A Die 4 Films pretende criar um fundo de investimento para a Madeira Film Commission (MFC). A empresa madeirense está a liderar este organismo criado para trazer até à Madeira empresas que queiram usar a Região para filmar, nomeadamente produtores cinematográficos e de audiovisuais. O fundo, que só será realidade dentro de três a quatro anos, é uma das soluções para financiar os projectos e mais tarde recuperar algumas das verbas investidas, explicou Maurício Marques. O objectivo, disse, é não apenas subsidiar, mas serem também co-produtores de produções, regionais e estrangeiras.
Estratégia abrangente
O fundo é um dos vectores de intervenção da empresa que fez a proposta à DRAC para ficar encarregue da MFC. Outros dois serão a promoção e a formação de técnicos especializados nas áreas de vídeo, som e design, condição fundamental para potencializar a Região como destino para este mercado, disse o director da Die 4 Films. Actualmente, explicou, a Região não tem capacidade de resposta nesta área. Ao nível da promoção, o trabalho será feito sobretudo juntos de festivais e dos mercados especializados, usando o clima, a diversidade paisagística, os acessos, a hotelaria, a capacidade de receber e os recursos humanos e técnicos como mais valias.
A Madeira Film Commission é um organismo criado pelo Governo que oferece serviços destinados a apoiar os produtores que queiram escolher a Madeira e o Porto Santo como locais de filmagem. É tutelada pela Secretaria Regional da Educação e Cultura, através da Direcção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC). Habitualmente media a informação e os contactos entre a Madeira a as Associações de Produtores, ajudando a viabilizar um conjunto de facilidades que se tornem atractivas para a indústria do cinema, descreve a página da Secretaria de Turismo.
A Madeira Film Commission já existe desde o início dos anos noventa, mas estava "um bocado parada", disse o empresário, que há três anos apresentou a proposta ao Governo para pegar neste organismo. Nessa altura, a Madeira Film Commission estava sob a alçada da Secretaria Regional de Turismo e Cultura. A dissolução do Governo e as alterações na orgânica, com a passagem da pasta da Cultura para a Secretaria Regional de Educação também atrasou o processo e só este ano reuniram-se as condições para dar seguimento, explicou Maurício Marques, que em Setembro assinou o protocolo com a DRAC que permitirá à Die 4 Films revitalizar a comissão, até agora subaproveitada, na opinião do também gestor cultural.
Impostos também ajudam
Proporcionar a quem quer filmar cá uma política fiscal atraente é outro dos objectivos de Maurício Marques. Uma negociação que terá de passar pela Secretaria Regional do Plano e Finanças, mas que, acrescentou, é claramente possível. A opção por uma política fiscal específica e competitiva para um fim já existe na Madeira, relembrou.
Segundo a Associação Internacional de Film Commissions, há mais de 300 espalhadas pelos seis continentes e destinam-se a facilitar o caminho, nomeadamente em relação a legislação e procedimentos locais, a todos os que queiram escolher um lugar para filmar.
Maurício Marques dá o exemplo da Comissão de Malta, que é uma das mais agressivas ao nível de incentivos e cuja realidade, disse, é semelhante à da Madeira. Nesta ilha, as produções - de séries a telenovelas, de filmes a documentários, passando pela animação, podem concorrer a um reembolso de até 22 por cento do valor gasto no local, quando as filmagens estão concluídas e mesmo que apenas parcialmente gravadas em Malta. Para além disto, o Governo dá a oportunidade aos produtores de produzirem e distribuírem os produtos audiovisuais a partir dali com taxas das mais baixas da União Europeia e de reaverem parte do valor pago em impostos. Desde o final dos anos noventa até 2006, cerca de quarenta filmes passaram pela ilha, em receitas na ordem dos 300 milhões de euros, frisou Maurício Marques.
Um caminho estudado
A Die 4 Films encomendou um estudo a uma empresa que trabalha com a Malta Film Commission para conhecer melhor as potencialidades do mercado regional. Saber onde criar o fundo, como serão as participações e como financiar são algumas respostas que procuram e que terão em Março. A participação, adiantou poderá ser alargada, por exemplo, a empresas do ramo da hotelaria, do audiovisual, das tecnologias de software, pois vai reunir públicos e privados.
