sábado, 28 de fevereiro de 2009

Musicando - Promorock

Hoje no Rocks (Caniço) concerto a não perder!!!!!!

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Censurando - Pornocracia

Venham lá os grunhos da PSP censurar isto:


Musicando - 4ª Feira Fantástica

O passado dia 18 foi fantástico. Dois concertos dignos de serem vistos: os Punk d'Amour no Warm Up e depois Kung Foo Funk no Kool Klub.


Aqui ficam duas fotos de Miguel Apolinário.






Punk d'Amour no Warm Up

Kung Foo Funk no Kool Klub

Musicando - Paulo de Carvalho nas Mudas

O meu bom amigo Paulo de Carvalho vai estar este fim de semana na Casa das Mudas em concertos a não perder. Ah, e hoje vai partilhar comigo o Lado a Lado na RTP/Madeira onde irá cozinhar "qualquer coisinha"!




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Voltei

Voltei e comigo o mau tempo... Fantástica a estada em Lisboa... Nitin Sawhney, Irmãos Catita e uma noite louca no Maxime... Sporting vs Benfica... alguns negócios...
Serei mais acertivo nos próximos dias...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Obituário - Lagoa Henriques

O escultor Lagoa Henriques faleceu sábado à noite, em Lisboa, aos 85 anos, de doença prolongada, informou este domingo fonte da sua família.
Mestre e motivador de sucessivas gerações de criadores artísticos, autor de desenhos e esculturas notáveis, poeta, conferencista e coleccionador de peças tão diversas como pinturas, conchas, livros, troncos de árvores e outros acervos, segundo o seu site, Lagoa Henriques «deixa um vazio» no círculo em que se movimentava.
Iniciou os seus estudos artísticos no Curso Especial de Escultura da Escola de Belas-Artes de Lisboa, em 1945, e, em Julho de 1948, passou para a Escola de Belas-Artes do Porto, onde posteriormente foi professor. Concluiu o Curso Superior de Escultura em 1954, na Escola de Belas-Artes do Porto, com a apresentação de um trabalho de pleno relevo, classificado com a nota máxima de 20 valores, a escala utilizada à época.
O féretro de Lagoa Henriques, autor da escultura representativa do poeta Fernando Pessoa que se encontra na esplanada do Café Brasileira, no Chiado, em Lisboa, estará, a partir de hoje, em câmara ardente no seu atelier em Belém, também na capital portuguesa, a partir das 18:00 e até às 23:00 horas, com funeral marcado para segunda-feira, dia 23 de Fevereiro, no Cemitério da Ajuda, às 10:30.

Lusa

Premiando - Dançando com a Diferença

Escreve Paula Henriques no DN/Madeira de hoje:

Há precisamente um ano, a jornalista Sara Antunes de Oliveira e a repórter de imagem Cristina Almeida andavam a explorar o universo do grupo madeirense de dança inclusiva Dançando com a Diferença. Foram essas imagens e entrevistas gravadas na Região ao longo de três dias que deram à dupla o material para a reportagem homónima que venceu o primeiro lugar na edição de estreia do Prémio Dignitas, atribuído ontem, em Lisboa.
O reconhecimento público da Associação Portuguesa de Deficientes destina-se a "premiar os melhores trabalhos, publicados ou difundidos nos media portugueses, por profissionais da comunicação social, cujo tema seja a deficiência e que promova a dignidade das pessoas com deficiência, os seus direitos humanos e a inclusão social". Na edição de estreia, a reportagem sobre o grupo dirigido por Henrique Amoedo e residente no Centro das Artes foi a grande vencedora. Os segundo e terceiro lugares foram atribuídos a 'Uma Vida Normal', da jornalista Sofia Arêde, e 'Mãe Coragem', de Carlos Rico (também da SIC).
"Uma companhia de dança madeirense está a dar passos importantes contra o preconceito. O Grupo Dançando com a Diferença junta bailarinos com e sem deficiência para mostrar que a arte não faz distinções. Nos palcos que pisam, constroem uma realidade que muitos acreditam não poder existir. Ali, dançam como iguais e são todos apenas bailarinos (...) num trabalho a que é impossível ficar indiferente", diz Sara Antunes de Oliveira no texto de apresentação.
Ontem, durante a entrega do prémio, a jornalista disse à agência Lusa que a reportagem "pretende ser uma resposta à pergunta 'Quem disse que estas pessoas não são capazes?'. E quem disse que estas pessoas não são capazes está a mentir. Acho que eles respondem muito bem a essa pergunta. São magníficos bailarinos e pessoas com histórias de vida muito inspiradoras".
Entre 20 e 23 de Fevereiro de 2008, a equipa seguiu de perto a rotina de Ricardo Mendes, Elsa Freitas e José Manuel Figueira, três dos elementos da companhia, e gravou um espectáculo com duas das coreografias do reportório ('1 Apaixonado', de Henrique Rodovalho, e 'Tempus Incertus', de Elisabete Monteiro). O resultado foi a reportagem especial já apresentada na SIC em duas ocasiões: a 19 de Maio de 2008 e no dia de Natal e que pode ser vista ou revista em www.aaaidd.com.
"Vem mais uma vez mostrar o reconhecimento nacional pelo trabalho desenvolvido por esta associação através do Grupo Dançando com a Diferença", reagiu Cecília Berta, presidente da Associação dos Amigos da Arte Inclusiva - Dançando com a Diferença (AAAIDD) ao prémio.
De referir que vários órgãos de comunicação social nacionais têm mostrado interesse no trabalho desenvolvido pelos madeirenses e vários coreógrafos têm aceite o desafio de criar para este grupo, unido em bailarinos com e sem deficiência.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Exposição - Trindade Vieira

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Viajando

Amanhã Lisboa. Sporting vs Benfica. West Side Story. Nitin Sawhney. Fujo a sete pés deste carnaval!!!!!

ps: estarei menos assíduo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Teatrando - CSI Funchal

Escreve Paula Henriques no DN/Madeira de hoje:

A morte de um anão dá o mote a 'CSI Funchal', o novo episódio da carreira hilariante da Com.Tema e o primeiro de uma nova série que promete ter tanto ou mais sucesso do que a série norte-americana onde foi beber inspiração.
O trabalho estreia a 8 de Maio no Centro das Artes, na Calheta, e, pelo que foi já dado a conhecer, promete não deixar o público indiferente, nesta nova incursão pelo mundo do humor e da parvoíce, ferramentas 'preciosas' a que o grupo de teatro habituou os madeirenses.
"No foyer do teatro, um anão de Jardim está morto. O público começa a entrar na sala. A área já está delimitada com aquelas fitas estilo 'Police Line, do not cross', na versão portuguesa: 'Police Line Moto Cross'. Há marcas de giz no chão, há um pacote de cereais junto ao cadáver… o que prova que estamos perante um Cereal Killer", apresenta Nuno Morna o 'CSI Funchal' ao DIÁRIO.
Segundo o actor, o espectáculo inicia-se com "a projecção da cena inicial do filme… passada no Crime Scene. Identifica-se o morto… É o Anão Soneca. A partir daí, Horacie Cana termina a cena com o seu habitual estilo… "Parece que o Soneca… já não vai acordar"". Depois disto, conta ainda o mentor deste projecto, "arranca a música do genérico… e uma incomparável orgia de idiotice como a Com.Tema jamais produziu".
Segundo Nuno Morna, 'CSI Funchal' é "a primeira Pecilme feita em Portugal e, se calhar, no mundo, visto estarmos em presença de um evento que é metade filme e metade peça de teatro. Um novo conceito e a parvoíce do costume!", admitiu.
Este policial à medida da companhia de teatro volta a juntar velhos amigos em palco e outras novas colaborações. Horácie Cana é interpretado por Nuno Morna; Gil Grisame por Pedro Ribeiro; Guarda Abel e Inspector Max por Paulo Lopes, a Dr.ª Paula Porta-Chaves, por Mara Abreu e Dr. Gregório Casotas por Tiago Goes Ferreira. Nesta comédia participam ainda como Neo Black, Pedro Afonseca; como Laura Lourinhã, Nancy e como Puto, Diogo Sousa. Os Anões de Jardim, revelou, serão representados por 'themselves' e o Público, pelo público. Quanto ao Cereal Killer, deixam apenas a informação de que "O Futuro a Deus Pertence".
Além da novidade da temática, esta é também a primeira vez que a Com.Tema estreia um trabalho fora do Funchal. A escolha pelo Centro das Artes prende-se com um novo passo no seu 'modus operandi', devendo ficar neste espaço cultural durante quatro dias, "à imagem dos espectáculos da Broadway que estreiam sempre fora de Nova Iorque por um curto período", justificou Nuno Morna, antes de deixar já o aviso: "Este espectáculo pode impressionar pessoas com alta sensibilidade à estupidez. Prometemos, como de costume, muito sangue, suor e lágrimas… ah, e claro, muito, mas mesmo muito sexo!".

