sábado, 24 de janeiro de 2009

Culturando - "In Seralves"

Ora vejam lá se é ou não uma ideia excelente que só vem provar que neste país ainda há gente que pensa!


Extraido do Jornal de Notícias e escrito pela pena de Agostinho Santos:

Transformar a criatividade em negócio é o principal objectivo da incubadora de indústrias criativas "In Serralves", que funciona há cerca de meio ano. Neste pólo, no Porto, trabalham sete empresas e os resultados são "satisfatórios".
A ideia surgiu a partir do seminário "A arte e a empresa", que a Fundação de Serralves organizou em 2005. A partir daí, a ideia fervilhou, tendo essencialmente como base o ensinamento aos criativos da lógica dos negócios. Jorge Pinho de Sousa, professor da Universidade do Porto, consultor para as Indústrias Criativas de Serralves e um dos mentores do projecto, adiantou, ao JN, que esta incubadora pretende, ao mesmo tempo, "mostrar e demonstrar que, através de uma actividade de criação e de talento, se pode ganhar dinheiro". Pinho de Sousa entende que "é na inovação e na criatividade que incide a solução para combater a crise que afecta a sociedade portuguesa".
Miguel Veloso, gestor de projectos, concorda e adianta que o projecto pretende "ajudar o criativo a tornar-se empresário", ou seja, proporcionar todos os meios para que a criativade se transforme, na realidade, em negócio.
Apresentaram-se ao projecto "In Serralves" 76 candidaturas. O júri seleccionou sete. Desde Maio que estão instaladas no pólo onde funciona a incubadora (frente à Casa de Serralves) e abrangem as áreas de conservação e restauro, projectos educativos, joalharia urbana, música e audiovisuais, roupa didáctica, energia e multimédia e design, marketing e arquitectura.
Íris Cleto é uma das jovens empresárias que trabalham na incubadora e, apesar de reconhecer que "ainda é cedo para falar em resultados, considera-se razoavelmente satisfeita". Admite mesmo que, se o projecto não existisse, a empresa não tinha avançado ou, simplesmente, estaria adiada.
Pedro Pardinha e Marta Palmeira são sócios da 20/21, empresa que se dedica à conservação e restauro. Concorreram ao projecto e dizem não estarem arrependidos. Pelo contrário, "porque até não está correr mal". Reconhecem que ainda estão longe das metas pretendidas, mas têm consciência de que o sector em que estão envolvidos não é de resultados rápidos, ou seja, "sabemos que temos um caminho a percorrer, mas, para já, estamos satisfeitos".

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