidade, de Thornton Wilder, conta-nos a história duma pequena cidade, que, neste espectáculo, pode muito bem ser o Funchal no dealbar do século XX. O dia-a-dia da cidade desfila diante dos nossos olhos conduzido pela narração de dois dos seus moradores, anfitriões da folia que celebra o milagre do Funchal, também directores-de-cena do espectáculo, que, pouco a pouco, nos vão dando conta da vida de alguns dos seus habitantes.
Pequenos dramas, tons de comédia, namoros, intrigas, o descascar das ervilhas, o leiteiro que entrega o leite, os jovens que namoram, os primeiros sintomas de reumatismo, os segundos sintomas de reumatismo, os (milhões de) anos que passam, o comboio que parte para o Monte, um dragoeiro... o tempo como condutor da festa da vida e da morte a entrar silenciosamente pelo palco com uma simplicidade desarmante…


CALENDARIZAÇÃO

DE 11 A 30 DE MARÇO DE 2008
TEATRO MUNICIPAL BALTAZAR DIAS
TERÇAS A SÁBADOS ÀS 21H30
DOMINGOS ÀS: 18H00
(EXCEPTO DIAS 21 E 23 DE MARÇO 2008)

PÚBLICO EM GERAL M6
DURAÇÃO DO ESPECTÁCULO: 120 MINUTOS COM INTERVALO DE 10 ENTRE O II E III ACTO

PREÇÁRIO BILHETEIRA 2008

ESCOLAS E INSTITUIÇÕES (MEDIANTE MARCAÇÃO PRÉVIA)
2,70 €

- MAIORES DE 65 ANOS (INCLUSIVE)
- ESTUDANTES E PROFESSORES
- GRUPOS SUPERIORES A 10 PESSOAS
- PARCERIAS COM O TEF
3,50 €

PÚBLICO EM GERAL
7,50 €

CONTACTOS E RESERVAS

TEF: TELEFONE: 291226747; TELEMÓVEL: 913035458 (DAS 14H00 ÀS 18H00)
CORREIO ELECTRÓNICO: mailto:tef@tef.pt?subject=
BILHETES À VENDA NO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA BILHETEIRA DO TEATRO MUNICIPAL DIAS

MAIS INFORMAÇÕES EM:
http://www.tef.pt/

Voltei

Cá estou de novo.