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Efeméride

Parabéns para mim!

Escrevendo - Acordo Ortográfico

O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, afirmou hoje que o novo acordo ortográfico deverá entrar em vigor no primeiro semestre de 2009, mas tudo depende de negociações com os outros países da CPLP.
"Estamos em conversações com os outros países da CPLP [como Cabo Verde e São Tomé e Príncipe] para ver se encontramos uma data para o adaptar nos documentos oficiais, nas imprensas nacionais e que os diários oficiais [Diário da República] dos vários países passem a adoptar a ortografia do novo acordo ortográfico", disse Pinto Ribeiro.
O ministro falava em Lisboa no final do lançamento do FLIP 7, uma ferramenta informática criada pela empresa Priberam que permite uma conversão automática do português de Portugal e do Brasil de acordo com as novas normas ortográficas dos dois países. Esta ferramenta está já a ser testada na Imprensa Nacional Casa da Moeda, entidade responsável pela edição do Diário da República (DR).
Assim que o acordo ortográfico entrar em vigor em Portugal, todos os documentos oficiais terão de obedecer às novas regras da escrita em língua portuguesa. Com a ferramenta informática FLIP 7, quem escrever em português terá a opção de converter automaticamente o texto segundo o novo acordo ortográfico, sejam as normas do Brasil sejam as de Portugal.

Conversão automática

Através do FLIP 7, um software para o Microsoft Windows que inclui ainda dicionários, auxiliar de tradução e corrector, um texto em língua portuguesa com cerca de duzentas páginas poderá ser convertido em menos de um minuto nas regras do novo acordo ortográfico.
Pinto Ribeiro sublinhou que, depois da entrada em vigor do novo acordo ortográfico, será mais fácil fazer novas edições de um livro, incluindo manuais escolares. "Sempre que, depois da entrada em vigor, se fizer um novo manual escolar, ele será adaptado ao novo acordo ortográfico. E as pessoas vão-se habituando assim", disse.
A Priberam, que colocou o FLIP 7 à venda em Portugal e no Brasil, ofereceu ainda esta ferramenta informática às empresas homónimas da Imprensa Nacional-Casa da Moeda dos países da CPLP para que possam já testar as novas regras do acordo ortográfico. Sem adiantar números sobre vendas de cópias do FLIP, o administrador da Priberam, Carlos Amaral, referiu que em 2008 um milhão de pessoas utilizou o corrector informático na Internet.

Lusa

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Lendo - António Lobo Antunes

Agora que se aproxima dos 30 anos de vida literária, António Lobo Antunes confessou que vai escrever apenas mais um livro para arredondar a sua obra. Depois deste último não sabe se vai voltar a escrever, mas para ele, só sabe que não escreverá mais nada para publicar: «acabam os romances, as crónicas, a minha voz não se ouvirá mais».
Em entrevista ao Diário de Notícias, António Lobo Antunes confessou, agora que faz 30 anos de vida literária: «Mais dois anos e calo-me. Calo-me de vez, já chega. Só queria deixas a obra redonda».
O escritor não sabe se vai escrever mais, ou não, só sabe que não vai publicar mais nenhum livro. «Vou publicar este livro que acabei agora e escrever um último livro – Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar - para arredondar a obra. Quando sair esse livro, que eu penso que me levará dois anos de trabalho, acabam os romances, acabam as crónicas, acaba tudo e não publico mais nada. A minha voz falada ou escrita já não se ouvirá mais», confessou Lobo Antunes durante a entrevista.
O arredondamento da obra é de facto a explicação para não prosseguir com a publicação de mais obras. «Não faz sentido continuar», disse. Lobo Antunes diz que gostava de voltar a ser como era na adolescência, quando «escrevia, corrigia e depois destrui-a. Depois fazia outro, corrigia e destrui-a». Depois destes dois anos, quando já terá terminado o livro que completa a sua obra, o escritor pretende continuar a viver em Portugal.
Quanto ao livro que aí vem confessou, durante a entrevista ao DN, que é um livro «para dar um trabalhão à crítica», e quanto ao que ainda está por escrever, é esperar. Não garante que o vá escrever para publicar mas «fica a promessa de que sim» e «aguarde-se mais uns dias».