Este fundo será um instrumento de atracção, não servirá para dar subsídios, explicou. Será um capital de risco que será investido em produções de artistas residentes na Madeira e em produções externas, de empresas que escolham a Região como local de filmagem.
A utilização dos fundos comunitários, sobretudo ao nível da formação é outra das metas da Die 4 Films, que começa já em 2009 a formar ou a ajudar na formação de equipas técnicas. A Die 4 Films apresentou à DRAC um plano de actividades para quatro anos.
Maurício Marques vai seleccionar um director geral para assumir funções na MFC em 2009.
I Encontro reúne em Novembro representantes desta área
Relançar a Madeira Film Comission é o objectivo da palestra que vai reunir no dia 14 de Novembro representantes das congéneres dos Açores e Tenerife. Este evento realiza-se no âmbito do 'Festival Internacional de Cinema do Funchal' que começa na sexta, e na programação do Funchal 500 Anos.
O debate contará com a participação de João Henrique Silva, da Direcção Regional dos Assuntos Culturais, em representação do Governo Regional; do presidente da Tenerife Film Commision, Concha Diaz; do homólogo Açoreano, Pedro Cota e ainda de Maurício Marques, em representação da Die 4 Films e da Madeira Film Commission.
O encontro realiza-se na Fnac Madeira, pelas 17 horas. Em cima da mesa vão estar o papel das film commissions (da madeirense em particular); o cinema e promoção dos destinos turísticos; a promoção do cinema e audiovisual; a promoção do investimento estrangeiro nas áreas do cinema e audiovisual; a promoção de jovens cineastas e técnicos de cinema e audiovisual; e a co-produção de filmes com conteúdos culturais da região onde se inserem. Este debate é aberto ao público.
A colaboração entre as film commissions nacionais e de Canárias é outro dos objectivos de Maurício Marques, que acredita que a união será em beneficio de todos e que sem cooperação internacional, não vão a lado nenhum. Esta união passa pela apresentação de projectos e pela colaboração.
Madeira procurada
Segundo Maurício Marques, todas as semanas chegam pedidos de informação de empresas interessadas em conhecer as condições para filmar, desde americanos e alemães que pretendem usar a Madeira para gravar episódios de séries, a ingleses interessados num documentário sobre Winston Churchill, e mesmo a produções nacionais, como a nova telenovela da TVI, que passou também pela Madeira Film Commission.
Paula Henriques
Estratégia abrangente
O fundo é um dos vectores de intervenção da empresa que fez a proposta à DRAC para ficar encarregue da MFC. Outros dois serão a promoção e a formação de técnicos especializados nas áreas de vídeo, som e design, condição fundamental para potencializar a Região como destino para este mercado, disse o director da Die 4 Films. Actualmente, explicou, a Região não tem capacidade de resposta nesta área. Ao nível da promoção, o trabalho será feito sobretudo juntos de festivais e dos mercados especializados, usando o clima, a diversidade paisagística, os acessos, a hotelaria, a capacidade de receber e os recursos humanos e técnicos como mais valias.
A Madeira Film Commission é um organismo criado pelo Governo que oferece serviços destinados a apoiar os produtores que queiram escolher a Madeira e o Porto Santo como locais de filmagem. É tutelada pela Secretaria Regional da Educação e Cultura, através da Direcção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC). Habitualmente media a informação e os contactos entre a Madeira a as Associações de Produtores, ajudando a viabilizar um conjunto de facilidades que se tornem atractivas para a indústria do cinema, descreve a página da Secretaria de Turismo.
A Madeira Film Commission já existe desde o início dos anos noventa, mas estava "um bocado parada", disse o empresário, que há três anos apresentou a proposta ao Governo para pegar neste organismo. Nessa altura, a Madeira Film Commission estava sob a alçada da Secretaria Regional de Turismo e Cultura. A dissolução do Governo e as alterações na orgânica, com a passagem da pasta da Cultura para a Secretaria Regional de Educação também atrasou o processo e só este ano reuniram-se as condições para dar seguimento, explicou Maurício Marques, que em Setembro assinou o protocolo com a DRAC que permitirá à Die 4 Films revitalizar a comissão, até agora subaproveitada, na opinião do também gestor cultural.
