
Escritor, poeta, pintor, historiador, dramaturgo, escultor, a sua marca indelével tornou-nos mais ricos. Incompreendido por muitos nunca teve em vida o reconhecimento que merecia.
Repito: ficámos mais pobres, muito mais pobres!!!!!
A este respeito escreve o DN/Madeira de hoje:
"Como nada. Não me interessa saber o que sou, o que deixo de ser nem o que vou ser porque vou para debaixo da terra." Assim respondia António Aragão há alguns anos em entrevista à TSF, quando questionado como gostaria de ser recordado. A ilustre figura de vulto da cultura madeirense e nacional faleceu ontem à tarde, aos 87 anos, vítima de doença prolongada, em casa, no Funchal. Segundo Marcos Aragão (filho), o funeral será amanhã.
Natural de S. Vicente (nasceu em Julho de 1921), António Manuel de Sousa Aragão foi um artista plástico multifacetado (pintura e escultura), expondo em Barcelona, Londres, etc, destacando-se também na historiografia, investigação, dramaturgia, romance e, sobretudo, na poesia. Foi um dos colaboradores, com o poeta Herberto Hélder e Jorge Freitas, da colectânea 'Arquipélago', sendo, inclusive, com o primeiro, um dos responsáveis pela introdução do experimentalismo poético em Portugal. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas e ainda em Arquivismo e Biblioteconomia, chegou a realizar estudos em Paris e Roma. Além de ter sido Conservador do Arquivo Distrital do Funchal (actual ARM) e proprietário, em Lisboa, de uma galeria de arte e editora, colaborou na imprensa. Integrou antologias e co-fundou cadernos de poesia. 'Poema Primeiro' (1962), 'Mais exacta mente p(r)o(bl)emas' (1968), 'Poema Azul e Branco' (1970), 'Um Buraco na Boca' (romance, 1971), 'Desastre Nu' (teatro) são cinco das suas obras. O historiador Rui Carita recordou-o como "um grande amigo e uma das grandes figuras da cultura portuguesa do século XX". Já o também amigo e ex-governante da Cultura, João Carlos Abreu, como "uma pessoa brilhante", de "uma envergadura intelectual muito grande" e "um excelente conversador".
João Filipe Pestana
Natural de S. Vicente (nasceu em Julho de 1921), António Manuel de Sousa Aragão foi um artista plástico multifacetado (pintura e escultura), expondo em Barcelona, Londres, etc, destacando-se também na historiografia, investigação, dramaturgia, romance e, sobretudo, na poesia. Foi um dos colaboradores, com o poeta Herberto Hélder e Jorge Freitas, da colectânea 'Arquipélago', sendo, inclusive, com o primeiro, um dos responsáveis pela introdução do experimentalismo poético em Portugal. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas e ainda em Arquivismo e Biblioteconomia, chegou a realizar estudos em Paris e Roma. Além de ter sido Conservador do Arquivo Distrital do Funchal (actual ARM) e proprietário, em Lisboa, de uma galeria de arte e editora, colaborou na imprensa. Integrou antologias e co-fundou cadernos de poesia. 'Poema Primeiro' (1962), 'Mais exacta mente p(r)o(bl)emas' (1968), 'Poema Azul e Branco' (1970), 'Um Buraco na Boca' (romance, 1971), 'Desastre Nu' (teatro) são cinco das suas obras. O historiador Rui Carita recordou-o como "um grande amigo e uma das grandes figuras da cultura portuguesa do século XX". Já o também amigo e ex-governante da Cultura, João Carlos Abreu, como "uma pessoa brilhante", de "uma envergadura intelectual muito grande" e "um excelente conversador".
João Filipe Pestana
1 comentário:
Sem dúvida, uma grande perda! Aqui fica a minha homenagem a um vulto da nossa cultura que,entre tantas outras coisas, ligadas a tão diversificadas áreas, foi um dos pioneiros no estudo e divulgaçao da nossa etnografia! Bem haja!
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