Cinema - Fantas

O Fantasporto 2009 - XXIX Festival Internacional de Cinema do Porto começa hoje, no Rivoli no Porto, com retrospectivas, mas a abertura oficial decorrerá apenas a 20 de Fevereiro, com a projecção de Che - The Argentine, de Steven Soderbergh.
A directora do festival, Beatriz Pacheco Pereira, referiu que o Fantas'2009 garantiu que, «em termos da qualidade dos filmes, a crise não passa por aqui», já que, como é habitual, há vários candidatos aos Óscares no programa.
Contudo, o director do Fantasporto afirmou quinta-feira, no Porto, não estar «em condições» de assegurar a realização de 2010 do Festival [que faz 30 anos nesse ano], devido à retracção dos apoios privados e públicos ao evento, provocada pela actual crise.
«Por um lado, tal como no ano passado, o apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) diminuiu de 150 para 120 mil euros, enquanto o Instituto Português de Turismo (IPT), cujo apoio nos serve para pagar a deslocação de personalidades estrangeiras, realizadores e actores, ainda não deu qualquer resposta ao nosso pedido», disse Mário Dorminsky. Acrescentou que, «por outro lado há vários patrocinadores privados que ou reduziram ou cortaram os seus patrocínios».
Mário Dorminsky, referiu que o atraso na confirmação do apoio do Instituto de Turismo já teve uma consequência: o actor Peter Fonda, que já confirmara a sua presença na comemoração dos 40 anos do filme Easy Rider, já não vem porque, perante a falta de resposta daquele Instituto, a organização não sabia se teria dinheiro para pagar «a viagem para três pessoas, em primeira classe, de Los Angeles e a estadia de uma semana, como ele pediu».
Mário Dorminsky falava na conferência de apresentação do Fantasporto 2009 - XXIX Festival Internacional de Cinema do Porto. Com Benicio Del Toro, que arrebatou o prémio de melhor Actor no Festival de Cannes, Che - The Argentine, o filme de abertura, está centrado na vida aventurosa e romanesca do revolucionário Che Guevara, recriando com rigor os primeiros anos do guerrilheiro.
Che - The Argentine, que será exibido a 20 de Fevereiro, às 20:30, é o mais recente trabalho do credenciado Steven Soderbergh. A fechar o XXIX Fantas está Adam Resurrected, com Jeff Goldblum e Willem Dafoe, o último filme de Paul Schrader - descrito como «um desconcertante exercício de memória dos traumas do século XX e do universo conturbado da mente humana».
Paul Schrader, que foi o argumentista de Taxi Driver e Touro Enraivecido e realizador de obras fundamentais como American Gigolo ou A Felina/Cat People, é um dos convidados do festival. O filme de Paul Schrader será exibido após a cerimónia de encerramento e entrega de prémios, a 28 de Fevereiro.
Esta edição do Fantasporto decorre nas duas salas do Rivoli - Teatro Municipal, entre 16 de Fevereiro e 1 de Março. No entanto, uma dezena de salas da Zon Lusomundo, de todo o País, juntou-se à festa, exibindo diversos filmes da competição oficial.
O cinema estende-se ainda à Praça D. João I, fronteira ao Rivoli, onde será instalado o Espaço Cidade do Cinema «com uma programação autónoma e original, sob a designação de 'Porto em Curtas', onde serão mostradas cerca de 400 curtas-metragens provenientes de todo o mundo».
Este ano, o Fantas apresenta de novo uma programação de grande qualidade com filmes que fizeram história nos mais recentes festivais de cinema internacionais, bem como um grande conjunto de obras de novos realizadores que representam os cinco cantos do mundo.
A secção oficial de Cinema Fantástico, que conta com 16 filmes, inclui obras marcantes como Eden Lake, do britânico James Watkins. Com a estrela em ascensão Kelly Reilly, como protagonista, este filme foi qualificado como uma «aterrorizadora história» de bullying, tendo provocado polémica na Grã-Bretanha pela violência em crescendo e uma total ausência de valores morais.
Ainda nesta secção, voltam nomes conhecidos, como Veit Helmer, o realizador de Tuvalu, que traz Absurdistan, qualificado como «uma deliciosa comédia de costumes, rodada no Cazaquistão, e inspirada num caso real, em que mulheres muçulmanas decidem fazer uma greve de sexo, enquanto os homens não resolverem o problema da falta de água na aldeia».
A Secção Oficial da Semana dos Realizadores, com 12 filmes, é, de acordo com Mário Dorminsky, marcada «pela diversidade temática e geográfica das propostas apresentadas, a par de uma criteriosa escolha do melhor cinema que se faz na actualidade», cujo vencedor recebe o Galardão Manoel de Oliveira.
«Estão nesta secção filmes de países tão diferentes como Hungria, Holanda, Rússia, Estados Unidos da América ou Irlanda que são a prova da vitalidade num ano muito marcado pela exibição de cinema europeu», afirmou Beatriz Pacheco Pereira. Nesta secção estão obras de directores como Darren Aronofsky, que encerrou o último Fantasporto com Fonte da Vida, que apresenta desta vez em competição, The Wrestler o seu mais recente filme, que marca o regresso de Mickey Rourke, que ganhou o Leão de Ouro em Veneza e é já considerado como um fortíssimo candidato aos Óscares de 2009.
Do novo cinema inglês, estará no Rivoli The Escapist um filme de acção sobre os planos de uma evasão prisional rodado em túneis, esgotos e rios subterrâneos de Londres, com nomes conhecidos como Brian Cox (L.I.E., premiado no Fantasporto), Joseph Fiennes (A Paixão de Shakespeare) e do cantor/actor Seu Jorge (Cidade de Deus, Um Peixe Fora de Água).
The Escapist conta-nos a história de cinco prisioneiros, uma prisão de alta segurança e um plano de fuga, uma receita infalível para o sucesso. O mundo do cinema, os negócios e vigarices que em torno dele se fazem são a base da narrativa de The Deal, com Meg Ryan e William H. Macy, uma comédia que ilustra a vida de uma atribulada produção.
Na Secção Oficial da Semana dos Realizadores destaca-se a estreia de Palermo Shooting, o mais recente filme de Wim Wenders, outro dos convidados do Fantas, com a história de um fotógrafo como pano de fundo e a habitual banda sonora de grande qualidade dos seus filmes, em que entram nomes bem conhecidos, como Nick Cave and The Bad Seeds, Lou Reed e Portishead, entre outros.

Lusa/SOL

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Premiando - Urso de Ouro

O júri internacional do Festival de Berlim, liderado pela actriz Tilda Swinton, atribuiu o Urso de Ouro da 59ª edição do certame, "por unanimidade", ao segundo filme da peruana Claudia Llosa, "La Teta Asustada"
Mas foi a primeira obra de Adrián Biniez, "Gigante", uma produção uruguaia sobre a improvável paixão de um segurança corpulento e lacónico pela mulher de limpeza a quem nunca dirigiu a palavra, que saiu vencedora absoluta da Berlinale, com três galardões: Grande Prémio do Júri (ex-aequo), Prémio Alfred Bauer, atribuído a "filmes que abrem novas perspectivas artísticas" (também ex-aequo) e o prémio de melhor primeira obra (escolhido por um júri separado). "Gigante" está já comprado para Portugal pela Midas.
"Alle Anderen"/ "Everyone Else", segunda obra da alemã Maren Ade, um claustrofóbico "jeu de massacre" sobre um casal jovem cujas férias trazem ao de cima as tensões da sua relação, foi o outro Grande Prémio do Júri ex-aequo. Valeu ainda o Urso de Prata de melhor actriz a Birgit Minichmayr.
"Sweet Rush", de Andrzej Wajda, foi o outro galardoado ex-aequo com o prémio Alfred Bauer
O prémio de melhor actor foi atribuído ao maliano Sotigui Kouyaté por "London River" - a história de uma mãe, inglesa, e de um pai, maliniano (Kouyate), que, depois dos atentados de 7 de Julho de 2005 em Londres, procuram os filhos dos quais não têm notícias. O de melhor actriz a Birgit Minichmayr, por "Alle Aderen".
"The Messenger", de Oren Moverman, o melhor filme exibido este ano a concurso (comprado para Portugal pela Lusomundo), teve de se contentar com o prémio de melhor argumento, enquanto o Urso para o melhor realizador foi entregue, inesperadamente, ao iraniano Asghar Farhadi por "About Elly."
Contribuição artística excepcional para o trabalho de som: "Katalin Varga", de Peter Strickland.

Público


Culturando - Centros Culturais Portugal-Espanha

Os governos de Portugal e de Espanha e as autarquias de Madrid e Lisboa já estão a negociar para a possível implementação, entre 2009 e 2010, de centros ou espaços culturais recíprocos nas duas cidades, disse à Lusa o ministro da Cultura.
José António Pinto Ribeiro, de visita a Madrid, explicou que responsáveis dos dois países já começaram a analisar edifícios, nas duas cidades, que podem servir para instalar um centro da cultura espanhola em Lisboa e um centro português em Madrid.
O projecto poderá acabar por se concretizar, em 2010, aproveitando a celebração dos 25 anos de cimeiras ibéricas e de adesão dos dois países à União Europeia. Da parte do governo espanhol, o objectivo tem sido o de ampliar as instalações do Instituto Cervantes em Lisboa, num momento em que a entidade portuguesa quer expandir a projecção da língua e cultura espanholas em Portugal.
No sentido inverso, responsáveis portugueses debatem, há muito, a criação de uma presença cultural portuguesa permanente na capital espanhola que poderá ou não funcionar ligada ao Instituto Camões.
Uma das opções que se tem debatido nos últimos meses centra-se na instalação de uma estrutura parecida a uma Casa de Portugal, de várias valências, e onde poderiam vir a ser instaladas algumas instituições portuguesas.
O ministro da Cultura recordou que Portugal e Espanha continuam a aproximar-se cada vez mais, com um relacionamento que se alterou profundamente, tanto a nível bilateral como na sequência da adesão europeia.
Actualmente e a par dos eixos da Europa e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Espanha é o terceiro «eixo natural» do relacionamento externo português.
Neste capítulo, acções culturais continuam a assumir um papel de destaque.

