quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Musicando - EME

A não perder!!!!!




Links
http://www.centrodasartes.com/2008-507.aspx?year=2008
http://www.emefestival.org/

http://www.hauschka-net.de/
http://www.myspace.com/hauschka

http://www.irisarri.org/
http://www.myspace.com/rafaelantonirisarri

http://nny.pixelnerve.com/

Será possível determinar o ponto de fronteira que delimita a música composta da música improvisada? Ou mesmo, o ponto onde cessa o domínio da música e se inicia o do som? Existirá porventura uma fronteira, em qualquer dos casos?
Por outro lado, fará sentido avaliar e separar a criação em função dos meios utilizados? Um piano não poderá ser tomado como um instrumento de elevada complexidade quando tocado por um nativo da Nova Guiné? Um computador portátil não representará a mesma proporção de análise aos olhos de um europeu médio?
A estas e outras questões, diferentes pessoas, dar-nos-ão diferentes respostas. E todas elas, em função do momento, do seu estado de espírito e sobretudo da memória que foram construindo ao longo dos anos (cultural em geral, e artística em particular).
Em valores absolutos, podemos considerar que a maior diferença entre um piano e um laptop está no peso de cada um.
Mais do que respostas ou verdades absolutas, pretendem estes EME lançar questões a partir de trabalhos de artistas com propostas musicais, sonoras e visuais bastante diversificadas. O campo de intervenção, vai muito para além da música, abrindo-se também às artes visuais e digitais ligadas ao vídeo e à dinâmica “hard disk, live processing”. Ficam pois abrangidas, as artes que de uma forma ou de outra se aproximam dos conceitos de instalação (arquitectónica, sonora ou vídeo).
Objectivo: o alargamento de fronteiras e um sentido de procura incessante, onde as ideias de sucesso ou fracasso não fazem grande sentido. As ideias de exploração e descoberta sobrepõem-se a qualquer ditadura estética, e quanto ao discurso –ou estilo- cada um tem o seu, tal como os rostos.
Impõe-se o diálogo e a transversalidade nos espíritos e nos comportamentos.
Nesta edição, tal como em todas as outras, para além dos criadores internacionais de relevo, há ainda a realçar a presença de um conjunto representativo de criadores nacionais que irão desenvolver projectos paralelos aos artistas internacionais. Esta é, aliás, uma das premissas dos EME: estabelecer proximidade e laços entre criadores nacionais e estrangeiros, nunca relegando para segundo plano a produção e criação nacional. A comprová-lo, os cerca de 60 criadores nacionais e os 30 estrangeiros que estiveram presentes ao longo de todas as edições dos EME.
Entendemo-nos pois, como um lugar de reflexão, experimentação e transversalidade, por oposição a um lugar de certezas, e consideramos o processo de questionar mais importante do que o resultado das possíveis “verdades de cada um”.

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