sábado, 31 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Comendo - Momentos Gourmet
A minha boa amiga Luísa leva com mão sabedora este verdadeiro palácio de degustação que dá pelo nome de Momentos Gourmet.
Assim para Sexta-feira dia 30 de Janeiro, para além dos pratos que constam do nosso menu, teremos:
· Carne de porco preto à alentejana com amêijoas frescas;
· Bacalhau no forno com crosta de broa de milho em cama de espinafres e batatinhas à murro.
Para sobremesa sugerimos:
· Toucinho do céu;
· Arroz doce.
Sábado 31 de Janeiro poderá desfrutar de um delicioso prato angolano:
· Moamba de peixe;
· Bife grelhado com cebola caramelizada recheada c/queijo cabra e risoto de cogumelos.
Para sobremesa sugerimos;
· Parfait de lemon curd com molho de maracujá;
· Leite creme.
IMPORTANTE
Faça a sua reserva até Quinta-feira 30 de Janeiro.
Telefones : 918888131 ou 291098252.
Armado em Mete Nojo...
ps: parto amanhã para Lisboa... estarei menos assíduo por aqui...
Musicando - Wraygunn
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Teatrando - Ao Vivo e a Soro 3
Cinema - Second Life
Segundo o produtor, que é também autor do argumento e dos diálogos e responsável pela direcção de actores, o filme destina-se a um público «ávido de cinema comercial» e «vai ser o filme mais visto do ano» em Portugal.
Alexandre Valente é o produtor de O crime do padre Amaro, o filme com mais espectadores em Portugal, e de Corrupção, que o realizador João Botelho rodou e posteriormente renegou por desacordo com o responsável da Utopia Filmes.
Second Life foi rodado em Portugal e Itália e integra no elenco actores como Ruy de Carvalho, Cláudia Vieira, Lúcia Moniz, Liliana Santos, Tiago Rodrigues, Paulo Pires e José Wallenstein, modelos e figuras públicas como o futebolista Luís Figo e os apresentadores de televisão José Carlos Malato e Fátima Lopes.
Obituário - John Updike
Distinguido com os mais importantes prémios literários dos EUA, incluindo dois Pulitzer, o American Book e ainda o Scott Fitzgerald, Updike cruzou com mestria um feroz sentido de humor com uma ainda mais feroz consciência da obscuridade da condição humana. São disso bom exemplo as novas versões que fez de romances históricos como ‘Tristão e Isolda’ (‘Brazil’, 1994) ou ‘Hamlet’ (‘Gertrudes e Cláudio’, 2000).
Updike é visto pelos críticos como um erudito genial.
Filho de um professor de Matemática e neto de um pastor presbiteriano, era ainda criança quando lhe foi diagnosticada psoríase, uma doença de pele. Muitos anos mais tarde, revelaria na autobiografia (‘Self-consciousness’, 1989) que a descoberta da escrita lhe serviu de catarse para sobreviver à doença e à segregação que lhe sobreveio.
Updike escreveu histórias curtas e longas, novelas, romances, ensaios, poemas, críticas, um pouco de tudo. Deixa obra feita em prosa e poesia e ainda aquela que era para si a receita de sucesso de qualquer bom livro: "Sexo, arte e religião".
Desde que começou a escrever, nos anos de 1950, publicou mais de 50 obras. Era um frequente candidato aos Pulitzer, que ganhou duas vezes, com Rabit Is Rich e Rabit at Rest. De outros dos galardões que venceu destaque-se dois National Book Awards.
O seu último livro dá-se pelo título de ‘As Viúvas de Eastwick’ (2008) e é a sequela do livro de 1984.
O escritor e crítico literário Pedro Mexia salientou em Updike, a sua «capacidade rara de discutir ideias a partir de livros». Segundo Mexia, o escritor norte-americano tinha uma «preparação forte (...) em teologia e filosofia que lhe permitia, a partir do contar histórias, uma reflexão sobre o mundo».
«Como crítico literário, Updike não se limitava a uma recensão de 4.000 caracteres e analisava um livro no conjunto de uma obra. Fazia pequenos ensaios sobre livros acabados de sair», assinalou.
Dizendo «conhecer melhor» a obra ensaística e de crítica literária de Updike do que a sua ficção, Mexia referiu ter gostado de ler o seu livro de contos A Escola de Música, pondo em realce o seu «estilo poético» e a capacidade de «explorar a vertente psicológica, designadamente nas relações conjugais».
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Investindo - Cidade do Cinema
Noventa por cento dos custos estimados serão suportados por parceiros privados. A Câmara de Portimão procura apoio comunitário e governamental para os restantes dez por cento. O presidente Manuel da Luz tem reuniões em Faro e Lisboa, hoje e amanhã, para discutir a candidatura ao Provere. "Este projecto vai colocar Portimão e o Algarve no contexto global de parcerias em rede", diz o autarca, confiante em como a obra irá arrancar em 2010.
O projecto inclui, além de estúdios que pretendem afirmar-se entre os cinco melhores do Mundo, um parque temático, a instalação de uma delegação da CBS Movies, a criação do primeiro pólo de ensino do American Film Institute fora dos EUA, a filmagem de parte do próximo filme do agente 007 (Bond23), a criação de um fundo de cinema no valor de 250 milhões de euros e a instalação de um pólo de desenvolvimento de jogos para X-Box. Estão, ainda, estipulados 170 milhões de euros para estruturas públicas relativas a acessibilidades e mobilidade, nomeadamente na envolvente do rio Arade, e cerca de 1,2 mil milhões para diversificação e qualificação da oferta hoteleira.
A localização da Cidade do Cinema ainda está em estudo. Fonte da autarquia portimonense adiantou ao CM que os dois locais em análise são a Zona Ribeirinha, junto ao Pavilhão Arena, ou no interior do concelho, próximo do Autódromo Internacional do Algarve, cuja empresa gestora (Parkalgar) é parceira do projecto e responsável pelo futuro parque temático (890 milhões de euros).
Parceiros de destaque são ainda os produtores Anthony Waye (onze filmes 007), Matt Cimber (trabalhou com Orson Wells, Spielberg e Scorcese) e Richard McGuire (‘Piratas das Caraíbas’, por exemplo).
Teatrando - Ao Vivo e a Soro 3
A curiosa indumentária do actor, que ainda incluiu um fato formal e um guarda-chuva ao braço, pretendeu aludir ao facto de este espectáculo de 'stand-up comedy' surgir em duas versões, uma em português e outra em inglês, abordando temas como a crise, política, religião e, claro está, o "'mingling' entre portugueses e estrangeiros". E acrescentou que a comédia terá muita interacção com o público, "humor, surpresas e até musicais".
As sessões da tarde (em inglês) serão apresentadas pelas 18 horas e as da noite, em português, pelas 21h30. O preço dos bilhetes é de 10 euros para ambas as sessões.
Fotografando - DDiarte
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Poema (XXII)
em tua honra consumei o sacrifício.
Oh, aquece-me os pés,
aquece-me o corpo, os membros, o espírito, a voz.
Afasta o encantamento, aquece-me, favorece-me, afasta o encantamento.
Arrancaste-o de mim, levaste-o para longe, para longe de mim.
E agora curo-me, recupero a força, recupero a frescura,
a frescura sobe-me à cabeça, a força.
Movo-me com movimentos novos, ouço com ouvidos novos, olho com olhos novos.
Caminho, livre do tormento caminho, com uma luz no coração caminho, felizmente caminho.
Quero abundância de nuvens sombrias,
quero abundância de erva,
abundância de pólen,
abundância de orvalho.