Lusa

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Jantando - Momentos Gourmet

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Cinema - Waltz With Bashir

Ultimamente temos assistido a um “turning page” no cinema de animação. O puro entretenimento tem vindo a dar lugar a filmes de grande densidade entrando por novos e inexplorados terrenos deste tipo de estética. Claro que me refiro a “Persépolis” e a “Waltz With Bashir” que acabo de ver.
Filme intensamente autobiográfico, “Waltz With Bashir” chega-nos pela mão do compositor, argumentista e realizador Ari Folman. Animação de cortar a respiração conta-nos a experiência de Folman durante a sua passagem obrigatória pelo exército israelita durante a invasão do Líbano em 1982, altura em que ocorrerem os massacres de Sabra e Shatila perpetrados por aliados libaneses de Israel.
Durante muito tempo Folman recusou-se a admitir a barbárie e este filme resulta como uma catarse que vem a proporcionar essa admissibilidade.
A culpa e a sobrevivência. São estes os motes. Será que há alguma maneira de conciliar estas duas realidades? A questão a partir de certa altura torna-se eminentemente filosófica. E no final fica sempre o trauma. Trauma que acompanha o dia-a-dia de Ari Folman.
“Waltz With Bashir” é um acto de coragem de quem quer sossegar uma consciência irrequieta. Um filme a não perder!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Musicando - Cesária Évora

A cantora cabo-verdiana Cesária Évora recebeu, hoje, em Paris, das mãos da ministra francesa da Cultura, Christine Albanel, as insígnias de Cavaleiro da Legião de Honra.
"Esta condecoração representa a minha carreira e a aceitação", comentou Cesária Évora. "Estou muito contente por saber que o Jacques Chirac (ex-Presidente da República Francesa) pensou em mim e me deu esta Legião de Honra", disse a cantora.
O papel desenvolvido pela artista cabo-verdiana no panorama cultural e, em particular, na área musical a nível mundial está na origem da condecoração com que Cesária Évora foi distinguida, em 2007, pelo então Presidente da República, e que hoje lhe foi entregue pela ministra Christine Albanel.
Cesária Évora "fez entrar os ritmos cabo-verdianos no património musical mundial", disse a ministra.
Segundo ela, apesar do sucesso e das inúmeras distinções, Cesária Évora "continuou a ser essa cantora de presença descontraída, que o público, maravilhado, descobriu em Lisboa e depois em Paris."
Este momento "para mim representa muito mas acho que representa ainda mais para Cabo Verde, para a nação cabo-verdiana" declarou, à agência Lusa, José Armando Duarte, embaixador de Cabo-Verde em Paris.
"É mais um reconhecimento da grande importância que Cesária Évora tem tido, enquanto embaixadora da cultura e da nação cabo-verdiana no Mundo. É um gesto que honra todos os cabo-verdianos" acrescentou o diplomata.
"Cesária Évora e Cabo Verde" é o titulo do primeiro volume de uma colecção consagrada ao turismo e às músicas do mundo.
Falando do trabalho discográfico recentemente lançado "Rádio Mindelo", onde estão reunidas algumas das suas primeiras gravações, feitas entre 1959 e 1961, a cantora considerou que, com esse disco, "é um circulo que está fechado".
Mas referindo-se ao novo disco que saído já este ano (Rádio Mindelo), onde, "em princípio, há mais morna e coladeira", Cesária Évora acrescentou: "Há um outro círculo que se abre".

Lusa / Nuno Morna

Cinema - IndieLisboa em Bratislava

Bratislava vai receber a primeira extensão internacional do IndieLisboa em 2009. De 11 a 14 de Março decorre na capital eslovaca a 2ª edição do Festival Internacional de Cinema de Estudantes Early Melons, o qual reserva um espaço especial na sua programação para a exibição de curtas portuguesas criadas no âmbito de cursos de cinema em Portugal e que foram seleccionadas pelo IndieLisboa especificamente para este programa.
Segundo a organização do IndieLisboa, “as extensões do IndieLisboa ajudam a promover o cinema português além fronteiras. Há cada vez mais cidades interessadas em exibir os filmes que passaram pelo festival.”
Ljubljana, Istambul, Provincetown e Paris são algumas das cidades que também irão receber extensões internacionais do IndieLisboa ao longo deste ano, as quais incluirão sobretudo filmes portugueses apresentados na próxima edição do festival.
Faltam pouco mais de 2 meses para o IndieLisboa voltar à capital com uma selecção de filmes que traz para primeiro plano a irreverência, a surpresa, o experimentalismo e a ousadia. De 23 de Abril a 3 de Maio, em Lisboa.
Programação do IndieLisboa no Festival Internacional de Cinema de Estudantes Early Melons, Bratislava, de 11 a 14 de Março 2009:

ANIMALZ, de Sérgio Cruz, exp., Portugal/Inglaterra, 2006, 3'
FIM-DE-SEMANA, de Claúdia Varejão, fic., Portugal, 2007, 25'
ESTRELA DA TARDE, de Madalena Miranda, doc., Portugal, 2004, 25'
TWENTY QUESTIONS, de Nuno Costa, anim., Portugal/Inglaterra, 2007, 7'
SUPERFÍCIE, de Rui Xavier, fic., Portugal, 2007, 7'
KITTY & JULIO, de Claúdia Oliveira, exp., Portugal/República Checa, 2007, 19'
OF.BALANCE, de Edgar Santinhos, João Biscaia, exp., Portugal, 2005, 4'
HEIKO, de David Bonneville, fic., Portugal, 2007, 12'
OUTSIDE, de Sérgio Cruz, doc., Portugal/Inglaterra, 2008, 20'

Para mais informações:

Obituário - Orlando "Cachaíto" Lópes

Morreu o baixista dos Buena Vista Social Club...
Sobrinho do lendário Israel «Cachao» Lopez, Orlando faleceu num hospital de Havana, na sequência de uma intervenção cirúrgica a um cancro na próstata.
O seu sentido de swing não impediu este músico, de formação clássica, de tocar na Orquestra Sinfónica Nacional, ao mesmo tempo que tocou em numerosas orquestras de jazz antes de integrar os Buena Vista Social Club.
O anúncio da morte de Orlando Lopez constitui um novo e duro golpe para a música cubana e em especial ao projecto Buena Vista Social Club, que perdeu quatro das suas estrelas nos últimos seis anos.
A formação, que tinha reunido artistas da idade de ouro da música popular cubana já chorou a morte dos seus cantores vedetas, Pio Leyva em Março de 2005 e Ibrahim Ferrer em Agosto de 2005.
Anteriormente, em 2003, o grupo perdera o compositor Compay Segundo, em Julho e o pianista Ruben Gonzalez, em Dezembro.
Criado em 1996, o Buena Vista Social Club, cujo repertório remonta a um período anterior à revolução cubana, adquiriu uma projecção mundial devido ao documentário realizado em 1997 por Wim Wenders.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Exposição - ARCO

