quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cinema - Waltz With Bashir

Ultimamente temos assistido a um “turning page” no cinema de animação. O puro entretenimento tem vindo a dar lugar a filmes de grande densidade entrando por novos e inexplorados terrenos deste tipo de estética. Claro que me refiro a “Persépolis” e a “Waltz With Bashir” que acabo de ver.
Filme intensamente autobiográfico, “Waltz With Bashir” chega-nos pela mão do compositor, argumentista e realizador Ari Folman. Animação de cortar a respiração conta-nos a experiência de Folman durante a sua passagem obrigatória pelo exército israelita durante a invasão do Líbano em 1982, altura em que ocorrerem os massacres de Sabra e Shatila perpetrados por aliados libaneses de Israel.
Durante muito tempo Folman recusou-se a admitir a barbárie e este filme resulta como uma catarse que vem a proporcionar essa admissibilidade.
A culpa e a sobrevivência. São estes os motes. Será que há alguma maneira de conciliar estas duas realidades? A questão a partir de certa altura torna-se eminentemente filosófica. E no final fica sempre o trauma. Trauma que acompanha o dia-a-dia de Ari Folman.
“Waltz With Bashir” é um acto de coragem de quem quer sossegar uma consciência irrequieta. Um filme a não perder!

1 comentário:

m disse...

sinceramente não me atrai muito...

beijo