Que venha contigo até aos confins da terra o belo fermento branco,
que venham até aos confins da terra o belo fermento amarelo, o belo fermento azul,
o belo fermento de todas as espécies,
as plantas de todas as espécies,
os bens de todas as espécies,
as jóias de todas as espécies,
que venham contigo até aos confins da terra.
Que venham contigo à frente, atrás, por baixo, por cima, à volta, que venham contigo até
Que se consume a obra.
Avanço dentro da beleza,
com a beleza à minha frente, sim, eu avanço,
com a beleza por trás das minhas costas, sim, eu avanço,
com a beleza por cima de mim e à minha volta, sim, eu avanço.
Em plena beleza tudo se consuma, sim, tudo se consuma, sim, eu avanço.
Poema da tradição oral dos indíos Navajos.
Versão de Herberto Helder.
In "Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o futuro, edição Assírio & Alvim
domingo, 25 de janeiro de 2009
Teatrando - Ao Vivo e a Soro 3
Depois do sucesso em português, o Pedro tem a supinpa lata de estrear-se agora no humor em inglês. De 28 de Janeiro a 8 de Fevereiro, o actor estará no Teatro Municipal Baltazar Dias para uma nova dose de boa disposição.
E desta vez é mesmo uma “dose dupla”.
Pedro Ribeiro prepara-se para vilipendiar ao mesmo tempo duas das mais nobres tradições literárias europeias. É que além das sessões diárias nocturnas na língua de Camões, decidiu dar um novo "passo maior do que a perna" (como admitiu em declarações ao DN Madeira) e vai realizar também algumas apresentações em inglês.
As sessões da tarde, em inglês, deverão ser apresentadas pelas 18 horas e as da noite, em português, pelas 21h30.
O preço dos bilhetes é, como habitualmente, de 10 euros.
Contudo, ao contrário do que acontece quase sempre nos domínios da economia, progresso e educação, nesta peça, os portugueses levam vantagem em relação aos estrangeiros. Isto porque quem assistir ao 'Ao Vivo e a Soro 3' em versão portuguesa e quiser ver também a inglesa tem redução de 50% no bilhete para o segundo espectáculo.
Assim é usada a tal vantagem de saber falar mais do que uma língua. Se algum inglês, francês, alemão ou sueco se sentir tentado a ver o espectáculo em português terá acesso a idênticas vantagens… mas a produção tem sérias dúvidas de que venha a perceber o que quer que seja.
Cinema - IndieLisboa
Ambos estarão presentes no festival - que decorrerá entre 23 de Abril e 03 de Maio, em Lisboa - e os seus filmes serão exibidos na secção Herói Independente, que procura dar a conhecer ao público o cinema independente que fica habitualmente à margem dos circuitos comerciais em Portugal.
Organizado pela Zero em Comportamento, em co-produção com a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, o IndieLisboa conta com o apoio financeiro do Ministério da Cultura/Instituto do Cinema e Audiovisual, da Câmara Municipal de Lisboa, e do Programa MEDIA da União Europeia.
Numa retrospectiva inédita em Portugal, para dar a conhecer o conjunto da obra de Werner Herzog, serão exibidos alguns dos filmes que marcam o percurso do realizador alemão, entre outros, Aguirre, o Aventureiro (1972), Fitzcarraldo (1982) e O Enigma de Kasper Hauser (1974), num total de 26 obras.
Premiado nos principais festivais mundiais - Cannes, Berlim e Veneza - Werner Herzog, nascido em Munique, em 1942, é um dos nomes de referência do Novo Cinema Alemão, tal como Rainer Werner Fassbinder e Wim Wenders.
A programação dedicada a este realizador, que assinou mais de 40 filmes na área da ficção e do documentário ao longo de quase cinquenta anos, será comissariada por Grazia Paganelli, crítica de cinema italiana e actual programadora do Museu Nacional de Cinema de Turim.
As Edições 70 associam-se a esta homenagem do IndieLisboa lançando a versão portuguesa do livro Segni di Vita, Werner Herzog e il Cinema/Sinais da Vida, Werner Herzog e o Cinema) de Grazia Paganelli.
Pela primeira vez, no âmbito da homenagem a Jacques Nolot, será apresentada em Portugal uma selecção de dez obras representantivas do cineasta francês ao longo da sua carreira na área da ficção cinematográfica enquanto argumentista, realizador e actor.
As três longas-metragens que realizou - L’Arrière-pays (1997), La Chatte aux Deux Têtes (2002) e Avant que j’oublie (2007), este último filme exibido no IndieLisboa 2008 - revelam o carácter autobiográfico da sua obra, expondo uma juventude atribulada e a descoberta da homossexualidade.
Nascido em Marciac, França, em 1943, Jacques Nolot chegou a Paris como vendedor de legumes e frequentou um curso de expressão dramática onde conheceu André Techiné, um dos realizadores com quem veio a trabalhar como actor e argumentista em filmes como La Matiouette (1983) e J'embrasse Pas (1991).
A 6ª edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente incluirá duas novas secções sobre novas narrativas originais e questões relevantes da actualidade mundial.
Na edição de 2008, o festival recebeu cerca de 36.000 espectadores para ver 238 filmes - exibidos no Fórum Lisboa, Teatro Maria Matos e cinemas Londres e São Jorge - dos quais 23 foram estreia mundial.
Lusa
sábado, 24 de janeiro de 2009
Sem Comentários - Anderson
Obrigado Raminhos!
Fotografando - Pico Ruivo
Culturando - "In Seralves"
A ideia surgiu a partir do seminário "A arte e a empresa", que a Fundação de Serralves organizou em 2005. A partir daí, a ideia fervilhou, tendo essencialmente como base o ensinamento aos criativos da lógica dos negócios. Jorge Pinho de Sousa, professor da Universidade do Porto, consultor para as Indústrias Criativas de Serralves e um dos mentores do projecto, adiantou, ao JN, que esta incubadora pretende, ao mesmo tempo, "mostrar e demonstrar que, através de uma actividade de criação e de talento, se pode ganhar dinheiro". Pinho de Sousa entende que "é na inovação e na criatividade que incide a solução para combater a crise que afecta a sociedade portuguesa".
Miguel Veloso, gestor de projectos, concorda e adianta que o projecto pretende "ajudar o criativo a tornar-se empresário", ou seja, proporcionar todos os meios para que a criativade se transforme, na realidade, em negócio.
Apresentaram-se ao projecto "In Serralves" 76 candidaturas. O júri seleccionou sete. Desde Maio que estão instaladas no pólo onde funciona a incubadora (frente à Casa de Serralves) e abrangem as áreas de conservação e restauro, projectos educativos, joalharia urbana, música e audiovisuais, roupa didáctica, energia e multimédia e design, marketing e arquitectura.
Íris Cleto é uma das jovens empresárias que trabalham na incubadora e, apesar de reconhecer que "ainda é cedo para falar em resultados, considera-se razoavelmente satisfeita". Admite mesmo que, se o projecto não existisse, a empresa não tinha avançado ou, simplesmente, estaria adiada.
Pedro Pardinha e Marta Palmeira são sócios da 20/21, empresa que se dedica à conservação e restauro. Concorreram ao projecto e dizem não estarem arrependidos. Pelo contrário, "porque até não está correr mal". Reconhecem que ainda estão longe das metas pretendidas, mas têm consciência de que o sector em que estão envolvidos não é de resultados rápidos, ou seja, "sabemos que temos um caminho a percorrer, mas, para já, estamos satisfeitos".