Doze galerias integram a participação portuguesa na edição de 2009 da ARCO, a Feira de Arte Contemporânea de Madrid, que decorre de 11 a 16 de Fevereiro, através das quais o público espanhol poderá conhecer quase uma centena de artistas portugueses.
Mais modesta que a participação em anos anteriores - uma redução que se verifica em todo o certame - a presença portuguesa caracteriza-se este ano por um apoio do Ministério da Cultura através de um "seguro de actividade comercial".
Segundo o Ministério da Cultura, a decisão surgiu na sequência do pedido formulado pela Associação Portuguesa de Galerias de Arte (APGA) para apoio às galerias portuguesas seleccionadas a estarem presentes na edição 28 da Arco.
O MC justifica que decidiu dar um apoio às galerias devido à actual situação do mercado, marcada pela crise, e "à necessidade de sustentar a presença portuguesa" no certame "como rede de apoio à internacionalização das artes plásticas de artistas portugueses", desde que tenham espaço próprio na feira e comprovem ter tido prejuízo.
O apoio do MC para reduzir o prejuízo terá um limite máximo de 8.000 euros por espaço/galeria, às galerias inscritas no Programa Geral, e de 4.500 euros por espaço/galeria às três galerias inscritas no Programa ARCO 40.
Em Janeiro, Pedro Cera, presidente da direcção da APGA, explicou à Lusa que o apoio do MC "é uma forma de apoio diferente da habitual".
"Não é um subsídio, consubstancia mais uma espécie de seguro de risco dentro da actividade comercial", avaliou, referindo que o Governo "não entendeu por bem apoiar de uma forma descomprometida a internacionalização dos artistas portugueses".
Questionado sobre os custos que uma galeria suporta para estar presente na ARCO Madrid, Pedro Cera indicou que rondam entre os 25 e os 30 mil euros, incluindo o aluguer de um espaço mínimo, com 65 metros quadrados, deslocações e estadia.
Destacou que este ano serão representados trabalhos de 98 artistas portugueses: "É a maior embaixada cultural portuguesa que se faz todos os anos. É importante para as galerias, os artistas e a imagem do país", salientou.
Em termos de galerias, segundo o programa oficial, a participação portuguesa divide-se pelo Programa General (nove galerias) e pela secção Arco 40 (três galerias)
Quatro galerias de Lisboa participam no Programa Geral - Carlos Carlos Carvalho - Arte Contemporânea; Cristina Guerra Contemporary Art; Filomena Soares e Graça Brandão - onde estão ainda quatro galerias do Porto - Fernando Santos; Pedro Oliveira; Presença e Quadrado Azul - e uma de Braga, a de Mário Sequeira.
No caso da secção Arco 40, cada uma das três galerias portuguesas - António Henriques Galeria de Arte Contemporânea (Viseu), Fonseca Macedo (Ponta Delgada) e Paulo Amaro (Lisboa) apresentam um máximo de três artistas com obras criadas nos últimos três anos.
A participação portuguesa alarga-se ainda à secção "Expanded Box", um espaço onde "se aposta na contínua expansão das práticas artísticas para novos formatos e contextos" com as "tendências mais actuais, explorando as influências e o uso das tecnologias nas artes".
Neste caso a participação portuguesa, na secção "Cinema", comissariada por Carolina Grau, é de Pedro Cera.
De referir ainda a participação da revista "Artes e Leilões", a única publicação portuguesa a integrar o leque de revistas internacionais especializadas em arte contemporânea.
A edição deste ano da ARCO tem a Índia como país convidado e contará com 250 galerias para mostrar trabalhos de artistas de todo o mundo.
Lusa

Cinema - Carmen Miranda

Celebram-se hoje 100 anos sobre o seu nascimento.


Premiando - Grammys

A dupla formada por Robert Plant e Alison Krauss foi a grande vencedora da 51ª edição dos Grammy Awards, levando para casa não só o prémio de Melhor Álbum como quatro outros troféus que ontem foram entregues em Los Angeles.
O álbum “Raising Sand” - uma colaboração entre o ex-vocalista do legendário grupo de hard rock Led Zeppelin, Robert Plant, e a cantora country, Alison Krauss - venceu o prémio de Melhor Álbum, no final de uma cerimónia de três horas e meia.
“Quero dizer que estou rendido”, declarou Plant ao receber o prémio. E brincou: “esta é uma boa maneira de passar o domingo”.
Durante a cerimónia, o britânico Plant, de 60 anos e a americana Krauss, de 23, tinham já subido ao palco para receber os prémios de single do ano por “Please Read the Letter”, de Melhor Colaboração Pop, de Melhor Colaboração Country Vocal e o de Melhor Álbum Folk.
Plant e Krauss disputavam o prémio de Melhor Álbum do ano com o rapper Lil Wayne (“Tha Carter III”), Ne-Yo (“Year of the Gentleman”) e os britânicos Radiohead (“In Rainbows”) e Coldplay (“Viva la Vida”).
Apesar de não ter recebido o prémio de Melhor Álbum, o grupo de Chris Martin conseguiu arrebatar três dos sete prémios para que estava nomeado: Canção do Ano por “Viva la Vida”, Melhor Álbum Rock e Melhor Performance (de grupo ou dueto).
Lil Wayne, nomeado para oito troféus, acabou por receber quatro: Melhor Álbum Rap, Melhor Performace de Rap (a solo), Melhor Performance Rap (de grupo ou dueto) e ainda a Melhor Canção Rap.
Para além de Plant e Coldplay, a Academia das Artes e das Ciências discográficas distinguiu ainda outra britânica na categoria de Revelação: Adele Adkins, cantora soul de apenas 20 anos, que derrotou os populares Jonas Brothers e a compatriota Duffy.
A americana Jennifer Hudson, que apesar de ter ganho um Óscar pela sua interpretação como cantora em “Dreamgirls” em 2007 mas não tinha conseguido o Grammy, acabou por arrebatar o troféu de Melhor Álbum R & B, alguns meses depois do assassínio da sua mãe, irmão e sobrinho.
“Quero agradecer [aos membros da minha família] que estão no paraíso e aos que estão aqui hoje”, declarou a jovem cantora, com a voz tremida.
Todos os anos os Grammy surpreendem pela escolha de duetos improváveis e este não foi excepção: o ex-Beatle Paul McCartney juntou-se a Dave Grohl, do grupo Foo Fighters, que o acompanhou à bateria no o clássico “I Saw Her Standing There”.
Outra lenda da música, B.B. King, de 83 anos, levou para casa o Grammy de Álbum de Blues Tradicional, o 15º da sua carreira.
Por fim, os precursores do “electro” francês, Daft Punk, receberam também dois Grammy pelo Melhor Álbum Electrónico ou Dance por “Alive 2007” e o Melhor Single por “Harder Better Faster Stronger”, na mesma categoria.
Os Grammy Awards premeiam 110 categorias musicais, desde a música clássica ao heavy metal, passando pelo polka.
Esta edição ficou ainda marcada pela ausência da cantora Rihanna, cuja actuação foi cancelada à última hora após a detenção do namorado, o também cantor Chris Brown, detido pela polícia por suspeita de agressão.
A polícia recusou-se a confirmar as informações avançadas pelo jornal “Los Angeles Times” que apontavam Rihanna como sendo a vítima. Segundo o porta – voz da cantora dos Barbados, Rihanna, de 20 anos, “encontra-se bem”.
Brown, de 19 anos, foi posto em liberdade depois de ter pago uma caução de 50 mil dólares (cerca de 38 mil euros).
Público /AFP

