segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Do Copo (I) - Jameson

Beber é um acto social. Sem dúvida que o é. Mas o meu Jameson bebe-se sózinho, só com uma pedrita de gelo em copo pequeno. Os menos corajosos podem adicionar-lhe um farapinho de água. Pouca que é para não estragar.
O Jameson é um whiskey. Porque é irlandês. Se fosse escocês era um whisky. E não são só modos de dizer. São modos de fazer e de apurar o produto final. Para quem não sabe o whisky nasceu a partir do seu congénere irlandês, país onde foi inventado. As primeiras referências escritas a este néctar divino surgem por volta de 1405 e, ao que parece, inventado por monges. Como não podia deixar de ser. Mas estas referências são escritas e a data da sua criação deve ser alguns séculos anterior a esta data.

Voltemos ao Jameson.

Ao iniciar a sua produção à cerca de 200 anos, o Jameson tornou-se, no whiskey irlandês de maior sucesso e num dos mais bebidos em todo o mundo. Na sua concepção usam-se águas muito puras e a melhor das cevadas irlandesas. O seu apuramento é o resultado de um moroso e cuidado processo de destilação tripla.

O Jameson novo (o único que verdadeiramente vale a pena) fica a "amadurecer" entre cinco e sete anos em cascos de carvalho onde préviamente se envelheceu burbon americano e shery espanhol. Ao longo deste tempo perde o sabor a fumo presente na grande maioria dos whisky's escoceses.

Beber um Jameson é puro prazer. Do adocicado inicial depressa se passa a um luxuriante paladar a malte e a baunilha.

Nem toda a gente gosta deste fabuloso whiskey que exige um paladar requintado. É preciso "compreendê-lo" e, se o primeiro custa (por ser de sabor muito distinto), nos outros, rápidamente, se identifica a sua qualidade e especificidade.

3 comentários:

Rui Caetano disse...

Parabéns por entrar neste mundo da blogosfera. É um espaço interessante e muito dinâmico. Boa sorte. Hei-de visitá-lo.

MMV disse...

Não sei se é a mesma pessoa... Mas devo dizer que peça de teatro "Vou-te bater" foram fabulosas...

Para quando a próxima?! Que façam quando eu estiver de férias na Madeira...

Lembro de ir ver as duas peças... Uma só tive oportunidade de ver na 2ª fase no auditório da RDP... e a 2ª vi no teatro baltasar dias... E foi fabuloso... Até me classificaram como o filho da marisa cruz com o jvp! Lolol


Voltando ao post:

Eu aqui na Éire ando é mais numa de Guinness! ehehe

Nuno Morna disse...

O Vou-te Bater! é uma saga a modos que terminada.
Estamos a preparar uma surpresa para os 500 Anos (integrada ou não nas comemorações oficiais)
Um abraço pelo apoio para os dois e vão aparecendo.
Prometo que vou metendo o nariz nos vossos blogues...