segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Obituário - Joaquim Castro Caldas


Vítima de doença prolongada
Morreu o poeta e crítico literário Joaquim Castro Caldas


Informação da agência Lusa


O poeta e crítico literário Joaquim Castro Caldas morreu ontem no Hospital de São João, no Porto, vítima de doença prolongada, informou o seu amigo e actor Rui Spranger. Hoje, o seu corpo vai para a Igreja de Santa Isabel, em Lisboa, onde será celebrada missa de corpo presente. Regressa depois ao Porto, para um velório, a partir das 21h00, na capela mortuária da Igreja do Bonfim. O funeral, antecedido de missa de corpo presente, realiza-se pelas 09h30 de terça-feira no Cemitério do Prado de Repouso, onde será cremado.

Nascido em 1956, em Lisboa, Joaquim Castro Caldas veio a fixar-se no Porto onde ficou conhecido por animar, durante sete anos, as sessões de poesia no Pinguim Café. "Veio parar ao Porto para fazer uma pequena revolução no espectro das tertúlias de poesia", alguém escreveu sobre o poeta. Foi um dos fundadores da revista Metro, uma publicação gratuita, para divulgação cultural, que existiu nos fins dos anos 80 e início da década de 90. Castro Caldas editou 11 livros de poesia, o último dos quais - "Mágoa das Pedras" - foi publicado este ano.



Vão-se embora palavras
Deixem-me ali à esquina
Amem e façam-se à vida
Não temam a morte voem
Sabem que são minhas
Para lá dessas fronteiras
Que desapertam as rimas
Com poemas ou bombas
Fucem apanhem boleias
Só vos deixei preparadas
Para os cornos dos poetas

Mágoa das Pedras, Joaquim Castro Caldas

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