domingo, 11 de janeiro de 2009

Falando - Madeirense

Porque o falar madeirense, se dele muitos de nós não tivessem vergonha, quase que poderia ser um dialecto!

Era uma vez…

Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilhão quando ouviu uma zoada. Era a água de giro. O buzico do levadeiro que vinha mercar palhetes à venda, vinha às carreiras e às parafitas com bizalho. Dá-lhe uma cangueira, trompicou no matulhão do vilhão. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a pucra. O vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para lhe dar uma relampada, patinha uma poia. Ficou todo sovento. O vendeiro dá-lhe uma rezonda por ele querer malhar num bizalho dum pequeno. Vem o levadeiro, e, ao ver o vassola, que anda à gosma e a encher o pampulho à custa dos outros, a ferrar com o filho, fica variado do miolo e diz-lhe umas. O vilão atazanado, atremou mal e pensou que ele lhe tinha chamado de chibarro, ficou alcançado, deu-lhe uma rabanada e foi embora todo esfrancelhado.
O levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a levada. O piquene chegou a casa todo sentido, com um mamulhão. A mãe que é uma rabugenta mas abica-se por ele, ao vê-lo todo ementado, deu-lhe um chá que era uma água mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como ele não arribava, antes continuava olheirento, entujado e da chorrica foi curar do bicho virado e do olhado. O busico arribou e até já anda a saltar poios de bananeiras na Fajã.

Recebido por email e de origem desconhecida

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