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Premiando - Oscares
É a seguinte a lista completa das nomeações:
Melhor filme:
"O Estranho Caso de Benjamin Button"
"Frost/Nixon"
"Milk"
"The Reader"
"Slumdog Millionaire"
Melhor actor principal:
Richard Jenkins, "The Visitor"
Frank Langella, "Frost/Nixon"
Sean Penn, "Milk"
Brad Pitt, "O Estranho Caso de Benjamin Button"
Mickey Rourke, "The Wrestler"
Melhor actor secundário:
Josh Brolin, "Milk"
Robert Downey Jr., "Tropic Thunder"
Philip Seymour Hoffman, "Doubt"
Heath Ledger, "O Cavaleiro das Trevas"
Michael Shannon, "Revolutionary Road"
Melhor actriz:
Anne Hathaway, "Rachel Getting Married"
Angelina Jolie, "A Troca"
Melissa Leo, "Frozen River"
Meryl Streep, "Doubt"
Kate Winslet, "The Reader"
Melhor actriz secundária:
Amy Adams, "Doubt"
Penélope Cruz, "Vicky Cristina Barcelona"
Viola Davis, "Doubt"
Marisa Tomei, "The Wrestler"
Taraji P. Henson, "The Curious Case of Benjamin Button"
Melhor filme de animação:
"Bolt"
"Kung Fu Panda"
"Wall-E"
Melhor realizador:
Danny Boyle, "Slumdog Millionaire"
Stephen Daldry, "The Reader"
David Fincher, "O Estranho Caso de Benjamin Button"
Ron Howard, "Frost/Nixon"
Gus Van Sant, "Milk"
Melhor filme de língua estrangeira:
"The Baader Meinhof Complex" (Alemanha)
"A Turma" (França)
"Departures"(Japão)
"Revanche" (Áustria)
"A Valsa com Bashir" (Israel)
Melhor direcção artística:
James J. Murakami, Gary Fettis, "Changeling"
Donald Graham Burt, Victor J. Zolfo, "O Estranho Caso de Benjamin Button"
Nathan Crowley, Peter Lando, "O Cavaleiro das Trevas"
Michael Carlin, Rebecca Alleway, "The Duchess"
Kristi Zea, Debra Schutt, "Revolutionary Road"
Melhor fotografia:
"O Estranho Caso de Benjamin Button"
"The Duchess"
"A Troca"
"The Reader"
"Revolutionary Road"
Melhor guarda-roupa:
Catherine Martin, "Australia"
Jacqueline West, "O Estranho Caso de Benjamin Button"
Michael O'Connor, "The Duchess"
Danny Glicker, "Milk"
Albert Wolsky, "Revolutionary Road"
Melhor documentário:
"The Betrayal"
"Encounters at the End of the World"
"The Garden"
"Man on Wire"
"Trouble the Water"
Melhor documentário em curta-metragem:
"The Conscience of Nhem En"
"The Final Inch"
"Smile Pinki"
"The Witness - From the Balcony of Room 306"
Melhor montagem:
James J. Murakami, Gary Fettis, "A Troca"
Donald Graham Burt, Victor J. Zolfo, "O Estranho Caso de Benjamin Button"
Nathan Crowley, Peter Lando, "O Cavaleiro das Trevas"
Michael Carlin, Rebecca Alleway, "The Duchess"
Kristi Zea, Debra Schutt, "Revolutionary Road"
Melhor caracterização:
Greg Cannom, "O Estranho Caso de Benjamin Button"
John Caglione, Jr., Conor O'Sullivan, "O Cavaleiro das Trevas"
Mike Elizalde, Thom Flout, "Hellboy II: The Golden Army"
Melhor banda sonora original:
"O Estranho Caso de Benjamin Button"
"Defiance"
"Milk"
"Slumdog Millionaire"
"Wall-E"
Melhor canção:
"Down to Earth", "Wall-E"
"Jai Ho", "Slumdog Millionaire"
"O Saya", "Slumdog Millionaire"
Melhor curta-metragem:
"Auf der Strecke (On the Line)"
"Manon on the Asphalt"
"New Boy"
"The Pig"
"Spielzeugland (Toyland)"
Melhor curta-metragem de animação:
"La Maison de Petits"
"Lavatory - Lovestory"
"Oktapodi"
"Presto"
"This Way Up"
Melhor som:
"Wanted"
"Wall-E"
"Slumdog Millionaire"
"O Estranho Caso de Benjamin Button"
"O Cavaleiro das Trevas"
Melhores efeitos sonoros:
"O Cavaleiro das Trevas"
"Wanted"
"Wall-E"
"Slumdog Millionaire"
"Iron Man"
Melhores efeitos especiais:
Eric Barba, Steve Preeg, Burt Dalton, Craig Barron, "O Estranho Caso de Benjamin Button"
Nick Davis, Chris Corbould, Tim Webber, Paul Franklin, "O Cavaleiro das Trevas"
John Nelson, Ben Snow, Dan Sudick, Shane Mahan, "Iron Man"
Melhor argumento adaptado:
Eric Roth, Robin Swicord, "O Estranho Caso de Benjamin Button"
John Patrick Shanley, "Doubt"
Peter Morgan, "Frost/Nixon"
David Hare, "The Reader"
Simon Beaufoy, "Slumdog Millionaire"
Melhor argumento original:
Dustin Lance Black, "Milk"
Courtney Hunt, "Frozen River"
Mike Leigh, "Happy-Go-Lucky"
Martin McDonagh, "In Bruges"
Andrew Stanton, Jim Reardon, Pete Docter, "Wall-E".
Teatrando - TEF
A ser verdade, a solução para viabilizar o projecto do TEF passa, adiantou Élvio Camacho, por menos produções anuais, por peças com menos actores em palco, pela aposta em clássicos, textos isentos de direitos de autor, e ainda pela contenção ao nível de cenários. Anualmente o grupo vem apresentando quatro espectáculos, dois deles para a infância e dois para o público adulto, mas aceita que o futuro tenha de passar por reduzir este volume, sem prejudicar a qualidade do trabalho apresentado. Uma das medidas mais duras é a redução do elenco, uma forma eficaz de cortar nas despesas que não é bem recebida nem pelos próprios responsáveis que ao longo dos últimos anos têm procurado fazer do teatro uma profissão viável na Região.
Quanto à opção de representar peças clássicas, é uma solução que não pode ser tornada regra, explicou o actor e encenador, actualmente a desempenhar o papel de Padre Miguel na telenovela 'Flor do Mar'.
Segundo o também director artístico, o TEF está disponível para fazer sacrifícios numa altura em que esta é a palavra de ordem na Cultura, mas não aceita no entanto a regressão do Teatro Experimental do Funchal para o nível amador: "Estamos há anos a tentar profissionalizar, não vamos prescindir do que conseguimos até agora".
Segundo Élvio Camacho, os valores ainda não foram anunciados. De qualquer forma, estão preparados para cortes drásticos e avisou: "Não se podem fazer milagres".
Desde 2006 que o TEF vem sendo apoiado anualmente em 150 mil euros. Se as despesas de investimentos da DRAC se reflectirem proporcionalmente nos valores transferidos para a companhia de teatro, serão menos 75 mil euros a entrar.
Em 2005, a companhia não recebeu qualquer apoio do Governo Regional e teve de recorrer à banca para poder trabalhar, um caminho que não está entre as soluções apontadas pelo TEF, que fechou 2008 sem quaisquer dívidas, anunciou o director artístico: "Não nos queremos meter nisso".
