A este propósito escreve hoje Paula Henriques no DN/Madeira:
Nove dias de cinema, com filmes de qualidade habitualmente fora do circuito comercial, é a proposta da quarta edição do 'Festival Internacional de Cinema do Funchal (FICF), que começa sexta-feira, no Teatro Baltazar Dias, este ano com dez filmes a concurso e com a 'A Corte do Norte' e 'Ensaio Sobre a Cegueira' também a marcarem presença por cá.
'I'm from Titov Veles', da Macedónia, (realizado em 2007 por Teona Mitevska) e 'Tricks' da Polónia (realizado por Andrzej Jakimowski neste mesmo ano) tem a particularidade de terem sido submetidos pelos respectivos países à corrida aos Oscar. Na corrida deste lado estão ainda 'Kino Lica', da Croácia (realizado por Dalibor Metanic em 2007); 'Strawberry Wine', também da Polónia (realizado, este ano, por Dariusz Jablowski); 'A Via Láctea', que vem do Brasil (assinado por Lina Chamie em 2007), juntamente com 'Estômago' (de Marcos Jorge), este último uma co-produção brasileira e italiana com data de 2007.
O alemão 'The Icebomb' (realizado este ano por Olivier Jhan), o checo 'Of Parents and Children' (realizado em 2008 por Vladimir Michalek), o iraniano 'Lonely Tunes of Tehran' (assinado por Saman Salor este ano) e o israelita 'For my Father' (deste ano, de Dror Zahavie) fecham a lista, a exibir de segunda a quinta-feira. Cada um destes dez filmes só será projectado uma única vez, ao contrário do que aconteceu nas edições anteriores do FICF. Por isto mesmo, esta poderá ser uma das críticas a apontar à edição deste ano, visto que alguns destes filmes são apresentados em horários pouco consensuais, como às 15 horas e às 18 horas.
O júri é composto pelo realizador português José Fonseca e Costa, que esteve cá na edição do ano passado; Dennis West, um crítico, jornalista e professor universitário nos Estados Unidos; Fernanda Silva, agente cultural portuguesa, directora do 'Festival de Cinema Festroia'; e ainda Pilar Anguita Mackay e Alexander Hoppersdorff, dois realizadores, a primeira chilena e o segundo alemão.
O 'Festival Internacional de Cinema do Funchal' começa no dia 7, mas a gala de abertura do Festival realiza-se no dia 8, a partir das 21h30. Contará com um espectáculo performativo do pintor francês Jean Pierre Blanchard e com a exibição de 'Ensaio Sobre a Cegueira', de Fernando Meirelles. O filme baseia-se no romance homónimo de José Saramago e é apresentado no Funchal cinco dias antes da estreia nacional.
O FICF reserva este ano o dia 14 para o cinema canário, onde apresentará 'Nasija', 'Eu Vuelo del Guirre', 'Esposados', 'Mararia', 'Rutina' e 'La Caja'. Além destes, passam também pelo Teatro Baltazar Dias os filmes 'O Segredo de um Cuscuz', 'Garage', 'O Voo do Balão Vermelho', 'Três Tempos' e 'A Corte do Norte', este ultimo no dia 15, dia de encerramento do Festival. Os horários serão divulgados diariamente.
Para esta noite, a última, está reservada a gala de entrega de prémios no Centro de Congressos da Madeira e uma festa depois no Molhe.
Claudia Cardinale vem à Madeira receber o Prémio Carreira. A organização lamenta a falta de apoios a esta edição - que custou cerca de 115 mil euros e que foi apoiada em 90 mil pela Câmara do Funchal. A falta de mais meios inviabilizou o convite a revistas internacionais que, com a actriz, ajudariam na projecção da Região além fronteiras.
Miguel Albuquerque disse mesmo que está na hora de saber, de decidir, se a Madeira quer mesmo um Festival de Cinema. O presidente da câmara disse também que é preciso definir as prioridades e acrescentou que faz todo o sentido que a Direcção dos Assuntos Culturais apoie o evento, uma mais valia, não só em termos culturais, mas também em termos económicos, pois vem criar um cartaz numa época baixa em termos de ocupação hoteleira.
Verbas à parte, este ano o Festival introduziu novidades: a secção de animação desapareceu e foi criada a Première Madeira para promover jovens criadores de cá.
No leque de curtas encontram-se 'Aqui Há Gato', de César Gonçalves, 'Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades', de vários autores, 'Vida Cinza', de João Pereira Cabral', 'Danse Macabre' e 'Nicht Diese Tone', de Roberto Macedo Alves, 'Um Sonho de Um Dia de Inverno', de Ilídio Ribeiro e 'Aborrecimento' e 'Edição Criativa', ambos de vários autores.
A Première Madeira terá ainda uma secção de documentários, com a exibição de 'O Corpo Eléctrico de Dançando com a Diferença', de Filipe Ferraz, e 'Naturalistas de Vulto na Madeira', de Eduardo Costa.
Há também a destacar no FICF o 'I Festival de Microfilmes', para incentivar público mais jovem a produzir conteúdos audiovisuais com o telemóvel. Além de toda esta vasta programação, estão previstas conferências e workshops ao longo da semana.
De referir que este ano os filmes estão todos traduzidos para português. Os bilhetes custam três euros. Algumas das secções são de entrada livre. Há também descontos para escolas.
