segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Exposição - ARCO

Doze galerias integram a participação portuguesa na edição de 2009 da ARCO, a Feira de Arte Contemporânea de Madrid, que decorre de 11 a 16 de Fevereiro, através das quais o público espanhol poderá conhecer quase uma centena de artistas portugueses.
Mais modesta que a participação em anos anteriores - uma redução que se verifica em todo o certame - a presença portuguesa caracteriza-se este ano por um apoio do Ministério da Cultura através de um "seguro de actividade comercial".
Segundo o Ministério da Cultura, a decisão surgiu na sequência do pedido formulado pela Associação Portuguesa de Galerias de Arte (APGA) para apoio às galerias portuguesas seleccionadas a estarem presentes na edição 28 da Arco.
O MC justifica que decidiu dar um apoio às galerias devido à actual situação do mercado, marcada pela crise, e "à necessidade de sustentar a presença portuguesa" no certame "como rede de apoio à internacionalização das artes plásticas de artistas portugueses", desde que tenham espaço próprio na feira e comprovem ter tido prejuízo.
O apoio do MC para reduzir o prejuízo terá um limite máximo de 8.000 euros por espaço/galeria, às galerias inscritas no Programa Geral, e de 4.500 euros por espaço/galeria às três galerias inscritas no Programa ARCO 40.
Em Janeiro, Pedro Cera, presidente da direcção da APGA, explicou à Lusa que o apoio do MC "é uma forma de apoio diferente da habitual".
"Não é um subsídio, consubstancia mais uma espécie de seguro de risco dentro da actividade comercial", avaliou, referindo que o Governo "não entendeu por bem apoiar de uma forma descomprometida a internacionalização dos artistas portugueses".
Questionado sobre os custos que uma galeria suporta para estar presente na ARCO Madrid, Pedro Cera indicou que rondam entre os 25 e os 30 mil euros, incluindo o aluguer de um espaço mínimo, com 65 metros quadrados, deslocações e estadia.
Destacou que este ano serão representados trabalhos de 98 artistas portugueses: "É a maior embaixada cultural portuguesa que se faz todos os anos. É importante para as galerias, os artistas e a imagem do país", salientou.
Em termos de galerias, segundo o programa oficial, a participação portuguesa divide-se pelo Programa General (nove galerias) e pela secção Arco 40 (três galerias)
Quatro galerias de Lisboa participam no Programa Geral - Carlos Carlos Carvalho - Arte Contemporânea; Cristina Guerra Contemporary Art; Filomena Soares e Graça Brandão - onde estão ainda quatro galerias do Porto - Fernando Santos; Pedro Oliveira; Presença e Quadrado Azul - e uma de Braga, a de Mário Sequeira.
No caso da secção Arco 40, cada uma das três galerias portuguesas - António Henriques Galeria de Arte Contemporânea (Viseu), Fonseca Macedo (Ponta Delgada) e Paulo Amaro (Lisboa) apresentam um máximo de três artistas com obras criadas nos últimos três anos.
A participação portuguesa alarga-se ainda à secção "Expanded Box", um espaço onde "se aposta na contínua expansão das práticas artísticas para novos formatos e contextos" com as "tendências mais actuais, explorando as influências e o uso das tecnologias nas artes".
Neste caso a participação portuguesa, na secção "Cinema", comissariada por Carolina Grau, é de Pedro Cera.
De referir ainda a participação da revista "Artes e Leilões", a única publicação portuguesa a integrar o leque de revistas internacionais especializadas em arte contemporânea.
A edição deste ano da ARCO tem a Índia como país convidado e contará com 250 galerias para mostrar trabalhos de artistas de todo o mundo.
Lusa

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