Bilheteira não é solução
Fazer produções à espera da bilheteira é sempre um risco. A próxima produção, por exemplo (ver notícia do lado) vai custar à companhia 20 mil euros, mas as vendas, mesmo que com salas cheias, atingirá, no melhor dos casos, 10 mil, pois nem todas as sessões esgotam e muitos lugares são vendidos com desconto de 50% aos estudantes e idosos. Aumentar o preço dos bilhetes, actualmente fixado em 10 euros para as produções apresentadas no Baltazar Dias, não é solução, dado o aperto em que as famílias vivem, desabafou. O encenador teme que as pessoas se afastem do espectáculo se praticarem outros preços.
Uma solução fácil passaria por recorrer a espectáculos mais comerciais ou polémicos, com algum nu, por exemplo pelo meio, um caminho que a companhia prefere não percorrer, apostando antes em "dar valor ao que tem valor", afirmou.
O director artístico acredita que se os cortes vierem não serão motivados pela falta de qualidade do trabalho que vêm desenvolvendo, a que se junta o rigor financeiro e a credibilidade: "Todos os anos entregamos um calhamaço de todo o tamanho que até ficam zonzos". Neste relatório anual, contam os projectos, os objectos, os números e as contas.
Comédia embalada em guerra e sexo
Aristófanes escreveu em 411 a.c. a comédia anti-guerra que o Teatro Experimental do Funchal estreia no dia 20 de Março no Baltazar Dias.
'A Greve de Sexo' foi encenado a partir de 'Lisístrata ou a Greve do Sexo', um clássico estudado e interpretado em todo o mundo, com temas sempre actuais, como a paz e a democracia, o amor à pátria e o preço da guerra. "Oriunda de uma época em que as mulheres não subiam ao palco, assim como não eram autorizadas entre o público do teatro, Lisístrata é um retrato de seu tempo e da civilização ocidental", refere o sítio na Internet da Livraria da Travessa.
Esta comédia grega conta a história de Lisístrata, uma ateniense que juntou as mulheres de Atenas e de Esparta e recorrendo à abstinência sexual obrigam os homens das duas facções rivais a acabar com a guerra que vinha há 20 anos vinha debilitado a Grécia, a economia do país e levando os filhos.
Lisístrata reúne as mulheres na Acrópole, onde estava depositado o tesouro ateniense que sustentava o conflito e é a partir dali, apostando no jogo de sedução, com avanços e recuos, tentam derrubar a resistência do 'inimigo'.
Os ensaios para a nova peça ainda não começaram, a equipa está a terminar a encenação de 'Aventura no Funchal', em cartaz no Cine Teatro de Santo António até ao dia 1 de Fevereiro.
Lisístrata, Calonice, Mirrina, três mulheres atenienses, Lampito, uma mulher de Esparta, o comissário, Prítane, que é representante da Assembleia Ateniense, Cinésias, o marido de Mirrina, o filho de Cinésias e Arauto Lacedemônio são as personagens principais, a que se juntam os coros Velhos de Atenas e o de Velhas de Atenas.
O número de elementos em palco pode variar muito, podendo mesmo ir as várias dezenas com a presença dos exércitos, o que certamente não vai acontecer nesta encenação do TEF. A quantidade e a atribuição dos papéis pelos actores ainda não está feita. Élvio Camacho, que vai encenar a peça, adianta apenas que deverá contar com Paula Erra, Patrícia Perneta e Dina de Vasconcelos.
A peça vai estar em cena até ao dia 29 de Março, com bilhetes a dez euros para o público em geral e a metade deste valor para os estudantes e idosos.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Teatrando - Vou-te Bater, The MC Act! + O Gordo e os Pimba
Dizem que é um espectáculo sem regras, sem tabus, sem nexo, sem corantes, sem conservantes, 100% puro e duro, sem juros, sem reservas, sem dó nem piedade, sem gordura, sem roupa, sem vergonha, sem nada... Dizem, é um facto, mas para o provar, os humoristas Pedro Ribeiro e Nuno Morna vão estar hoje à noite, a partir das 23h58, na discoteca Kool, para o que chamaram de 'Vou-te Bater, The MC Act!'.
Cinema - Oscares
Às 5h30 da madrugada em Beverly Hills, Califórnia (13h30 TMG), vão ser anunciados os cinco nomeados para cada uma das 24 categorias pelo presidente da Academia, Sid Ganis, e pelo actor Forest Whitaker.
"Slumdog Millionaire", do britânico Danny Boyle, depois de ter reinado nos Globos de Ouro (melhor filme, melhor realizador, melhor argumento e melhor música original), é um nomeado certo. (A previsão do "Guardian" é a mesma: "o ano de 'Slumdog'").
Mas é verdade que sendo os Globos atribuídos pela imprensa estrangeira de Hollywood e os Óscares pelos 5.810 membros da Academia (ou seja, representantes de todas as categorias profissionais cinematográficas), é difícil estabelecer um outro elo entre os prémios que não seja uma ligação psicológica.
Para Tom O'Neil, "especialista" em Óscares citado pela AFP, "Slumdog Millionaire", história de um jovem indiano, analfabeto, que ganha a versão local do jogo televisivo Quem Quer ser Milionário, vai, mais do que provavelmente, figurar nas nomeações dos melhores filmes do ano. Categoria em que, segundo O'Neil, "há quatro [candidatos] certos para o melhor filme: "Slumdog", "Benjamin Button", "Frost/Nixon" e "Harvey Milk", a biografia do primeiro político americano que assumiu publicamente a sua homossexualidade (é interpretado por Sean Penn).
"Para o quinto nomeado, a coisa está complicada. Os três concorrentes mais prováveis serão ‘O Cavaleiro das Trevas', ‘Gran Torino' [de e com Clint Eastwood] e ‘The Reader'".
"O Cavaleiro Negro", o filme que no mercado americano só foi ultrapassado em termos de receitas por "Titanic", deverá valer a Heath Ledger a nomeação para o Óscar do actor secundário, mas a presença do filme nas nomeações para outras categorias permanece incerta. "O problema é que nenhum filme de super-heróis foi finalista nos Óscares. Mas há barreiras que antes já foram quebradas", diz, lembrando-se de "O Silêncio dos Inocentes" ou "O Senhor dos Anéis".
Os Óscares serão entregues a 22 de Fevereiro no Teatro Kodak, em Hollywood.
Links para traillers:
Cinema - Razzies
Os Razzies premeiam os piores filmes do ano. E quem lidera este ano é "The Love Guru", o escatológico filme em que Mike Meyersfaz de místico indiano. 7 nomeações, sete. É o líder.
À altura dele estarão "O Acontecimento", de M Night Shyamalan, "Disaster Movie", "Meet the Spartans", "The Hottie and the Nottie" (com Paris Hilton) e "In the Name of the King: A Dungeon Siege Tale", do alemão Uwe Boll (que receberá prémio especial à carreira; afinal, não é por acaso que os organizadores do evento, segundo o "Guardian", consideram-no a versão alemã de Ed Wood).
Mas a noite será de Myers, nomeado como actor, co-argumentista e co-produtor. "Esta é mesmo um caso de autor-do-horrível", explicou ao "Guardian" John Wilson, que fundou os Razzies. "De uma maneira geral as pessoas estão fartas dele. Não faz um filme decente há anos."
Myers irá à cerimónia? Em 2005 Halle Berry surpreendeu toda a gente ao subir ao palco para receber o prémio para pior actriz por "Catwoman". Este ano os Golden Raspberry Awards são entregues a 21 de Fevereiro, um dia antes dos Óscares.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Teatro - Vou-te Bater, The MC Act! + O Gordo e os Pimba
NOITE ESPECIAL
23.59h
Vou-te Bater, The MC Act! + O Gordo e os Pimba
A imensidão de comportamentos ridículos dos adultos é aqui matéria-prima para um espectáculo burlesco e de grande interacção com o público.