Paula Henriques
Nove dias de cinema, com filmes de qualidade habitualmente fora do circuito comercial, é a proposta da quarta edição do 'Festival Internacional de Cinema do Funchal (FICF), que começa sexta-feira, no Teatro Baltazar Dias, este ano com dez filmes a concurso e com a 'A Corte do Norte' e 'Ensaio Sobre a Cegueira' também a marcarem presença por cá.
'I'm from Titov Veles', da Macedónia, (realizado em 2007 por Teona Mitevska) e 'Tricks' da Polónia (realizado por Andrzej Jakimowski neste mesmo ano) tem a particularidade de terem sido submetidos pelos respectivos países à corrida aos Oscar. Na corrida deste lado estão ainda 'Kino Lica', da Croácia (realizado por Dalibor Metanic em 2007); 'Strawberry Wine', também da Polónia (realizado, este ano, por Dariusz Jablowski); 'A Via Láctea', que vem do Brasil (assinado por Lina Chamie em 2007), juntamente com 'Estômago' (de Marcos Jorge), este último uma co-produção brasileira e italiana com data de 2007.
O alemão 'The Icebomb' (realizado este ano por Olivier Jhan), o checo 'Of Parents and Children' (realizado em 2008 por Vladimir Michalek), o iraniano 'Lonely Tunes of Tehran' (assinado por Saman Salor este ano) e o israelita 'For my Father' (deste ano, de Dror Zahavie) fecham a lista, a exibir de segunda a quinta-feira. Cada um destes dez filmes só será projectado uma única vez, ao contrário do que aconteceu nas edições anteriores do FICF. Por isto mesmo, esta poderá ser uma das críticas a apontar à edição deste ano, visto que alguns destes filmes são apresentados em horários pouco consensuais, como às 15 horas e às 18 horas.
O júri é composto pelo realizador português José Fonseca e Costa, que esteve cá na edição do ano passado; Dennis West, um crítico, jornalista e professor universitário nos Estados Unidos; Fernanda Silva, agente cultural portuguesa, directora do 'Festival de Cinema Festroia'; e ainda Pilar Anguita Mackay e Alexander Hoppersdorff, dois realizadores, a primeira chilena e o segundo alemão.
O 'Festival Internacional de Cinema do Funchal' começa no dia 7, mas a gala de abertura do Festival realiza-se no dia 8, a partir das 21h30. Contará com um espectáculo performativo do pintor francês Jean Pierre Blanchard e com a exibição de 'Ensaio Sobre a Cegueira', de Fernando Meirelles. O filme baseia-se no romance homónimo de José Saramago e é apresentado no Funchal cinco dias antes da estreia nacional.
O FICF reserva este ano o dia 14 para o cinema canário, onde apresentará 'Nasija', 'Eu Vuelo del Guirre', 'Esposados', 'Mararia', 'Rutina' e 'La Caja'. Além destes, passam também pelo Teatro Baltazar Dias os filmes 'O Segredo de um Cuscuz', 'Garage', 'O Voo do Balão Vermelho', 'Três Tempos' e 'A Corte do Norte', este ultimo no dia 15, dia de encerramento do Festival. Os horários serão divulgados diariamente.
Para esta noite, a última, está reservada a gala de entrega de prémios no Centro de Congressos da Madeira e uma festa depois no Molhe.
Claudia Cardinale vem à Madeira receber o Prémio Carreira. A organização lamenta a falta de apoios a esta edição - que custou cerca de 115 mil euros e que foi apoiada em 90 mil pela Câmara do Funchal. A falta de mais meios inviabilizou o convite a revistas internacionais que, com a actriz, ajudariam na projecção da Região além fronteiras.
Miguel Albuquerque disse mesmo que está na hora de saber, de decidir, se a Madeira quer mesmo um Festival de Cinema. O presidente da câmara disse também que é preciso definir as prioridades e acrescentou que faz todo o sentido que a Direcção dos Assuntos Culturais apoie o evento, uma mais valia, não só em termos culturais, mas também em termos económicos, pois vem criar um cartaz numa época baixa em termos de ocupação hoteleira.
Verbas à parte, este ano o Festival introduziu novidades: a secção de animação desapareceu e foi criada a Première Madeira para promover jovens criadores de cá.
No leque de curtas encontram-se 'Aqui Há Gato', de César Gonçalves, 'Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades', de vários autores, 'Vida Cinza', de João Pereira Cabral', 'Danse Macabre' e 'Nicht Diese Tone', de Roberto Macedo Alves, 'Um Sonho de Um Dia de Inverno', de Ilídio Ribeiro e 'Aborrecimento' e 'Edição Criativa', ambos de vários autores.
A Première Madeira terá ainda uma secção de documentários, com a exibição de 'O Corpo Eléctrico de Dançando com a Diferença', de Filipe Ferraz, e 'Naturalistas de Vulto na Madeira', de Eduardo Costa.
Há também a destacar no FICF o 'I Festival de Microfilmes', para incentivar público mais jovem a produzir conteúdos audiovisuais com o telemóvel. Além de toda esta vasta programação, estão previstas conferências e workshops ao longo da semana.
De referir que este ano os filmes estão todos traduzidos para português. Os bilhetes custam três euros. Algumas das secções são de entrada livre. Há também descontos para escolas.
Paula Henriques
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