terça-feira, 14 de outubro de 2008

Fotografando - William Claxton

William Claxton, o fotógrafo que conquistou um lugar cimeiro na história da fotografia por imortalizar grandes músicos de jazz dos anos 50, como Stan Getz, Duke Ellington e Chet Baker, morreu este sábado em Los Angeles. Claxton tinha 80 anos e não resistiu a uma falha cardíaca no Cedars-Sinai Medical Centre, o hospital onde estava internado, segundo a edição online do “Los Angeles Times”.
Apreciador de música jazz, William Claxton, deixa para trás um leque de imagens ícone de músicos como Chet Baker, que ajudou a catapultar para a fama em 1952. Desde que iniciou a carreira como fotógrafo Claxton fotografou Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Mel Torme, Duke Ellington, Thelonious Monk ou ainda Stan Getz. O seu trabalho foi publicado em revistas de renome como a “Life”, “Paris Match” e “Vogue”, entre outras. Fotografou ainda Bob Dylan, Frank Sinatra e Steve McQueen de quem se tornou amigo. Deixou também marca no mundo da moda. Em 1960, com a mulher Peggy Moffit a servir como modelo, fotografou as peças do controverso estilista Rudy Gernreich.
Autor de inúmeras capas de discos, Claxton dizia que a fotografia era como “jazz para os olhos”. Nas suas fotografias “tentava capturar a tensão entre o artista, o instrumento e a música”, como se pode ler no seu site oficial.
Quando começou como director de arte e fotógrafo residente na produtora discográfica Pacific Jazz propôs-se redefinir a fotografia deste género de música. “A maioria das fotografias que representam músicos de jazz mostram-nos suados, com as caras a brilhar no escuro cheio de fumo. Isso era o jazz para a maioria das pessoas. Mas aqui na costa oeste, eu quero salientar o facto de os músicos viverem num ambiente saudável. Por isso ponho-os de propósito na praia, nas montanhas ou a na estrada com os seus descapotáveis”, disse numa entrevista ao "Los Angeles Times".
A propósito da morte de Claxton, o editor da Taschen, Benedikt Taschen, afirmou: “Era meu amigo e um pilar na editora. Era um grande fotógrafo e um homem magnífico que tocava a vida dos seus amigos graças a sua generosidade, charme e gentileza”.

in Público

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