Premiando - BAFTA

Os BAFTA distinguiram «Quem Quer Ser Bilionário?», do britânico Danny Boyle, como melhor filme e atribuiu os prémios de melhor actor a Mickey Rourke e de melhor actriz a Kate Winslet.
«Quem Quer Ser Bilionário», grande vencedor dos Globos de Ouro, voltou a confirmar a sua posição de forte candidato aos Óscares no próximo dia 22 de Fevereiro, depois de hoje ter ganho sete BAFTA (British Academy of Film and Television Arts).
Na cerimónia realizada em Londres coube a Mick Jagger entregar um dos BAFTA cineasta britânico Danny Boyle, pela realização de «Quem Quer ser bilionário?», um filme que conta a história de um jovem analfabeto à beira de vencer um concurso de televisão que o transformará num milionário.
O filme, rodado nos subúrbios pobres de Bombaim, foi o grande vencedor da noite ao arrecadar os prémios da academia britânica para melhor realizador, argumento adaptado, música, fotografia, montagem e efeitos sonoros.
«O Curioso Caso de Benjamin Button», de David Fincher, que também estava nomeado para 11 categorias, obteve apenas três prémios da acdemia britânica: desenho, efeitos especiais e cabeleireiro e maquilhagem.
O prémio para melhor actriz foi atribuído a Kate Winslet pela sua participação em «O Leitor», no qual a britânica interpreta o papel de uma guarda num campo de concentração.
Após 14 anos afastado do cinema, Mickey Rourke foi esta noite escolhido como melhor actor, depois de ter ganho um Globo de Ouro, continuando assim a ser um forte candidato aos Oscares.
A escolha por Rourke deixou para trás Sean Penn, que faz de político homossexual em «Milk», Brad Pitt pelo «Estranho Caso de Benjamin Button», Frank Langella («Frost/Nixon») e o jovem Dev Patel, protagonista de «Quem quer Ser Bilionário?».
Penélope Cruz foi outra das galardoadas pelo seu desempenho em «Vicky Cristina Barcelona», de Woody Allen, que lhe valeu o prémio de melhor actriz secundária.
Na corrida ao BAFTA nesta categoria estavam também Marisa Tomei com o filme «The Wrestler«, Amy Adams que desempenhou um papel em «Doubt», Freida Pinto pela sua participação em «Quem Quer Ser Bilionário?» e Tilda Swinton, por «Destruir Depois de Ler», dos irmãos Coen.
A noite foi ainda de homenagem ao australiano Heath Ledger que recebeu um prémio póstumo pela sua participação em «O Cavaleiro das Trevas».
«Wall-E» venceu a melhor película de animação.
A película francesa «Il y a longtemps que je t´aime», de Philippe Claudel, recebeu o prémio para melhor filme estrangeiro.
Lusa / Nuno Morna

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Cinema - Variety

Lê-se no sítio da Ípsilon:

Portugal pode não ter filmes a concurso em Berlim, mas a presença de Manoel de Oliveira fora de competição com "Singularidades de uma Rapariga Loura", que terá estreia mundial na capital alemã na terça-feira, está a ser notada.
A revista da especialidade "Variety", que publica uma edição diária durante o festival distribuída gratuitamente às centenas de profissionais da imprensa e da indústria em serviço, incluiu na edição de ontem um especial de 12 páginas sobre Portugal.
A abertura é uma entrevista a Oliveira, com curtas declarações registadas durante as rodagens de "Singularidades de uma Rapariga Loura" contextualizada por um longo olhar pela sua carreira.
Mas o destaque é um panorama da actual produção de cinema dita "comercial", mostrando que o cinema português está a procurar um outro rumo para lá dos filmes de autor que tornaram o país conhecido nos festivais internacionais, com depoimentos de José Pinto Ribeiro, director do ICA, e de produtores como Pandora da Cunha Telles e Alexandre Valente.
O papel do FICA, o fundo de investimento privado dirigido especialmente para o audiovisual comercial, é sublinhado pelo dossier, que aponta ainda a importância da internacionalização para o cinema nacional, face às limitações e à dimensão do mercado português.
A esse nível, a "Variety" refere a actual força da ficção televisiva portuguesa, citando o êxito da produção da TVI ("Morangos com Açúcar" e "Equador") e referindo as ambições da Prisa, o grupo proprietário da estação, de criar a partir daqui um núcleo ibérico de produção para televisão.
A edição refere ainda os filmes que estão a ser vendidos no Mercado Europeu do Filme, a decorrer paralelamente com o Festival, com destaque para "Amália" de Carlos Coelho da Silva, e lista os principais produtores activos actual em Portugal.

Novo Vídeo do Nelson Camacho para a Fashion TV

7º vídeo de Nelson Camacho/Ddiarte para o canal Fashion TV com a
modelo madeirense Nina.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Cronicando - Sporting x Porto

Na passada quarta-feira claquei. Normalmente, de quinze em quinze dias tenho os meus momentos de irracionalidade. Vou ao futebol.
A minha alma futebolística oscila entre o preto-e-branco regional e o verde-e-branco nacional. Tirando a experiência psico-auditiva que é ficar na frente da claque feminina nacionalista, nunca por nunca tinha estado em Alvalade a assistir a um jogo no meio da neurótica claque da Juve Leo.
E foi o que, por um mero acaso e por puro comodismo, me aconteceu há dois dias atrás.
Chegado ao estádio confronto-me com uma fila descomunal para comprar bilhetes e sou logo assaltado por candongueiros. Que “os bilhetes eram bons”, “que era o melhor lugar para ver o jogo”, “ óh meu amigo isto é mesmo na lateral”.
Pois... acabei a ver o jogo no meio de uma claque e em pé apesar dos confortáveis bancos que o estádio proporciona.
E claquei.
Os bilhetes comprados davam lugar aos três únicos lugares onde chovia copiosamente, até que percebi que um bom claquista se está a marimbar para lugares marcados. Como bom machus futebolis que é senta-se onde quiser.
Começou tudo por um minuto de silêncio que as avantesmas da claque acharam por bem não cumprir. Acho que era por causa de um antigo árbitro que faleceu. Eu cumpri esse momento escrupulosamente no meio de um apupo ensurdecedor intercalado por manguitos e por expressões indizíveis.
Começado o jogo perdi os primeiros cinco minutos pois as enormes bandeiras que dançavam à minha frente tapavam-me a visão. Assalta-me então um cheiro a cannabis que no final do jogo já me entorpecia o raciocínio e as palavras.
Uma falha da defesa e o Porto marca. “Em cada tripeiro... há um paneleiro”, cantou logo a claque em tom de desafio respondido de imediato por um enorme bruá do qual não se percebia uma palavra vindo dos lados onde estavam uns tais Super Dragões.
Às páginas tantas um tal de Postiga, ex-jogador do FCP, marca um golo com a mão. Se ofensa matasse penso que o árbitro caía redondinho no chão vitimado por súbita síncope.
E a partir daí o Sporting vai marcando golos uns atrás dos outros para meu gáudio e das bestas que me rodeiam.
Muitos deles divertiam-se imenso a saltar alarvemente em cima das cadeiras sobre as quais caíam desamparados e como machos que eram logo se levantavam a rir como se a dor não os afectasse. Lindo de ver!
E as ganzas lá iam andando de mão em mão alegremente.
Ao meu lado um gajo com três dentes na boca e muito pouco juízo cuspia-me ao ouvido palavras incompreensíveis. Fiquei na dúvida se não seria estrangeiro.
Atrás de mim um preto retinto insultava com expressões para lá de racistas um jogador mulato do Porto.
E tudo isto era pontuado com uns cânticos do mais idiota que se pode ouvir.
Aos noventa e três minutos o árbitro dá por terminado o encontro. Sou logo abraçado pelo meu “amigo” estrangeiro e pelo “amigo” preto que gritam a plenos pulmões “até os comemos”.
A mim, como não me apetecia “comer” ninguém todo suado, restou-me sair do estádio jurando que nunca mais quero clacar!

