Como quem não quer a coisa.
De novo, decerto, só nos traz o nome.
Percebes óh 2008? De ti já não espero nada de novo, como não tenho esperado dos teus irmãos mais recentes.
E até que não pediria muito. Um pouco de dignidade e respeito para todos nós agentes culturais que temos sobre as costas o pesado fardo de manter a nossa cultura viva e actuante. Pedia também que deixassem de olhar para nós como uns carolas que fazem as coisas acontecer por gosto. Gostava que o nosso profissionalismo tivesse a sua devida compensação, como são compensados os que trabalham noutras áreas e com outras responsabilidades.
Bem sei que muitas vezes a culpa é nossa porque a vontade de fazer acontecer é tanta que tudo suportamos. A grande maioria de nós tem outras profissões onde recebemos salários que alegremente aplicamos nas "nossas coisas". Se assim não fosse creiam que a cultura da nossa terra era inexistente.
Muito francamente alguém me diga um número.
Um número que traduza a quantidade de agentes culturais com preparação e formação que vivem exclusivamente da actividade cultural que desenvolvem.
Um número. Dez? Vinte?
Nem me atrevo a aqui mostrar, comparativamente, o que se passa noutros sítios. Seria por demais humilhante.
Este post é para todos vós, os que vivem a cultura madeirense com a paixão de quem rejeita o imobilismo.
Este post é para os públicos que se vão formando nas mais diversas áreas numa postura de exigência de qualidade.
Este post vai dedicado à cultura madeirense como um todo de diversificados ramos, que cresce com problemas, lentamente, mas cresce e um dia será adulta e autónoma.
1 comentário:
Aguardemos então pelo amadurecimento e autonomia da cultura madeirense! Não sei se será ainda na nossa geração, mas tenho esperança, cultivo esse sentimento e de certa forma também participo, para que isso aconteça, pelo menos,nas gerações vindouras, e que os meus filhos ou os meus netos possam fazer aquilo que realmente gostam, caso a sua opção de vida seja a "criação cultural". Bem hajam todos aqueles que continuam a lutar contra a maré!
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