Impostos também ajudam
Proporcionar a quem quer filmar cá uma política fiscal atraente é outro dos objectivos de Maurício Marques. Uma negociação que terá de passar pela Secretaria Regional do Plano e Finanças, mas que, acrescentou, é claramente possível. A opção por uma política fiscal específica e competitiva para um fim já existe na Madeira, relembrou.
Segundo a Associação Internacional de Film Commissions, há mais de 300 espalhadas pelos seis continentes e destinam-se a facilitar o caminho, nomeadamente em relação a legislação e procedimentos locais, a todos os que queiram escolher um lugar para filmar.
Maurício Marques dá o exemplo da Comissão de Malta, que é uma das mais agressivas ao nível de incentivos e cuja realidade, disse, é semelhante à da Madeira. Nesta ilha, as produções - de séries a telenovelas, de filmes a documentários, passando pela animação, podem concorrer a um reembolso de até 22 por cento do valor gasto no local, quando as filmagens estão concluídas e mesmo que apenas parcialmente gravadas em Malta. Para além disto, o Governo dá a oportunidade aos produtores de produzirem e distribuírem os produtos audiovisuais a partir dali com taxas das mais baixas da União Europeia e de reaverem parte do valor pago em impostos. Desde o final dos anos noventa até 2006, cerca de quarenta filmes passaram pela ilha, em receitas na ordem dos 300 milhões de euros, frisou Maurício Marques.
Um caminho estudado
A Die 4 Films encomendou um estudo a uma empresa que trabalha com a Malta Film Commission para conhecer melhor as potencialidades do mercado regional. Saber onde criar o fundo, como serão as participações e como financiar são algumas respostas que procuram e que terão em Março. A participação, adiantou poderá ser alargada, por exemplo, a empresas do ramo da hotelaria, do audiovisual, das tecnologias de software, pois vai reunir públicos e privados.
Este fundo será um instrumento de atracção, não servirá para dar subsídios, explicou. Será um capital de risco que será investido em produções de artistas residentes na Madeira e em produções externas, de empresas que escolham a Região como local de filmagem.
A utilização dos fundos comunitários, sobretudo ao nível da formação é outra das metas da Die 4 Films, que começa já em 2009 a formar ou a ajudar na formação de equipas técnicas. A Die 4 Films apresentou à DRAC um plano de actividades para quatro anos.
Maurício Marques vai seleccionar um director geral para assumir funções na MFC em 2009.
I Encontro reúne em Novembro representantes desta área
Relançar a Madeira Film Comission é o objectivo da palestra que vai reunir no dia 14 de Novembro representantes das congéneres dos Açores e Tenerife. Este evento realiza-se no âmbito do 'Festival Internacional de Cinema do Funchal' que começa na sexta, e na programação do Funchal 500 Anos.
O debate contará com a participação de João Henrique Silva, da Direcção Regional dos Assuntos Culturais, em representação do Governo Regional; do presidente da Tenerife Film Commision, Concha Diaz; do homólogo Açoreano, Pedro Cota e ainda de Maurício Marques, em representação da Die 4 Films e da Madeira Film Commission.
O encontro realiza-se na Fnac Madeira, pelas 17 horas. Em cima da mesa vão estar o papel das film commissions (da madeirense em particular); o cinema e promoção dos destinos turísticos; a promoção do cinema e audiovisual; a promoção do investimento estrangeiro nas áreas do cinema e audiovisual; a promoção de jovens cineastas e técnicos de cinema e audiovisual; e a co-produção de filmes com conteúdos culturais da região onde se inserem. Este debate é aberto ao público.
A colaboração entre as film commissions nacionais e de Canárias é outro dos objectivos de Maurício Marques, que acredita que a união será em beneficio de todos e que sem cooperação internacional, não vão a lado nenhum. Esta união passa pela apresentação de projectos e pela colaboração.
Madeira procurada
Segundo Maurício Marques, todas as semanas chegam pedidos de informação de empresas interessadas em conhecer as condições para filmar, desde americanos e alemães que pretendem usar a Madeira para gravar episódios de séries, a ingleses interessados num documentário sobre Winston Churchill, e mesmo a produções nacionais, como a nova telenovela da TVI, que passou também pela Madeira Film Commission.
Paula Henriques
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