PS: ainda me dói uma perna de andar a saltar “estupidamente” enquanto gritava: “e quem não salta... é lampião”. Coisa que não percebi pois o jogo era contra o Porto!

Exposição - Fagundes Vasconcelos

Escreve Luís Rocha no DN/Madeira de hoje:

'Somewhere in Transilvania' é o título da exposição que o artista madeirense Fagundes Vasconcelos vai inaugurar no próximo sábado, dia 7 de Fevereiro, a partir das 20 horas, na Estalagem da Ponta do Sol. Conforme nos explicou o próprio artista, esta mostra inclui sete trabalhos a técnica mista, em pequeno formato, pertencentes a uma série de obras que Fagundes apresentou recentemente no Museu de Arte Contemporânea do Funchal, na exposição colectiva 'Horizonte Móvel'. Comissariada pela docente da UMa Isabel Santa Clara, esse evento serviu para efectuar uma leitura retrospectiva e pessoal das artes plásticas produzidas na Madeira nos últimos 50 anos.
Os trabalhos que Fagundes Vasconcelos agora vai apresentar pertencem a um conjunto de obras que realizou para essa ocasião, mas que ele próprio não seleccionou para apresentar nessa altura. O artista resolveu apresentá-los agora, em conjunto com obras mais recentes, realizadas já este ano: quatro trabalhos em grande formato a técnica mista sobre papel alcatrão, com dimensões variáveis entre 250 e 360x120 cm. Executou ainda, como bem gosta de fazer, uma intervenção a grafite no tecto do restaurante do hotel, que povoou com as estranhas e lendárias figuras características do seu imaginário. É por via destas curiosas personagens recorrentes, sob diversas morfologias, na produção artística de Fagundes Vasconcelos, que este busca criar, como nesta exposição, contextos e registos absurdos, marcados por algum sarcasmo e narrativas improváveis, num ambiente algo "grotesco e palaciano", nas palavras deste criador. A própria denominação desta mostra remete o fruidor para uma dimensão fantástica e lendária, evocando a Transilvânia, região da Roménia associada, por via dos contos populares e da literatura, aos vampiros, ao sobrenatural. Apreciador de exposições em espaços menos convencionais e alternativos (incluindo armazéns e casas velhas e degradadas) Fagundes Vasconcelos deixou-se seduzir pela Estalagem da Ponta do Sol, "um sítio muito simpático, com características arquitectónicas interessantes", fora do circuito habitual das galerias e onde achou que as suas peças artísticas se iriam integrar bem. Após a exposição, a Estalagem realizará um jantar com menu especial (a 20 euros), havendo, a partir da meia-noite, animação musical proporcionada pelos 'djs' Filipe Dantas e 'Bz' (Paulo Camacho).

Criador 'indisciplinado'

Fagundes Vasconcelos nasceu em 1968, e é licenciado em Artes Plásticas/Pintura pelo antigo Instituto Superior de Arte e Design, ISAD (hoje integrado na Universidade da Madeira como Departamento de Arte e Design). Distinguido em vários concursos regionais, conta no seu currículo com múltiplas exposições individuais e participações em diversas colectivas. O seu imaginário artístico exprime-se de formas convencionais ou comuns, sendo marcado pela constante (re)invenção de estranhas personagens, algo animais, algo humanas, certamente curiosas, sarcásticas e por vezes grotescas, aspectos propositadamente explorados pelo seu criador. Apreciador de locais de exposição alternativos e de modos de apresentação artística pouco comuns, Fagundes Vasconcelos já fez também várias incursões no domínio da arte pública, realizando murais e pinturas em fachadas de edifícios, na Região e não só.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Musicando - Música na Net

Bandas internacionais como Radiohead ou Nine Inch Nails marcaram tempos recentes da indústria musical internacional com lançamentos gratuitos e legais, via Internet, de álbuns de originais.

Thom Yorke, vocalista dos Radiohead, descreveu a iniciativa à revista Wired como resposta ao facto de «todos os nossos últimos álbuns estarem disponíveis na Internet de forma ilegal antes do seu lançamento oficial».

Em Portugal, foi editado no passado dia 1 de Janeiro Phasasolo, primeiro álbum a solo de New Max, uma das metades dos Expensive Soul, que disponibilizou na Internet de forma gratuita o registo.

Na visão do cantor, «este não foi um projecto intencional desde o começo», tendo surgido «a diversos modos como resposta à experiência com os Expensive Soul, onde as nossas vendas de discos não correspondiam ao público que conquistámos ao longo do tempo», afirmou.

Phasasolo tem até ao momento contabilizados mais de 40.000 descarregamentos das suas faixas, ao passo que «o segundo disco dos Expensive Soul, que editámos pela EMI, vendeu aproximadamente 5.000 discos», sublinha New Max.

Carla Simões, digital manager da Universal Music Portugal, afirmou à Lusa ver lançamentos deste estilo como «opções próprias dos artistas». «Cada vez mais os músico têm maior liberdade para fazer o que querem, como se viu com os Deolinda que cresceram muito graças à Internet», sublinha ainda.

A responsável confirmou à Lusa o «crescimento imenso» do mercado de vendas online em Portugal. «Para o primeiro trimestre deste ano está prevista a abertura em Portugal de duas novas lojas virtuais que já funcionam a nível internacional», assegura.

Já quanto ao crescimento de iniciativas como a de New Max, Carla Simões considera que «são projectos impulsionados por iniciativas internacionais, como a dos Radiohead, mas que acabam por ir parar aos modelos tradicionais de mercado».

De recordar que os Radiohead editaram numa primeira fase In Rainbows, o seu último disco de originais, de forma gratuita na Internet, acabando posteriormente por lançar o registo em CD e vinil.

Já João Mascarenhas, músico da Stealing Orchestra e responsável da editora exclusivamente virtual You Are Not Stealing Records, confessou à Lusa que «o caminho da música gratuita e legal era inevitável».

«A Stealing Orchestra» - prossegue - «editou até ao momento dois álbuns em formato físico e uma série de EP virtuais, o primeiro em 2001».

O espírito destas edições, assume, é o de «recuperar a atmosfera da troca de K7 que todos fazíamos nos anos 80, ao mesmo tempo que queremos afastar a ideia de que os discos gratuitos que editamos surgem não por não serem editados noutro lado mas sim porque têm qualidade e mérito por si mesmos».

Tiago Sousa, responsável pela editora Merzbau, que complementa edições físicas de discos com lançamentos exclusivos e gratuitos via Internet, considera este fenómeno «uma realidade de mercado», mesmo «situando-se algo aparte no circuito devido às suas especificidades muito próprias».

Os Pontos Negros, Santos & Pecadores ou dR. estranho amor, que editarão a 14 de Fevereiro em exclusivo de forma virtual o seu single de estreia, são outros nomes com reportório editado gratuitamente e de forma legal, através da Internet.

Lusa

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Musicando - O Novo U2

Lê-se no Ípsilon:

Eclético, correndo alguns riscos mas de impacto certeiro, com cada canção a funcionar como síntese de três décadas de carreira. É assim "No Line On The Horizon", o novo álbum do grupo rock mais conhecido do momento, os U2, com data de edição europeia para 2 de Março.