Este showcase tem a duração de cerca de 1 hora e reúne numa estética musical uma série de textos e momentos musicais plenos de humor e boa disposição.
Com textos de Pedro Ribeiro e Nuno Morna “The MC Act” promete. Partindo da linguagem cénica e do tipo de temáticas exploradas na Stand-Up Comedy, os dois actores alternam-se na condução do evento, interpretando vários textos e músicas sobre a dimensão cómica de pequenos detalhes do nosso quotidiano.
“O Gordo e os Pimba” é o projecto musical de Nuno Morna, Miguel Apolinário, Eduardo Fernandes e Juan Pestana que o qualificam de “a primeira banda pimba-punk portuguesa”.
O objectivo de “O Gordo & Os Pimba” é este: um espectáculo de pura e alta filosofia para as massas, amarfanhamento da "inteligência nacional" e bom humor. Todos os temas serão adaptados para o português de Portugal e terão também o respectivo reequacionamento nacional e regional.
“O Gordo & Os Pimba” têm sonhos e nada mais querem do que:
• influenciar toda uma geração;
• revolucionar o mercado literário português e também de Portugal;
• ganhar o Nobel da Paz, para assim poderem ir à Suécia conhecer umas suecas;
• transformar o seu espectáculo no maior evento musical de 2008;
• ajudar donas de casa e funcionários públicos a comer com faca e garfo e de boca bem aberta;
• dizer que não à Marisa Cruz;
• ir ao “Bom Dia Madeira” na RTP/M fazer a leitura de imprensa;
• enriquecer o vocabulário de estudantes e analfabetos;
• dar um subsídio ao Júlio Isidro para ele ficar em casa.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Teatrando - A Mulher Sem Pecado
Tragicomédia de Nelson Rodrigues.
Uma casa. Uma sala. Uma família. Um casal: Olegário e Lídia. A história gira em torno do excessivo ciúme que o marido nutre pela esposa. A conduta obsessiva deste deteriora a convivência familiar. Olegário contrata pessoas para vigiar constantemente a esposa. A situação agrava-se, a partir do momento em que fica paralítico. Desconfia de tudo e de todos, asfixiando além dos limites, a paciência dos que o rodeiam. Uma trama neurótica que não deixa ninguém indiferente.
Elenco
Elisabete Mata
Fernando de Melo
José António Barros
Marco Lima
Dinarte Freitas
Paula Camacho
Sofia Gouveia
Vanessa Sales
Encenação: José António Barros
Desenho de Luz: Célia do Carmo
Cartaz: Filipe Gomes
Produção Executiva: João Pedro Borges
Intervenção Cenográfica: Gonçalo Martins
Musicando - Megafone
Uma pequena entrevista:
E o que Vítor Belanciano e Henrique Mourão escreveram ontem no Público online:
Foi ontem, no hospital da Luz, em Lisboa. João Aguardela, músico do grupo Sitiados nos anos 90 e, actualmente, membro do colectivo A Naifa, faleceu aos 39 anos, de cancro. A cerimónia fúnebre é amanhã, pelas 16h00, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Aguardela fundou os Sitiados em 1987, liderando, cantando e tocando baixo. Foi com esse projecto que começou a dar nas vistas na década de 90. Desde cedo ficou explícito que a sua ideia era combinar música tradicional portuguesa com linguagens como o rock ou a pop, um desígnio de fusão que nunca abandonou, como se constataria mais tarde com A Naifa e Megafone.
O músico Jorge Buco esteve com ele desde o início. “Trabalhei com ele 17 anos, era espontâneo, criativo, sempre insatisfeito. Com ele, ou era para fazermos alguma coisa nova ou mais valia estarmos quietos. Tive a felicidade de ajudá-lo a pôr de pé muitas dessas ideias.”
O amigo, e guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, recorda-se dos primeiros tempos dos Sitiados. “Tiveram uma entrada de rompante e foram uma lufada de ar fresco”, diz, ao mesmo tempo que recorda alguém que “era entregue à causa” da música e que, em palco, era um “frenesim, aquilo a que se chama um 'animal de palco’.”
“Deixa um grande legado para a música portuguesa”, afirma Carlos Moisés, cantor dos Quinta do Bill, da mesma geração que Aguardela, tendo gravado com ele Senhora Maria do Olival, para a antologia Filhos da Nação.
“Teve um percurso singular, experimentando música tradicional portuguesa com outras roupagens. Tinha paixão pelo tradicional, mas vivência urbana”, diz, lembrando que quando começou Aguardela tinha 17 anos. “Era o mais novo de nós. Tinha um lado interventivo, inconformado.”
Em 1992, os Sitiados editaram o álbum homónimo de estreia com o tema "Vida de marinheiro", que conheceu enorme sucesso, conseguindo que o grupo vendesse cerca de 40 mil exemplares. O segundo álbum, "E Agora?", é editado no ano seguinte e em 1994 a banda integra o projecto de tributo a José Afonso, Filhos da Madrugada.
O "Triunfo dos Electrodomésticos", em 1995, Sitiados, em 1996, e "Mata-me Depois", em 1999, foram os álbuns que se seguiram. Em 2000 dão por encerrado o grupo.
Para além dos discos, distinguiam-se pelos concertos foliões e por letras onde não se coibiam de comentar a realidade social portuguesa. Uma das suas canções mais emblemáticas, "A cabana do pai Tomás", apesar do tom de fábula, era sobre o escândalo Taveira.
Um ouvido no tecno, outro no folclore
Em 1996, numa entrevista ao PÚBLICO, Aguardela interrogava-se “porque raio não há em Portugal música de dança de raiz popular?”, numa alusão ao facto de haver quem não aceitasse que combinassem tipologias tecnológicas, como o tecno ou rap, com folclore.
Esse foi sempre o seu propósito. O projecto solitário, Megafone, voltava a denunciá-lo. O álbum homónimo, de 1997, era uma selecção de electrónicas acopladas a recolhas etnográficas – feitas por José Alberto Sardinha e Michel Giacometti – de cantos tradicionais. Era também uma aposta pessoal de Aguardela, que acreditava – antes do assunto se ter banalizado – que era possível lançar discos à revelia das editoras.
Os três álbuns seguintes de Megafone seguiram os mesmos pressupostos, misto de cidade e campo, música popular e urbana, actualização de recolhas de música tradicional portuguesa por via electrónica.
“Às vezes sinto que sou tradicional demais para o meio pop e que sou pop demais para o meio tradicional”, dizia ao PÚBLICO em 1997, a propósito de Megafone.
A sua outra obsessão era a palavra. Em 2002, na companhia de Luís Varatojo, e uma série de vocalistas convidados, criou o projecto Linha da Frente, na tentativa de musicar poetas. Entre essas vozes estava a de Viviane (ex-Entre Aspas) que recorda que “tinha uma forma inovadora de fazer música”, realçando que “deixa um vazio difícil de preencher porque associava, como ninguém, a cultura portuguesa com coisas recentes”.
Como consequência dos Linha da Frente, nasce em 2004 A Naifa, ao lado mais uma vez de Varatojo, com palavras de poetas portugueses para guitarra portuguesa e voz de fado melancólica sobre ritmos electrónicos lânguidos.
Com três álbuns – o último dos quais é "Uma Inocente Inclinação Para o Mal" de 2008 – o projecto impôs-se, apostando na recriação do fado, sacudindo mais uma vez as raízes e as memórias portuguesas.
