
Harvey Milk teve uma epifania aos 40 anos e muda-se de Nova Iorque para São Francisco, onde se torna um activista pelos direitos da comunidade gay. À terceira tentativa consegue ser eleito vereador da cidade, tornando-se assim o primeiro gay a ser eleito para um cargo público. E o interessante é que quem o elege não é, como seria óbvio, somente a comunidade gay. Milk reúne os votos dos eleitores de terceira idade, dos jovens, de alguns sindicatos, criando uma ampla base de sustentação eleitoral. Fica por lá um ano, até que é assassinado, juntamente com George Mascone o Presidente da Câmara, por um colega vereador.
Quando um filme tem uma personagem como a de Harvey Milk é essencial que se procure um actor que o possa trazer à vida. Sean Penn foi a escolha perfeita e estamos aqui na presença, para mim, da sua melhor interpretação de sempre. No seu Milk coabitam os medos, a frágil humanidade, as incertezas e a ambiguidade moral, bem ao lado da dureza e da insensibilidade do político que se quer impor dê lá por onde der. E esta interpretação pode levar Penn até ao Oscar!
Mas o resto do elenco também brilha e bem: James Franco, Josh Brolin, Emile Hirsch são só alguns dos nomes que tão boa conta do recado dão.
“Milk” é um filme fundamental que nos conta uma história que entretém e ao mesmo tempo nos põe a pensar. Não é um filme perfeito, até porque não os há... mas é quase perfeito!
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