Aparentemente, nada de novo. Ouvimos cada uma das canções e reconhecemos todos os elementos que as constituem. Mas existe algo de novo: precisamente o facto desses elementos serem combinados no espaço de uma só canção.

A fogosidade dos primeiros anos - "Boy" (1980) e "October" (1981) - foi recuperada quando o grupo voltou aos fundamentos básicos do rock nos dois últimos álbuns - "All That You Can't Leave Behind" (2000) e "How To Dismantle an Atomic Bomb" (2004).

Agora canalizam essa energia e precisão para temas mais abstractos, recuperando o rock panorâmico de "Unforgettable fire (1984) e "The Joshua Tree" (1987) e o risco sónico de "Achtung Baby" (1991) ou "Pop" (1997).

O novo disco é a ambiciosa síntese de tudo isso, combinando o gosto pela definição ambiental do produtor Brian Eno, a electricidade da guitarra de The Edge e a densidade da organização sonora rítmica, com Adam Clayton no baixo e Larry Mullen na bateria.

Outra novidade é o facto de, por vezes, Bono prescindir de letras na primeira pessoa, adoptando personagens ficcionais, como um corresponde de guerra em "Cedars of lebanon."

O álbum começou a ser preparado a seguir ao término da digressão "Vertigo" em Setembro de 2006. Seguiram-se sessões em Fez, Marrocos, no Verão de 2007, e períodos de estúdio em Dublin, Nova Iorque e Londres, com o quarteto a fazer-se acompanhar pelos produtores Brian Eno, Daniel Lanois e Steve Lillywhite.

O álbum faixa-a-faixa

1. "No line on the horizon"

Canção característica dos U2, de sentido épico, em crescendo, com modelações, guitarras ora tranquilas, ora estridentes, com Bono a cantar "i know a girl who's like the sea / I watch her changing everyday for me / Oh yeah." Inicialmente tinha um tratamento muito ambiental, por via da produção de Brian Eno, mas no final ficou uma canção rock abrasiva.

2 . "Magnificent"

Um dos temas que promete adesão imediata. "Only love can reset your mind" canta Bono, por entre ambientes que remetem para os U2 do álbum "Unforgettable Fire", em combinação com a via rock mais directa dos últimos álbuns. Há efeitos electrónicos, arranjos orquestrais que evocam o período "The Joshua Tree" e um balanço característico de canção de amor - "I was born to sing for you / I didn't have a choice but to lift you up / And sing whatever song you wanted me to / I give you back my voice."

3 . "Moment of surrender"

Promete ser um clássico em muitos concertos na linha do que acontece com baladas como "One". Canção melódica de sete minutos, começa lenta, lânguida, com letra sobre "estrelas sombrias" e a voz um pouco rouca de Bono evocando crises existenciais - "I tied myself with wire / To let the horses free / Playing with the fire until the fire played with me." O ritmo é sincopado, a guitarra blues de The Edge delicada e a linha de baixo envolvente, criando um efeito geral hipnótico.

4. "Unknown caller"

É um dos temas onde Bono assume um papel ficcional, alguém num estado alterado que se confronta com um telefone que fala. Em termos sonoros podia pertencer a "All That You Can't leave Behind", ritmo a meio tempo, insinuante, com órgão luminoso e The Edge a deixar a sua marca num intrincado solo de guitarra.

5. "I'll go crazy if i don't go crazy tonight"

Como o título indicia, é um dos temas mais diurnos, festivos e marcadamente pop, na linha de clássicos como "Beautiful day", com alguns ecos, reverberações,  refrão eficaz (I'll go crazy if i don't go crazy tonight"), guitarras soltas e o falsete de Bono a proclamar "every generation gets a chance to change the world."

6. "Get on your boots"

É o single de avanço, o tema mais virulento de todo o disco e um dos mais poderosos e rápidos de sempre do quarteto, misto de guitarras estridentes rock & roll, elementos sintéticos e um Bono que grita: "Get on your boots / Sexy boots / You don't know how beautiful you are."

7. "Stand up comedy"

Outra das mais roqueiras, barulhentas e poderosas. Bono puxa pela voz, mas é a guitarra que domina.  O facto de The Edge ter participado num documentário ao lado de Jimmy Page (Led Zeppelin) parece ter deixado marcas, de tal forma a sua guitarra evoca os Zeppelin de outros tempos. Ao título inicial - "Stand up", alusão ao movimento humanista The Stand Up And Take Action Against Poverty - foi adicionado "comedy" e ouvindo a letra percebe-se porquê, naquele que parece ser um momento de auto-ironia de Bono: "On a voyage of discovery stand up to rock stars, Napolean is in high heels / Josephine, be careful of small men with big ideas."

8. "Fez - Being born"

Da experiência africana - gravaram em Fez, Marrocos - fica este tema, um dos melhores e mais aventureiros. "Six o' clock on the autoroute / Burning rubber, burning chrome / Boy of Cadiz and ferry home / Atlantic sea cut glass / African Sun at last" lança Bono, por entre uma arquitectura sonora compacta. É talvez a que melhor resume o álbum, combinando o  espírito rock directo dos últimos tempos e a costela aventureira dos anos 90.

9. "White as snow"

Balada acústica atmosférica, sobre um soldado perdido na neve do Afeganistão. "Where i came from there were no hills at all / The land was flat, the highway straight and wider / My brother and i would drive for hours" evoca Bono, viagem pela mente de um soldado perdido nas suas recordações, numa faixa épica.

10. "Breathe"

Início lento com alusões orientais ao nível dos arranjos, mas depois existe um crescendo contínuo de intensidade, naquela que é a canção preferida do produtor Brian Eno. É reveladora de um disco mais trabalhado e complexo - cada canção integra diversas dinâmicas - que os seus dois antecessores, de digestão mais imediata.

11. "Cedars of lebanon"

Bono veste o papel de correspondente de guerra numa evocação atmosférica não muito distante de canções como "With or without you". O tom de voz é confessional, os versos finais reflexivos: "choose your enemies carefully 'cos they will define you / Make them interesting 'cos in some ways they will mind you / They're not there in the beginning but when your story ends / Gonna last with you longer than your friend."

Vítor Belanciano

Cinema - Silence

Martin Scorsese, o realizador de "The Departed - Entre Inimigos", planeia filmar "Silence" a história de dois jesuítas portugueses que viajam para o Japão no século XVII, numa época em que os cristãos eram perseguidos no Japão. "Silence", com argumento de Jay Cocks, será baseado no livro de Shusaku Endo "Silêncio" (Dom Quixote-1990) e filmado na Nova Zelândia. Segundo a "Variety", Daniel Day-Lewis e Benicio del Toro estão a negociar a sua participação no filme, assim como Gael Garcia Bernal.

Sebastião Rodrigues, um jovem jesuíta português, parte para o Japão na companhia do Frade Francisco Garrpe com o objectivo de manter a fé cristã e apoiar os crentes perseguidos. Rodrigues também procura o seu mentor, o Frade Cristóvão Ferreira, que renunciou à fé. Acaba por ser capturado, torturado e obrigado a escolher entre a vida do seu "rebanho" e a sua fé.

Dante Ferretti, que trabalhou com Scorsese em "O Aviador" e "Casino", entre outros filmes, revelou que pelo menos parte da rodagem será feita na Nova Zelândia, apesar do local de filmagens ainda não ter sido oficialmente anunciado, anuncia o jornal australiano "The Australian".

Fotografando - Chão da Lagoa

De Raimundo Quintal recebi estas fotografias tiradas no Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha (1535m). As fotos foram tiradas no passado dia 31 de Janeiro.