Porquê essa obsessão? Talvez por isto: “se me perguntasse: 'gostava que Portugal fosse diferente?’ Sim, gostava, não me contento com o que é”, dizia ao PÚBLICO há dois anos.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Obituário - João Aguardela
João Aguardela era "uma força muito positiva no meio musical", disse Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés, à agência Lusa. Zé Pedro recorda-se de João Aguardela dos tempos do Rock Rendez-Vous, ao qual os Sitiados concorreram em finais dos anos 1980, e da participação do grupo na colectânea "XX anos XX bandas", dedicada aos Xutos & Pontapés.
Já a cantora Viviane, amiga de João Aguardela desde a génese dos Entre Aspas, definiu-o como "um músico singular que teve uma profunda paixão pelas raízes da cultura e da música portuguesa e isso reflectia-se na música que fazia".
Carlos Moisés, vocalista da Quinta do Bill, conheceu João Aguardela num concurso do Rock Rendez-Vous e achava que o músico "era um criativo à procura de novos roupagens para as raízes da nossa música tradicional", disse Carlos Moisés, recordando o trabalho de Aguardela no projecto a solo Megafone.
João Aguardela, que faria 40 anos em Fevereiro, morreu no domingo, em Lisboa, vítima de cancro no estômago.
Distinguido em 1994 com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores, João Aguardela liderou os Sitiados, grupo pop-rock que se inspirava na música tradicional portuguesa.
A busca das raízes e da tradição musical portuguesa levou-o também ao projecto Megafone, no qual recorria a recolhas etnográficas de Giacometti e José Alberto Sardinha, adicionando-lhes electrónica.
Liderou ainda o projecto "Linha da Frente", que musicou textos de Ary dos Santos, Manuel Alegre e Alexandre O´Neill, entre outros e desde 2004 integrava A Naifa, juntamente com Mitó e Luís Varatojo, com quem editou em 2008 o álbum "Uma inocente inclinação para o mal".
Lusa (S.S.) / Nuno Morna
Cinema - BAFTA
Destaque ainda para Kate Winslet – que ganhou dois Globos de Ouro por “The Reader” e “Revolutionary Road” –, que volta a ser duplamente nomeada para Melhor Actriz e Melhor Actirz Secundária pelos mesmos filmes. Menos surpreendente é a nomeação do falecido Heath Ledger como Actor Secundário de “O Cavaleiro das Trevas”.
A cerimónia dos BAFTA terá lugar no próximo dia 8 de Fevereiro em Londres.
Cinema - Sundance
Como é habitual no festival, a programação revela mais estreantes ou nomes em afirmação que consagrados. Estes últimos, mesmo assim, este ano aparecem em ainda menor número que o habitual. Um dos nomes feitos em cartaz é Oliver Hirshbiegel (o realizador de “A Queda”), que este ano ali apresenta o novo “Five Minutes Of Heaven”. Alexis dos Santos, revelado há dois anos por “Glue”, propõe “Unmade Beds”.
Entre os estreantes na realização apresenta-se Duncan Jones com “Moon”. A dupla Glenn Ficarra e John Requa mostra “I Love You Philip Morris”, o novo filme de Jim Carrey. O actor Joseph Gordon Levitt (“Mysterious Skin” e “Brick”) mostra, como realizador, a estreia em “Sparks”, uma curta-metragem. Também com carreira no cinema, mas na escrita, Carlos Cuarón, irmão de Alfonso Cuarón (para quem assinou o argumento de “E a Tua Mãe também”) leva ao festival a "longa" “Rudo Y Cursi”.
Na selecção de documentários passam, entre outros, “When You're Strange”, de Tom DiCillo sobre os The Doors, e “It Might Get Loud”, filme de Davis Guggenheim sobre a guitarra eléctrica que ilustra os pontos de vista de Jimmy Page, Jack White e The Edge.
in DN/Lisboa
domingo, 18 de janeiro de 2009
Musicando - Laginha e Sassetti
Ainda há dias tivemos a oportunidade de ver na televisão o espectáculo 3 Pianos que contou também com a presença de Pedro Burmester.
Fica aqui um momento para aguçar o apetite!
sábado, 17 de janeiro de 2009
Musicando - U2
O single, que estreará num dos canais da BBC Radio, é um dos 11 temas do álbum “No Line On The Horizon”, que a banda irlandesa editará a 2 de Março. Os U2 vão tocar ao vivo este tema no dia 18 de Fevereiro, em Londres, na entrega dos Brit Awards.
“No Line On The Horizon” é o 12º álbum de estúdio dos U2, foi produzido por Brian Eno, Daniel Lanois e Steve Lillywhite, e gravado em Fez (Marrocos), Dublin, Nova Iorque e Londres.
A capa, minimalista, mostra uma imagem feita pelo artista e fotógrafo japonês Hiroshi Sugimoto.
Do alinhamento do álbum, que sucede a “How To Dismantle An Atomic Bomb”, fazem parte, entre outros, “Moment Of Surrender”, “I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight”, “Fez - Being Born” e “Cedars of Lebanon”.
Em entrevista à revista Rolling Stone, em Dezembro, os U2 explicaram como surgiram alguns dos temas do novo álbum. O guitarrista The Edge fez referência a Jimmy Page, dos Led Zeppelin, e a Jack White, dos White Stripes, quando falou do tema “Stand Up Comedy”. “Moment of Surrender”, com sete minutos, é apontado como o tema mais ambicioso do álbum, regressando aos tempos sonoros de “Joshua Tree”.
Na oportunidade Bono acrescentou que as músicas do novo disco foram inspiradas pelos acontecimentos no mundo, como a faixa “Cedars of Lebanon”, plena de actualidade que fala sobre um correspondente de guerra no Médio Oriente.
Nuno Morna/Lusa
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Musicando - André Sarbib
O pianista, que também vai cantar, será acompanhado em palco por João Moreira, no trompete e fliscorne; Bernardo Moreira, no contrabaixo; e João Cunha, na bateria.
Os músicos contarão ainda com a participação dos convidados António Serrano, na harmónica; Zoltan Santa e Richard Tomes, no violino; David Lloyd, na viola de arco; Miranda Phythian-Adams, no violoncelo; e Paula Miranda, na harpa.
O último disco de Sarbib é composto por temas originais do próprio e alguns clássicos do jazz de autores como Michel Legrand e Victor Young. «This is It!» assinala a primeira gravação do artista que conta com a sua voz.
André Sarbib já trabalhou com músicos como Joe Lovano, Barry Altschul, Ivan Lins, Carlos Benavente, Ruben d´Antas, Alice Day, Jorge Rossi, Saheb Sarbib, Carlos Carli, Jorge Prado, Chavier Colina, Joachim Chacón, Paulo de Carvalho, Rão Kyao, António Serrano e Leonardo Amuedo, entre outros.
Em 1990 gravou «Silêncio das Águas», estreia a solo com um trabalho de originais. Três anos mais tarde, em 1993, gravou «Coisas da Noite».
Participou no 1º Funchal Jazz, e no 5º Matosinhos em jazz, formando um quarteto com Joe Lovano, Barry Altschul e Saheb Sarbib.
Em Novembro de 2008 actuou no Festival de Jazz de Madrid com Ivan Lins e António Serrano.
Para o pessoal do Porto que vai passando por aqui fica a informação de que o preço dos é de 10 euros. Se puderem não percam e mandem por mim um abraço ao Sarbib.
Nuno Morna/Lusa
Fica aqui um vídeo fantástico do André!
