Quem me conhece sabe do meu enorme fascínio por Almada Negreiros que considero um dos maiores homens de cultura do séc. XX português.
Três poemas desenhados por Almada Negreiros em 1920 vão estar expostos pela primeira vez em "Caligrafias - Uma Realidade Inquieta", exposição com obras de trinta artistas portugueses e estrangeiros que abre ao público sábado no Museu das Comunicações.
Com a frase "Arte é comunicação", do crítico de arte britânico Herbert Read, a exposição é introduzida ao visitante, para que relacione "comunicação, escrita e arte", explicou a responsável. A mostra é organizada pela Fundação Portuguesa das Comunicações no âmbito do Dia Mundial dos Correios, a 09 de Outubro e foi hoje apresentada pela comissária e crítica de arte Maria João Fernandes na sede da entidade, em Lisboa.
As "contaminações" da palavra e da imagem "percorrem todo o século XX, desde o Futurismo e Dada, aos caligramas de Apollinaire, ao informalismo e gestualismo das décadas de 30, 40 e 50, ao movimento internacional da Poesia Visual, que em Portugal floresceu na década 60", contextualizou Maria João Fernandes.
Mas essa ligação da palavra e da imagem começou mais cedo, com Almada Negreiros (1893-1970) a tornar-se pioneiro quando criou, em 1920, três "poemas desenhados".
A série de caligramas - desenhada em pequenas folhas simples de um caderno de apontamentos - é mostrada pela primeira vez publicamente nesta exposição. Almada Negreiros desenhou cadeiras, árvores, uma mesa e outras figuras com frases poéticas.
Também foram incluídos na exposição trabalhos de Ana Hatherly, Ernesto de Melo e Castro, expoentes da poesia visual portuguesa, e ainda obras de Álvaro Lapa, Ambrósio, António Sena, Carmo Pólvora, Emerenciano, Eurico Gonçalves, Francisco Laranjo, Gracinda Candeias, Paulo Teixeira Pinto, Rico Sequeira, Teresa Gonçalves Lobo, Teresa Magalhães, Alexandra Mesquita, Cristina Valadas e Inês Marcelo Curto. Estão igualmente representados os artistas espanhóis González Bravo, Hilario Bravo, Antonio Saura, Viola, Suárez e Alberto Reguera.
O público poderá ver nesta mostra a obra plástica de outros artistas estrangeiros fortemente influenciados pela escrita, nomeadamente Alechinsky, que nos anos 40 e 50 integrou o Grupo COBRA.
"Esta tradição estética está a ter continuidade nos dias de hoje, através de jovens artistas que usam a escrita nas suas pinturas", disse Maria João Fernandes, dando como exemplo os criadores portugueses Alexandra Mesquita e Teresa Lobo.
Para conceber a exposição, a Fundação Portuguesa das Comunicações contou com o apoio de entidades como o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, a Colecção Manuel de Brito, a Galeria Valbom, a Galeria/Fundação António Prates, a Galeria São Mamede e outras colecções particulares, que cederam obras.
Paralelamente a esta exposição, a Fundação edita o livro "Caligrafias - A Nascente dos Nomes", que irá dar continuidade ao caderno temático "Caligrafias", editado em 2006 pela Revista Mealibra de Viana do Castelo.
Com a frase "Arte é comunicação", do crítico de arte britânico Herbert Read, a exposição é introduzida ao visitante, para que relacione "comunicação, escrita e arte", explicou a responsável. A mostra é organizada pela Fundação Portuguesa das Comunicações no âmbito do Dia Mundial dos Correios, a 09 de Outubro e foi hoje apresentada pela comissária e crítica de arte Maria João Fernandes na sede da entidade, em Lisboa.
As "contaminações" da palavra e da imagem "percorrem todo o século XX, desde o Futurismo e Dada, aos caligramas de Apollinaire, ao informalismo e gestualismo das décadas de 30, 40 e 50, ao movimento internacional da Poesia Visual, que em Portugal floresceu na década 60", contextualizou Maria João Fernandes.
Mas essa ligação da palavra e da imagem começou mais cedo, com Almada Negreiros (1893-1970) a tornar-se pioneiro quando criou, em 1920, três "poemas desenhados".
A série de caligramas - desenhada em pequenas folhas simples de um caderno de apontamentos - é mostrada pela primeira vez publicamente nesta exposição. Almada Negreiros desenhou cadeiras, árvores, uma mesa e outras figuras com frases poéticas.
Também foram incluídos na exposição trabalhos de Ana Hatherly, Ernesto de Melo e Castro, expoentes da poesia visual portuguesa, e ainda obras de Álvaro Lapa, Ambrósio, António Sena, Carmo Pólvora, Emerenciano, Eurico Gonçalves, Francisco Laranjo, Gracinda Candeias, Paulo Teixeira Pinto, Rico Sequeira, Teresa Gonçalves Lobo, Teresa Magalhães, Alexandra Mesquita, Cristina Valadas e Inês Marcelo Curto. Estão igualmente representados os artistas espanhóis González Bravo, Hilario Bravo, Antonio Saura, Viola, Suárez e Alberto Reguera.
O público poderá ver nesta mostra a obra plástica de outros artistas estrangeiros fortemente influenciados pela escrita, nomeadamente Alechinsky, que nos anos 40 e 50 integrou o Grupo COBRA.
"Esta tradição estética está a ter continuidade nos dias de hoje, através de jovens artistas que usam a escrita nas suas pinturas", disse Maria João Fernandes, dando como exemplo os criadores portugueses Alexandra Mesquita e Teresa Lobo.
Para conceber a exposição, a Fundação Portuguesa das Comunicações contou com o apoio de entidades como o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, a Colecção Manuel de Brito, a Galeria Valbom, a Galeria/Fundação António Prates, a Galeria São Mamede e outras colecções particulares, que cederam obras.
Paralelamente a esta exposição, a Fundação edita o livro "Caligrafias - A Nascente dos Nomes", que irá dar continuidade ao caderno temático "Caligrafias", editado em 2006 pela Revista Mealibra de Viana do Castelo.
in Lusa
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