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Enganando - David Cerny
A obra, baptizada «Entropa», é apresentada pelo catálogo oficial como a «Europa vista pelos artistas dos 27 Estados-membros da UE», quando é, na realidade, obra de um só artista plástico, Davic Cerny, que inventou 26 artistas fictícios, com nomes falsos e falsas biografias.
«A hipérbole grotesca e a mistificação fazem parte dos atributos da cultura checa e a criação de falsas identidades representa uma das estratégias da arte contemporânea», declarou o artista num comunicado.
Revelada a fraude, o vice-primeiro-ministro Alexandr Vondra para os Assuntos Europeus declarou-se em estado de choque. «Estou desagradavelmente surpreendido por saber que o criador da obra era, de facto, David Cerny e não 27 artistas em representação dos 27 países membros», disse o responsável, que preside quinta-feira à inauguração oficial da obra de arte. «Vamos considerar que medidas devem ser tomadas», acrescentou, num comunicado divulgado pela presidência da UE.
Provocadora e até chocante, a escultura gigante é formada de um puzzle dos 27 países europeus, com uma França tapada com um cartaz com a palavra «em greve», uma Áustria não atómica coberta de centrais nucleares, uma Alemanha coberta de auto-estradas em forma de cruz gamada ou uma Dinamarca construída com peças de Legos que lembram a caricatura de Maomé que indignou as comunidades muçulmanas em finais de 2005. A obra gerou polémica ao associar cada um dos países membros a estereótipos e clichés.
Assim, a Espanha aparece totalmente coberta de betão, Portugal surge como uma tábua com três bifes, com o desenho de três ex-colónias portuguesas em África, e a Itália é um campo de futebol. A Roménia alberga um castelo de Drácula, próprio de uma feira, e a Grécia é pasto de chamas. A Bélgica aparece convertida numa caixa de bombons e o mapa da Suécia advinha-se sobre uma caixa semelhante às que envolvem os móveis do Ikea.
Na Bulgária, só se vê um inodoro turco e no lugar do Reino Unido aparece um espaço vazio. Na Polónia, uns sacerdotes colocam uma bandeira arco-íris – símbolo do orgulho gay -, enquanto na República Checa um portal electrónico devia mostrar os comentários sobre o mundo e a UE do presidente checo, Vaclav Klaus, conhecido por ser um eurocéptico. O pequeno território do Luxemburgo está pintado com ouro falso, com um cartaz «Vende-se», e a Holanda está debaixo de água e já só sobressaem as torres de cinco mesquitas.
A Bulgária pediu ontem oficialmente que o módulo que representa o seu território seja retirado da obra antes da inauguração. No puzzle suspenso no grande Hall do Conselho Europeu, o país está representado por casas de banho à turca.
A obra, que custou 50 mil euros ao governo checo, devia permanecer no edifício Justus Lipsius até 30 de Junho, como é habitual com as instalações que cada presidência coloca para celebrar o seu mandato. A presidência checa ofereceu um dossier de 29 páginas, com a explicação sobre as obras de cada um dos supostos criadores, assim como informação sobre a sua imaginária trajectória artística.
Lusa
Apoiando - Porta 33
À frente da galeria há quase 20 anos, Maurício Reis não deixa de criticar a falta de verbas e explicou que "cabe aos responsáveis culturais regionais, quer da Câmara Municipal do Funchal e da DRAC, ver se o nosso projecto deve ou não ser apoiado".
O director da galeria não esconde "as dificuldades" que 'assombram' a 'Porta 33'. A Câmara do Funchal "deixou de nos apoiar há muito tempo", exemplificou.
De vez enquando, a autarquia contribuía com uma passagem aérea para deslocações, disse. No entanto, a Câmara, através da empresa 'Funchal 500 anos', no ano passado apoiou apenas meio ano e nos restantes meses, até ao final do ano, "não deu nenhum apoio".
A piorar toda a situação está ainda a lei "absurda" publicada pelo Governo da República que proíbe a concorrência a apoios para projectos culturais de entidades colectivas ou privadas que sejam das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. A falta de apoios e incumprimento de contratos-programa acaba por criar danos colaterais. Um deles é o atraso no pagamento das rendas ao senhorio. O valor é pago anualmente, mas em dívida estão os dois últimos anos.
Não comenta rendas em atraso
Sem nunca negar a existência deste montante a liquidar, o responsável pela galeria "não comenta informações que possam chegar a qualquer órgão de comunicação social baseado no anonimato das pessoas. Eu tenho a liberdade de dizer que não comento esses assuntos internos da 'Porta 33' baseado nesses contextos.".
Maurício Reis explicou, no entanto, que a prioridade para a 'Porta 33' é "manter a actividade cultural". O director da galeria salientou que com base no dinheiro que recebe é necessário fazer opções: "Ou temos as rendas hipoteticamente resolvidas mas não temos programação cultural" mas, tal situação pode ser "uma armadilha" porque "se tivesse dedicado a atenção às rendas, a Porta 33 era acusada de não fazer nada".
A DRAC confirma o valor em dívida. João Henrique Silva adiantou que a DRAC já processou o montante e garantiu que "nos próximos dias o valor vai ser pago". Agora, o pagamento estará dependente do aval da Secretaria do Plano e Finanças.
O vereador da Câmara do Funchal do pelouro da Economia e Finanças não quis comentar o teor das afirmações do galerista. Pedro Calado limitou-se a esclarecer que quer a antiga vereação como a actual sempre apoiaram a 'Porta 33'. O vereador salientou também que o apoio é para continuar "desde que as entidades apresentem projectos viáveis".
Jardim manda recado a governantes
Não é a primeira vez que por força das dificuldades na concepção de apoio, a galeria 'Porta 33' vê-se obrigada a pedir a intervenção do presidente do Governo Regional para tentar solucionar o problema. A última solicitação aconteceu em Dezembro.
No dia 15, quatro dias depois de os responsáveis terem dado conhecimento da situação a Alberto João Jardim, receberam a cópia de uma carta.
O presidente do Executivo madeirense "chama a atenção do secretário Regional da Educação e Cultura e do secretário do Plano e Finanças para a importância da continuidade da Porta 33", pode ler-se na cópia da carta que o DIÁRIO teve acesso.
Filipe Gonçalves
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Lendo – Fernando Pessoa
Afirmando expor «factos que podem ser documentados», Manuela Nogueira e Miguel Rosa defendem que foi «a ânsia de notoriedade» destes investigadores que os fez «dar a jornalistas notícias constantes do que faziam e veicularem a ideia de que, afinal, a família do poeta sonegara bastante material no passado».
«Sem conhecimento dos dois contratos firmados entre a família, o Estado e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), propalaram, com má-fé, uma história difamatória», sustentam.
E apresentam, em seguida, um resumo dos factos: «em finais de 1978, os herdeiros de Fernando Pessoa (...) venderam ao Estado o conteúdo da arca onde Fernando Pessoa deixara, em grandes envelopes, a obra que arrumara».
Nesse espólio se incluíam «os originais da obra de Fernando Pessoa e dos seus heterónimos», vendidos ao Estado «por um preço exíguo (esses originais têm hoje um valor incalculável)» e depositados na Biblioteca Nacional.
«Do espólio saiu praticamente a totalidade da obra do poeta - alvo de traduções em 35 idiomas - e inúmeros trabalhos de estudiosos, tudo para benefício do público, de autores, editores e livreiros» , sublinham.
Por sua vez, a CML (à qual pertence a Casa Fernando Pessoa, CFP) comprou à família, em finais de 1988, «dois lotes de livros que o poeta deixara em duas estantes».
«No contrato, que a família conserva, diz: uma estante com 327 livros encadernados e outra com 777 livros. Não existe no contrato a palavra Biblioteca, nem qualquer referência a revistas», referem.
«A família vendeu o que foi objecto de um contrato e não tudo o que, na altura, a irmã do poeta (Henriqueta Madalena, mãe de Manuela Nogueira e Miguel Rosa) pudesse possuir relativo ao irmão», frisam, para se defender da acusação dos investigadores, a quem chamam «os abusadores da confiança da família», de terem conservado património que já não deviam possuir. Quanto à capa rasgada de um livro pertencente à CFP com palavras escritas pelo poeta, que acusaram a família de levar a leilão e que originou uma providência cautelar para impedir que o leilão se realizasse, Manuela Nogueira e Miguel Rosa afirmam que «teria bastado um contacto telefónico feito pela Câmara ou Directora da Casa Fernando Pessoa (a escritora Inês Pedrosa), que estava bem informada do assunto, para que a dita capa fosse imediatamente retirada».
«Quiseram fazer chicana, sabotar o leilão e colocar mal a família», declaram, argumentando que embora a providência cautelar não tivesse sido validada pelo tribunal e o leilão tenha continuado, «prejudicou fortemente a família e a leiloeira».
«O que provavelmente aconteceu, na altura da embalagem dos livros em casa da irmã do poeta, foi que, talvez por negligência ou ignorância, os embaladores deixassem a capa rasgada. A irmã do poeta, com o cuidado que sempre teve com o espólio, guardou essa peça meia destruída junto a outros documentos do irmão», explicam.
«Mais tarde - acrescentam - quando recebemos esse espólio residual, a 'capinha' foi a leilão sem podermos saber que pertencia a um livro vendido à Câmara há 20 anos!!! Assim, foi a família acusada de estar a vender documentos por uma segunda vez» .
No texto, os sobrinhos de Pessoa afirmam que «parece que a Câmara perdeu os contratos e actuou baseada apenas na informação veiculada pelos 'estudiosos' e confirmada pela directora da Casa Fernando Pessoa».
E terminam, dizendo, em maiúsculas, que «não se deve admitir o uso de calúnias por falta de informação».
Premiando - Cristiano Ronaldo
Lendo - A Verdade Madeirense e a Grande Guerra
A obra 'A Verdade Madeirense e a Grande Guerra', da autoria de Graça Fernandes, já se encontra disponível ao público na livraria Almedina, na Rua 31 de Janeiro, nº67, 1º. O livro, que divulga e enquadra uma época invulgar e deslumbrante da História Universal, "permite desvendar um mundo que ameaça ruir a cada momento, em consequência das sangrentas batalhas travadas ao longo do conflito e simultaneamente um tempo de esperança e de expectativa para a Humanidade", diz a autora. "Centralizando a acção na Madeira e na cidade do Funchal, patenteia toda a problemática inerente a um período calamitoso da história daquele arquipélago. Em contraponto, revela um alargado mural sobre a cultura da época em que a produção dos mais célebres artistas, desde os pintores, músicos e cantores aos escritores, poetas, dramaturgos e cineastas deixou marcas permanentes até aos nossos dias", completa.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Cinema - Globos de Ouro 2009 (II)
O artista foi destaque pelo seu papel de Joker em «Batman - O Cavaleiro das Trevas», o seu último trabalho antes de ser encontrado morto no seu apartamento, em Manhattan, devido a uma overdose acidental de medicamentos.
Já aqui tínhamos referido a hipótese de Ledger vir a receber muitos prémios a título póstumo por via da sua excelente interpretação em «O Cavaleiro das Trevas».
Se o filme «Slumdog Millionaire» conquistou quatro Globos de Ouro, Kate Winslet afirmou-se como a grande vencedora, conseguindo duas estatuetas. «Lamento muito», disse Kate Winslet aos seus concorrentes, ao receber o prémio para Melhor Actriz Dramática em «Revolutionary Road». «Será que isto está mesmo a acontecer?», questionou.
Pouco antes, Kate Winslet tinha ganho o Globo de Ouro como Melhor Actriz Secundária em «The Reader», no qual desempenha o papel de uma antiga guarda de campo de concentração nazi.
«Slumdog Millionaire« recebeu os Globos de Ouro para Melhor Filem Drama, Melhor Realizador, Danny Boyle, bem como Melhor Guião e Melhor Banda Sonora.
Cinema - Globos de Ouro 2009
CINEMA:
- Filme, drama: «Slumdog Millionaire»
- Filme, musical ou comédia: «Vicky Christina Barcelona»
- Actor, drama: Mickey Rourke, «The Wrestler»
- Actriz, drama: Kate Winslet, «Revolutionary Road»
- Realizador: Danny Boyle, «Slumdog Millionaire»
- Actor de musical ou comédia: Colin Farrell, «In Bruges»
- Actriz de musical ou comédia: Sally Hawkins, «Happy-Go-Lucky»
- Actor secundário: Heath Ledger, «Batman - O Cavaleiro das Trevas»
- Actriz secundária: Kate Winslet, «The Reader»
- Filme em língua estrangeira: «Valsa Com Bashir»
- Filme de animação: «Wall-E»
- Guião: Simon Beaufoy, «Slumdog Millionaire»
- Banda Sonora original: A.R. Rahman, «Slumdog Millionaire»
- Canção original: «The Wrestler» (interpretada por Bruce Springsteen, escrita por Bruce Springsteen), «The Wrestler»
TELEVISÃO:
- Série dramática: «Mad Men»
- Actor dramático: Gabriel Byrne, «In Treatment»
- Actriz dramática: Anna Paquin, «True Blood»
- Série musical ou comédia: «30 Rock»
- Actor de musical ou comédia: Alec Baldwin, «30 Rock»
- Actriz de musical ou comédia: Tina Fey, «30 Rock»
- Mini-série ou filme: «John Adams»
- Actriz de mini-série ou filme: Laura Linney, «John Adams»
- Actor de mini-série ou filme: Paul Giammatti, «John Adams»
-Actriz secundária de série, mini-série ou filme: Laura Dern, «Recount»
- Actor secundário de série, mini-série ou filme: Tom Wilkinson, «John Adams»
Prémio Cecil B. DeMille: Steven Spielberg.
Fotografando - Prémio Fotojornalismo DN/Madeira
Caricaturando - Bush
domingo, 11 de janeiro de 2009
Falando - Madeirense
Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilhão quando ouviu uma zoada. Era a água de giro. O buzico do levadeiro que vinha mercar palhetes à venda, vinha às carreiras e às parafitas com bizalho. Dá-lhe uma cangueira, trompicou no matulhão do vilhão. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a pucra. O vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para lhe dar uma relampada, patinha uma poia. Ficou todo sovento. O vendeiro dá-lhe uma rezonda por ele querer malhar num bizalho dum pequeno. Vem o levadeiro, e, ao ver o vassola, que anda à gosma e a encher o pampulho à custa dos outros, a ferrar com o filho, fica variado do miolo e diz-lhe umas. O vilão atazanado, atremou mal e pensou que ele lhe tinha chamado de chibarro, ficou alcançado, deu-lhe uma rabanada e foi embora todo esfrancelhado.
O levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a levada. O piquene chegou a casa todo sentido, com um mamulhão. A mãe que é uma rabugenta mas abica-se por ele, ao vê-lo todo ementado, deu-lhe um chá que era uma água mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como ele não arribava, antes continuava olheirento, entujado e da chorrica foi curar do bicho virado e do olhado. O busico arribou e até já anda a saltar poios de bananeiras na Fajã.
Recebido por email e de origem desconhecida